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Fichamento Do Livro: Novas Geopolíticas. VISENTINI, José William. 5ª Edição, 2ª Reimpressão. São Paulo: Cpntexto, 2013. Capítulo 1 (Páginas. 15 A 29).

Artigo: Fichamento Do Livro: Novas Geopolíticas. VISENTINI, José William. 5ª Edição, 2ª Reimpressão. São Paulo: Cpntexto, 2013. Capítulo 1 (Páginas. 15 A 29).. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/3/2015  •  1.659 Palavras (7 Páginas)  •  855 Visualizações

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Fichamento do Livro:

Novas Geopolíticas. VISENTINI, José William. 5ª edição, 2ª reimpressão. São Paulo: Cpntexto, 2013. Capítulo 1 (Páginas. 15 a 29).

Transcrição:

“A geopolítica nasceu com o jurista sueco Rudolf Kjellén, que pela primeira vez empregou esse termo num ensaio intitulado “As grandes potencias”, publicado em 1905”. (Pág. 15)

“(...) ele definiu a geopolítica como “a ciência que estuda o Estado como organismo geográfico”. Como se tratava de um objeto semelhante ao da geografia política, (...) ele procurou estabelecer diferenças entre essas duas formas de conhecimento. Essas diferenças estariam principalmente na abordagem, que seria geográfica no caso da geografia política e política no caso da geopolítica”. (Pág. 15)

“(...) a preocupação básica da geopolítica clássica nunca foi a de um conhecimento sobre um aspecto da realidade e sim a de estabelecer bases para que o “seu” Estado se fortalecesse no cenário internacional”. (Pág. 16)

“A geopolítica logo se expandiu, tendo encontrado no cenário mundial da primeira metade do século XX um solo fértil para crescer. (...) Com o declínio da Inglaterra, grande potência mundial na ordem monopolar da segunda metade do século XVIII e de quase todo o XIX, os embates pela hegemonia mundial se multiplicavam. (...) inúmeros pensadores se engajaram na tarefa de compreender o equilíbrio de forças no espaço mundial e as condições pelas quais um determinado Estado pode se tornar uma grande potencia. (...) o fundamental era a quantidade de recursos – mercados, povos, solos agriculturáveis, minérios, espaço geográfico enfim. Daí as geopolíticas clássicas terem sido em geral explicações a respeito da importância estratégica de determinados territórios, da necessidade de expansão territorial como forma de fortalecimento do Estado e de adquirir hegemonia”. (Pág. 16)

“(...) Mahan acreditava no “fardo do homem branco” (a visão segundo a qual o Ocidente deveria comandar ou “civilizar” o mundo, sendo que o colonialismo ou o neocolonialismo seria algo positivo para os demais povos) e entendia que as guerras eram inevitáveis na história.” (Pág 17)

“A chave para a hegemonia mundial, segundo Mahan, estaria no controle das rotas marítimas, (...) Mahan pensava essencialmente no fortalecimento dos Estados Unidos. (...) Pela própria posição geográfica (e traços históricos) dos Estados Unidos – algo que Mahan enfatizou –, pela ausência de inimigos potenciais significativos por terra, e pela importância do comércio marítimo nas trocas internacionais, ampliar o controle dos mares seria o grande objetivo da estratégia norte-americana”. (Pág 17)

“(...) Não apenas os Estados Unidos tornaram-se, desde os primórdios do século xx, a grande potência marítima do planeta (...) como uma importante idéia de Mahan tornou-se realidade: a construção do canal do Panamá, unindo os oceanos Atlântico e Pacífico”. (Pág 18)

“(...) Mackinder criou conceitos que foram reproduzidos por praticamente todos os demais geopolíticos e se tornaram clássicos: pivot area, world island, anel insular, anel interior ou marginal e, principalmente, heartland”. (Pág 18)

“(...) Ele chamou de “ilha mundial” (world island) esse grande bloco de terras (o Velho Mundo), no qual, de acordo com seus estudos (algo que provavelmente seja verdadeiro na medida em que aí vive a maior parte da população mundial), teria ocorrido a imensa maioria das guerras da história da humanidade. E dentro dessa “ilha mundial” haveria uma área central básica, a pivot area, que seria uma imensa região central localizada em parte na Europa e em parte na Ásia. (...) a heartland (“terra-coração”) – que corresponde aproximadamente ao que chamamos hoje de Europa oriental. (...) A importância dessa região estaria na combinação de três características: a presença de uma porção importante da maior planície do mundo, que se prolongaria desde as estepes russas até a Alemanha, os Países Baixos e o norte da França, e que seria coberta de pastagens (grassland), o que favoreceria a mobilidade do povo e guerreiros; a presença de um dos maiores rios do mundo (...) e a sua natureza mais ou menos fechada em relação às incursões marinhas”. (Pág 19)

“(...) Essas idéias, que afinal de contas foram levadas a sério até pelo menos a Segunda Guerra Mundial, talvez tenham tido uma boa base de sustentação (...) na época em que Mackinder viveu, aquela do Estado territorial militarizado, com a guerra sendo ainda desenvolvida, na terra ou no mar (...) com base não na tecnologia de precisão, como nos dias de hoje, e sim no número de soldados, navios e armamentos”. (Pág 20)

“(...) Haushofer fez largo uso das idéias de Mackinder, adaptando-as para um prisma alemão. (...) teorizou sobre as condições para se fortalecer o Estado germânico. (...) Haushofer (...) minimizava as diferenças ideológicas entre o nazismo alemão e o comunismo russo e enfatizava a necessidade dessa “aliança natural” entre os dois Estados para se contrapor ao então poderoso império britânico”. (Pág 21)

“Haushofer esboçou uma “ordem mundial ideal”, resultado de uma desejável aliança entre Alemanha, Rússia e Japão, que consistiria na divisão do mundo em quatro “blocos” ou zonas continentais: a zona de influência alemã, que abarcaria a Europa, a África e o Oriente Médio; a zona de influência dos Estados Unidos; a zona de influência da Rússia; e a zona de influência do Japão”. (Pág 21)

“Discutiu-se muito a respeito das ligações das ideias de Haushofer com a política expansionista da Alemanha nazista. O próprio geopolítico (...) deixou uma espécie de carta-testamento intitulada “Uma apologia geopolítica”, na qual isenta a Geopolitik de qualquer responsabilidade nesse expansionismo e afirma que estava somente “fazendo ciência”, com um “método americano”. (Pág 22)

“(...)Geopolitik (...) Era uma divulgação de ideias que basicamente afirmavam o seguinte: existiam inúmeros territórios que eram “naturalmente” germânicos (...) e que a ordem mundial era injusta devido à pouca presença da Alemanha, um candidato “natural” a ser uma grande potência mundial. (...) Haushofer (...) e a sua revista repercutiram com veemência a ideologia da “raça superior” e, mais do que isso, acrescentaram a “necessidade de espaço vital” para o futuro da Alemanha”. (Pág 23)

“A partir do final da Segunda Guerra Mundial, a geopolítica ingressou numa crise (...) até meados da década de 1970, ela viveu numa espécie de ostracismo, pois os vencedores a identificavam com

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