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Por:   •  15/5/2014  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  381 Visualizações

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Unidade 1 – Acumulação Capitalista

Pode-se entender o surgimento do capitalismo a partir de uma forma simples e resumida na explicação de TESE, ANTÍTESE e SÍNTESE, de acordo com a teoria de Karl Marx.

A Tese é a situação do momento, que à época de Marx o sistema Feudal era a que prevalecia. Porém, estavam com seus dias contados em decorrência das novas situações, como, por exemplo, as grandes navegações, as novas descobertas, as novas especiarias e, consequentemente, o enriquecimento dos pequenos comerciantes e da burguesia.

Na idade média, os reis medievais adotavam medidas intervencionistas a fim de limitar e coibir o enriquecimento da classe dos comerciantes que, através da atividade mercantil, já haviam enriquecido bastante. Grande exemplo disso foi o que aconteceu na Inglaterra, onde os reis Eduardo I e II criaram regulamentações para limitar o avanço e o poderio econômico dessas duas outras classes.

Neste sentido, deparamo-nos com o que Marx chama de ANTÍTESE. Ou seja, ANTI-TESE, a nova situação que vai negar a tese, ou as lutas de classes, em que se colocam frente a frente, de um lado os reis e os senhores feudais (defendendo seus interesses dentro do sistema feudal), e de outro lado a burguesia e os pequenos comerciantes (contrários aos sistemas arcaicos de produção, considerando agora a forma mais rápida e produtiva com o advento da Revolução Industrial). Desta luta ocorre aSÍNTESE, um novo resultado, o surgimento do Capitalismo. Neste contexto, a acumulação do capital vai se aprimorando e ganhando cada vez mais forças.

O processo de acumulação primitiva surgiu com a desestruturação da sociedade feudal, a qual deu lugar à formação da sociedade capitalista. Com a criação da classe operária, isto é, dos não proprietários de meios de produção, destruiu-se os “vínculos sociais feudais pelos quais a maioria dos trabalhadores garantira seu acesso à terra”. A transformação da “propriedade feudal” na “moderna propriedade privada” mudou as relações econômicas na sociedade. Os trabalhadores foram expulsos das terras que cultivavam e mandados para a cidade, engrossando a massa de mendigos e desempregados (HUNT, 1981 apud ABREU; BARROS, 2013, p. 1).

 ACUMULAÇÃO DO CAPITAL À MAIS-VALIA

Uma das obras clássicas para se entender a “Acumulação primitiva de Capital” é a obra: “O CAPITAL” da Teoria Marxista. Nesta obra menciona a forma como ocorre a MAIS-VALIA, ou seja, demonstram a ordem crescente dos preços e os lucros exorbitantes, em especial os enormes excedentes de Capital que teve como consequência a I Revolução Industrial. 

O QUE É A MAIS-VALIA?

Como já estudado em Sociologia, a Mais-Valia é a relação distante entre o salário pago e o valor do trabalho produzido.

Para Adam Smith, o valor do trabalho agregado ao produto é menor que o valor que a mercadoria poderia ser vendida. David Ricardo afirmava que a questão salarial está ligada às necessidades fisiológicas, isso quer dizer que o valor pago gira em torno das condições mínimas de sobrevivência, ou seja, o ordenado cobre somente o essencial (alimentos, roupas) (PRACIANO, 2010, p. 1). 

É na sua análise de dialética que Karl Marx afirmou a exploração do trabalhador pelos proprietários dos meios de produção. Sendo assim uma característica do sistema capitalista. Uma disputa totalmente desigual entre o capitalista e o proletário. É nesta disparidade entre o valor do produto produzido pelo operário e o que este ganha pela produção, o que denominado por Karl Marx de MAIS-VALIA. (O lucro do patrão).

No vídeo a seguir temos uma animação que corresponde à Mais-Valia, e que demonstra a forma como o capitalista explora o operário.

Outro vídeo bastante relevante sobre a temática aqui desenvolvida é a entrevista realizada com o sociólogo Gabriel Cohn. Vamos refletir sobre o vídeo a seguir que menciona sobre os tempos modernos:

Neste vídeo mostraremos os aspectos sociológicos do pensamento de Karl Marx com base em entrevista do sociólogo Gabriel Cohn. Apresenta-se aqui a caracterização in loco da economia de uma pequena cidade do Estado de São Paulo, em que se apresenta nos dias de hoje a mesma situação descrita por Karl Marx no século XIX. Na visita à cidade, o também sociólogo Antonio Mazzeo aponta essas diferenças e semelhanças.

Como vimos no filme, a linha de montagem havia acabado de nascer na época de Karl Marx. É neste século XIX que o capitalismo industrial, após seu surgimento, estava se consolidando na Europa. No filme Tempos Modernos o personagem “Carlitos” era um operário que evidencia como se dava a exploração dos trabalhadores na fábrica capitalista. É a partir deste contexto que ocorre a discussão da análise do sistema capitalista de Marx.

REPRODUÇÃO DA POBREZA E DA EXCLUSÃO SOCIAL NOS CONTEXTOS URBANO E RURAL

Como se originou as pobrezas e as desigualdades sociais? Como vimos na Web aula I desta unidade sobre a acumulação capitalista e a Mais-Valia, não é difícil entender essas situações como algumas das características proporcionadas pelo sistema capitalista. Assim como os problemas que aconteceram nas cidades com o surgimento da Revolução Industrial, em que muitos trabalhadores saíram da zona rural para os centros industriais em busca de melhores condições de vida e, a partir daí, começam os grandes problemas a serem refletidos.

Sabe-se que a pobreza e as desigualdades sociais são frutos do que Marx chama de exploração dos trabalhadores na sociedade capitalista por parte dos proprietários dos meios de produção. Ou seja, são as estruturas exploradoras de poder. O que significa a presença de alguém lucrando em cima da pobreza.

É na perspectiva Neoliberal que nos deparamos com um Estado visualizando a importância de garantir o mínimo para os necessitados. Aprofundando, desta forma, as desigualdades sociais.

A EXCLUSÃO SOCIAL

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