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A FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA : AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.

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Por:   •  11/10/2014  •  2.016 Palavras (9 Páginas)  •  2.433 Visualizações

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ARQUINEDIS S DE SOUSA PEREIRA ROSA

A FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA : AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.

Trabalho apresentado ao curso de Serviço Social da Unopar – Universidade Norte do Paraná, para a conclusão do primeiro semestre.

Prof. Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Sergio de Goes Barbosa, Wilson Sanches, Adir

Palmas

2014

Sumário

1 – INTRODUÇÃO............................................................................04

2 – DESENVOLVIMENTO.................................................................05

3 – CONCLUSÃO..............................................................................06

4 – BIBLIOGRAFIAS.........................................................................08

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1 – INTRODUÇÃO

O artigo analisa as mudanças encontradas na relação família-trabalho sob o processo recente de reestruturação das atividades econômicas da Região Metropolitana e o modo como este processo, na ausência de políticas de proteção social, afeta o empobrecimento das famílias. A pequena expansão das oportunidades de trabalho no período, associada ao crescente desemprego dos principais mantenedores da família, levou a que se estabelecessem novos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho, de modo a garantir a subsistência. Os rearranjos observados entre 1990 e 1994 refletem, assim, o deslocamento da responsabilidade pela manutenção da família dos principais mantenedores e seu maior partilhamento com os outros componentes do grupo familiar. O artigo mostra que o empobrecimento dos diferentes tipos de família está relacionado aos rearranjos de inserção familiar e às diferentes vantagens e restrições de inserção no mercado de trabalho que cada componente encontra, considerando-se que não existe "permutabilidade" entre eles para a inserção no mercado de trabalho.

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2 – DESENVOLVIMENTO

Neste artigo sobre as mudanças na relação família-trabalho, são tratadas conjuntamente as influências recíprocas da estruturação das atividades produtivas e da estruturação das famílias. Considerando a articulação entre produção e reprodução através da divisão sexual do trabalho e a mútua influência entre essas duas esferas, este estudo busca conhecer de que maneiras as transformações nas formas de produção e gestão, que afetam as oportunidades diferenciadas de emprego de homens e de mulheres no mercado de trabalho, nos anos 90, manifestam-se na unidade familiar. Mudança das relações hierárquicas na família. Os resultados dessa pesquisa vêm mostrando que ocorreram, na década de 90, mudanças no padrão de incorporação pelo mercado de trabalho e aumento do desemprego, que afetam diferentemente os componentes das famílias, identificados por sua posição no interior destas, bem como por gênero e idade. Essas mudanças expressam-se em alterações nos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho, observadas nos diferentes momentos do ciclo de vida da família. Os rearranjos de inserção refletem-se, como se verá, inclusive na modificação do peso da contribuição de cada membro do grupo doméstico na composição da renda familiar. Ocorreu nova crise econômica, resultando no recrudescimento do desemprego. O primeiro período em que se analisou a relação família-trabalho e sua transformação (1981-83) tem como marcas a crise econômica e o momento de acentuação da entrada da mulher no mercado de trabalho, iniciada na metade da década anterior. Foram analisadas a inserção diferenciada dos componentes das famílias no mercado de trabalho e sua mobilização no momento da crise econômica., indicativos de mudanças na divisão sexual do trabalho na família. Nessa mesma pesquisa, analisou-se outra conjuntura recessiva mais recente (1990-91), com base nos dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), realizada pela Fundação Seade, encontrando-se semelhanças na mobilização dos componentes da família na crise. Entre as semelhanças de mobilização familiar encontradas na comparação entre as crises do início dos anos 80 e do começo da década de 90, a maior inserção da mulher no mercado de trabalho – tanto cônjuges como filhas –, que ocorreu no mesmo momento em que, sob as restrições colocadas por este, cresce o desemprego masculino. Esta e outras tendências que se acentuam no período são interpretadas como indicativas de rupturas na possibilidade concreta de realização do padrão de família mantido pelo chefe provedor, especialmente nas conjunturas recessivas. Essa nova tendência delineia-se em face da redução dos postos de trabalho, principalmente para ocupações predominantemente masculinas, resultando em crescente desemprego dos até então principais mantenedores das famílias (chefes e

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filhos masculinos e filhas maiores que 18 anos). A primeira, no caso de famílias estruturadas em torno do casal, expressa-se na crescente participação da mulher-cônjuge entre os ocupados da família, na redução do peso do chefe

masculino entre estes e na diminuição da participação dos filhos. Uma exceção entre as famílias conjugais é encontrada para aquelas na etapa da "velhice", considerando-se o ciclo de vida familiar – ou seja, de casais com mais de 50 anos , com a presença de filhos residentes, em que, comparativamente ao verificado em 1981-83 e 1990, cresceu a participação do chefe masculino entre os ocupados da família

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