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Fabrica Da Gm

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Por:   •  26/3/2014  •  628 Palavras (3 Páginas)  •  354 Visualizações

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Pelo menos a metade dos mais de 300 fornecedores de auto peças da General Motors do Brasil deixou de fazer entregas na porta das duas fábricas da montadora em São Caetano do Sul e São José dos Campos (SP). A ordem veio da própria GM, que desde o início deste ano está adotando um sistema conhecido como "milk run", que consiste em buscar o produto diretamente do fornecedor.

Tanto nos Estados Unidos como no Brasil, é uma prática comum os grandes laticínios passarem todos os dias pelas fazendas dos pequenos produtores recolhendo o leite ordenhado. O "milk run" já é utilizado pela matriz norte-americana da GM. No Brasil, além da GM, a Ford deverá ser a próxima a escolher esse processo.

Até agora, as montadoras utilizavam o sistema "just-in-time" que, apesar de ser eficiente por permitir que o estoque seja sempre pequeno, deixa as fabricantes de veículos muito dependentes dos fornecedores de autopeças. Eles entregam a peça pouco antes do carro ser produzido. No Japão, por exemplo, a Toyota, que participou da implantação do "just-in-time", repensou a utilização desse sistema depois que ficou com os veículos parados na linha de montagem, no ano passado. A Toyota perdeu US$ 300 milhões por causa de um incêndio em sua principal fornecedora, a Aishi Seiki. Na época, cerca de 70 mil veículos deixaram de ser vendidos.

Por enquanto, o serviço de recolhimento das peças está sendo pago pela General Motors, que já incluiu o valor do transporte no preço do produto, mas os fornecedores acreditam que devem arcar com essa despesa futuramente. "A General Motors marca o dia e o horário em que vai recolher as peças e nós separamos a quantidade pedida", disse Marcos Milanezi, gerente de administração de materiais da Soplast Plásticos Soprados, fabricante de tanques de combustível. "É uma forma da GM ter certeza de que não vai faltar peça", acrescentou.

A Soplast fornece os tanques de combustível para o Kadett e a lpanema, que são produzidos na fábrica de São Caetano do Sul. Pelo menos três vezes por semana, um caminhão da GM passa pela unidade de produção da Soplast, em São Bernardo do Campo, a 10 quilômetros da montadora, para retirar as peças. Milanezi explicou que a Soplast perde pontuação de bom fornecedor se não cumprir o pedido da General Motors. "Podemos deixar de entregar os tanques se o resultado final não for satisfatório, no final do an o", comentou Milanezi.

Renato Holzheim, gerente comercial da fabricante de vidros Santa Marina, disse que já entrou na lista de empresas que esperam a GM buscar as peças. A unidade de produção de vidros da Santa Marina, em Mauá, para os veículos Vectra, picape S1O e Kadett, fica a 12 quilômetros da GM de São Caetano do Sul.

" Esse sistema é mais vantajoso para a GM do que para nós, mas mesmo assim é uma boa idéia", afirmou Holzheim. O único ganho que a Santa Marina obteve com o "milk run" foi dispensar o caminhão que saía todos os dias da fábrica para entregar cerca de 500 vidros na GM.

Até o final do ano será a vez da Goodyear, produtora de pneus, implantar o processo. Já Walter Serer, presidente para a América Latina da TI Bundy, fabricante de sistemas de condução de fluídos de freio e combustível, disse que deixará de entregar o produto na porta da GM já nos próximos meses.

Serer acha o novo sistema interessante, porque ajudará a TI Bundy a administrar o próprio estoque. "Fico sabendo exatamente a quantidade de peça que devo fabricar. Caso haja alguma mudança de última hora na linha de montagem podemos alterar a produção rapidamente", afirmou.

O consultor da Arthur D. Little, Kai-Uwe Hirschfelder, acredita que o fornecedor

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