FICHAMENTO - Para A Aprendizagem Dos Que Ensinam

FICHAMENTO - Para a Aprendizagem dos que Ensinam

MACEDO, Lino de. Para a Aprendizagem dos que Ensinam. In: Ensaios Pedagógicos. 1ª Edição/2005. P. 45-58

Lino de Macedo é graduado (1966) em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São José do Rio Preto, mestre (1970), doutor (1973) e livre docente (1983) em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Membro da Academia Paulista de Psicologia. Professor e orientador no Programa de Pós- graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano. Atualmente, é integrante do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Sabará.

No texto Para a Aprendizagem dos que Ensinam, Lino discute um tema encerrado na pergunta: como aprendem os que ensinam? Será que aumentando a oferta de capacitação, melhorando os equipamentos e os materiais pedagógicos, disponibilizando televisões, vídeos, computadores e outros recursos é suficiente? Será que melhorando o ensino e tornando o aluno mais comprometido faz com o que o professor queira aprender mais?

Segundo o texto em uma pesquisa realizada sobre progressão continuada com professores, eles disseram que o assunto precisa ser mais bem debatido, eles realmente querem e precisam aprender mais. Aprender o quê? Como? Com quem? Quando? Lino traz a hipótese que em uma escola para todos, os professores querem também aprender e não só ensinar.

Vale ressaltar que muitos professores não gostam de estudar, não gostam de ler, estagnaram, não querem se reciclar. Na sociedade atual, a criança recebe muitos estímulos, ela tem mais poder de argumentação, os conteúdos mudam rápido e o professor precisa ter responsabilidades profissionais e a família fazer sua parte na educação, por isso é tão importante a parceria escola/família. Todos em só objetivo podem juntos chegar a uma dessas respostas, sabendo que é não é fácil. Mas, o diálogo já é o início de tudo.

Lino fala que é interessante essa ideia de uma escola para todos. Antes poucos podiam entrar na escola e menos ainda podiam completar sua formação. Como acolher na escola pessoas cuja vida pessoal ou familiar só pode ser expressa na violência, na miséria, na pobreza, na prostituição, nas drogas, na indiferença, na indisciplina?

A questão levantada é séria, triste, real e mais próxima do que imaginamos. Não é fácil para um professor estar no meio de tantas mazelas, em um país que não prioriza a educação, de famílias destruídas, de poucos que tem acesso e quase nenhum recurso para trabalhar. Mas, nossa reflexão é que estamos no caminho certo, estudando, nos especializando, certos que faremos a diferença com o pouco que nos será entregue, como no filme Conrack que acabamos de ver. É possível levar a profissão a sério, ser um educador que reflete sobre suas práticas e se dá a oportunidade de aprender para ensinar melhor, mesmo com todas as dificuldades que encontrará em seu caminho.

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