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Fabricação De Tintas

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Por:   •  26/11/2014  •  2.329 Palavras (10 Páginas)  •  200 Visualizações

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Há diversas maneiras de se definir o que é "tinta". No dicionário Aurélio, por exemplo, um dos significados encontrados para "tinta" é "substância química corante, que adere à superfície a qual se aplica e é usada para a pintura". Uma definição bastante simples e didática, porém, restrita para quem pretende se aprofundar mais no assunto.

Se procurarmos uma explicação mais abrangente, recorrendo a um bom livro especializado, poderemos encontrar algo como "tinta é uma composição líquida, geralmente viscosa, constituída de um ou mais pigmentos dispersos em um aglomerante líquido que, ao sofrer um processo de cura quando estendida em película fina, forma um filme opaco e aderente ao substrato". Eis uma explicação mais ampla, ótima para que entende muito do assunto ou já trabalha na área. No entanto, pode ser um tanto complexa demais para uma pessoa que está tendo seu primeiro contato com esse universo.

Mas, afinal, como podemos obter uma definição clara e, ao mesmo tempo, abrangente sobre tintas? Vamos por etapas. Em primeiro lugar, extraímos o caráter didático do Aurélio e a complexidade do livro especializado e chegaremos ao um conceito um pouco vago, mas importante sobre tinta, algo como: "tinta é uma mistura de um líquido e um ou mais pós coloridos".

Avancemos para a segunda etapa. Para compreendermos o que é tinta, precisamos entender o que é este "líquido" e estes "pós coloridos". Ou seja, precisamos saber qual é a composição da tinta, do que ela é feita. Sem isso, qualquer definição estará incompleta.

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COMPOSIÇÃO BÁSICA DA TINTA

A tinta é composta, basicamente, das seguintes substâncias: pigmento, veículo ou aglutinador, solvente ou redutor e aditivo. O pó colorido presente na mistura que constitui a tinta é denominado pigmento. O líquido que contém o pigmento e o torna fácil de se espalhar é chamado de veículo ou aglutinador.

l-Pigmentos

São divididos em dois principais: base e inerte. Pigmentos bases dão cor à tinta. Compostos de metais como o chumbo, já foram muito usados na fabricação de pigmentos bases. Atualmente, os fabricantes de tintas empregam sintéticos (substâncias artificiais) para a maioria dos pigmentos bases.

Os pigmentos inertes são materiais, como carbonato de cálcio, argila, silicato de magnésio, mica ou talco, que conferem maior durabilidade à tinta.

II-Veículos ou Aglutinadores

Como o próprio nome diz, servem para aglutinar (unir) as partículas de pigmentos. Os veículos ou aglutinadores incluem óleos, vernizes, látex e resinas naturais e sintéticas. Por exemplo, um veículo de látex é obtido através da suspensão de partículas de resina sintética em água. Essa suspensão é chamada de emulsão. Tintas que utilizam esses veículos são denominadas tintas látex, ou emulsão. Quando um veículo entra em contato com o ar, seca e endurece. Essa ação transforma a tinta em uma película rígida que retém o pigmento sobre a superfície.

IIl-Solventes

São adicionados à tinta para torná-la mais fluida. Algumas tintas são classificadas de acordo com o solvente. As tintas de látex, por exemplo, são diluídas com água e são chamadas tintas à base de água. Tintas insolúveis em água requerem solventes orgânicos, como subprodutos de petróleo. Essas tintas são denominadas tintas à base de solvente.

lV-Aditivo

Substância que, adicionada às tintas, proporciona características especiais às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Existe uma variedade enorme de aditivos usados na indústria de tintas e vernizes: secantes, anti-sedimentares, niveladores, antipele, antiespumante, etc.

Fonte: Tintas & Vernizes - Volume 1 - Ciência & Tecnologia - 2ª edição - Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas)

FABRICAÇÃO

A Revolução Industrial teve um importante papel no desenvolvimento e amadurecimento do processo de fabricação de tinta. Com o surgimento dos equipamentos mecânicos, a produção de tinta — antes um processo manual e personalizado (ver história da tinta) —, industrializa-se, permitindo a produção em larga escala para abastecer um mercado, embora embrionário, mas bastante promissor.

O século XX colocou a disposição das indústrias uma série inovações tecnológicas que, pouco a pouco, automatizariam o processo de fabricação. Ainda neste século, as ciências — química, física e biológica — tiveram um espantoso progresso, o que contribuiu bastante para que a tinta chegasse ao patamar de excelência qualitativa em que se atualmente se encontra. As ilustrações abaixo demonstram, resumidamente, o processo de fabricação de tintas:

Pesagem

A primeira etapa na fabricação de tinta é a pesagem dos materiais líquidos para o veículo da tinta. Tubulações irão transportar os materiais do tanque de estocagem.

Mistura

O fabricante coloca uma pequena quantidade de veículo em um grande misturador mecânico. Depois adiciona gradualmente o pigmento pulverizado. As pás do misturador irão girar lentamente e transformarão os dois ingredientes em pasta de pigmento e de veículo.

Diluição e Secagem

Após a trituração, um operário derrama a pasta moída em um tanque, onde é misturada mecanicamente com mais veículo, solventes e secantes. Solventes como nafta ou água afinam a pasta. Sais de chumbo, cobalto e manganês levam a tinta a secar rapidamente. Nessa fase, a tinta é misturada até que esteja quase pronta para ser usada.

Trituração

Um operário deposita a pasta em um moinho ou triturador para dispersar as partículas de pigmento e distribuí-las uniformente pelo veículo. Existem dois tipos de moinhos: de rolos e de bolas ou seixos. Moinhos de bola ou de seixo são grandes cilindros revestidos de aço que contêm bolas de seixo ou de aço. Quando os cilindros giram, as bolas se movimentam e se chocam umas contra as outras, triturando a tinta. Um moinho de rolos tem cilindros de aço que rodam uns sobre

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