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GESSO

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Por:   •  28/11/2013  •  Tese  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  489 Visualizações

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1. Definição

Gesso é o termo genérico de uma família de aglomerantes simples, constituídos basicamente de sulfatos mais ou menos hidratados e anidros de cálcio; são obtidos pela calcinação da gipsita natural, constituída de sulfato hidratado de cálcio geralmente acompanhado de uma certa proporção de impurezas, como sílica, alumina, óxido de ferro, carbonatos de cálcio e magnésio. Tem a composição estequiométrica média de: 32,5% de CaO, 46,6% de SO3 e 20,9% de H2O.

2. Propriedades físico-químicas e mecânicas do gesso

O gesso é um material branco fino que em contato com a água se hidrata, num processo exotérmico, formando um produto, não hidráulico e rijo.

A produção do gesso se dá pela mineração e calcinação da gipsita, mineral natural produzido pela evaporação de mares. O minério de gesso (gipsita), formado entre 100 e 200 milhões de anos atrás, está presente em grande parte da superfície terrestre. Sua extração não gera resíduos tóxicos e requer pouca interferência na superfície. As fábricas de chapas de gesso e outros derivados da gipsita são instalações limpas, que somente liberam vapor d'água na atmosfera.

Alternativamente, o gesso pode ser produzido pela reciclagem do fosfogesso ou do gesso químico produzido pela desulfurização de chaminés de queima de carvão com cal hidratada. No Brasil nenhum destes processos alternativos é significativo.

As propriedades específicas do gesso como: elevada plasticidade da pasta; pega e endurecimento rápido; finura equivalente ao cimento; pequeno poder de retração na secagem e estabilidade volumétrica, garantem desempenho satisfatório quando utilizado como aglomerante na fabricação de premoldados ou aplicado como revestimento.

Desde longa data que o gesso vem servindo de base às argamassas de assentamento e de revestimento. Ao contrário da argamassa de cal, cuja tenacidade aumenta com o tempo, a argamassa de gesso perde a sua rigidez à medida que envelhece. No caso de não ser utilizada em pouco tempo deve ser resguardada para que não absorva a humidade contida no ar, o que traria graves inconvenientes. Muitas vezes quando se usa o gesso recorre-se ao emprego de aditivos com vista a retardar ou a acelerar o seu endurecimento e de reforçar a sua resistência. Devido à sua constituição e à sua sensibilidade à água, não é utilizado como material resistente nem em situações em que possa vir a estar em contacto com ambientes húmidos ou com a água. (CAMÕES, 2013)

A propriedade de absorver e liberar umidade ao ambiente confere aos revestimentos em gesso um elevado poder de equilíbrio higroscópico, além de funcionar como inibidor de propagação de chamas, liberando moléculas d’água quando em contato com o fogo.

Por outro lado, devido a solubilidade dos produtos em gesso ( 1,8 g/ l ), a utilização

destes fica restrito a ambientes interiores e onde não haja contato direto e constante com água ( áreas molhadas) e desde que se considere certos cuidados, tais como: o alto poder oxidante do gesso quando em contato com componentes ferrosos; o alto poder expansivo das moléculas de etringita, formadas pela associação do gesso com o cimento em fase de hidratação; diminuição da resistência com o grau de umidade absorvida; a solubilidade e lixiviação com a percolação de água constante.

3. Hidratação

O gesso em contato com a água volta a se hidratar, retornando ao dihidrato, um sólido de estrutura cristalina. Esse endurecimento (cristalização) se dá através de núcleos que vão se expandindo. O tamanho dos cristais depende das impurezas do gesso, dos aditivos usados (geralmente controladores do tempo de pega) e das condições de cristalização. Em geral, um dihidrato com cristais grandes tem menor resistência mecânica que um com cristais menores.

O endurecimento completo ocorre depois que o excesso de água evaporou, deixando os poros. Após um pico de liberação da energia superficial devido a molhagem, o gesso passa por um período de pequena atividade química. Durante este período a pasta mantém a sua trabalhabilidade.

O processo de hidratação do gesso é muito rápido e se conclui em algumas horas.

4. Tempo de pega

O tempo de pega se relaciona diretamente com o tempo necessário para que os cristais de gipsita estejam presentes em número suficiente, capazes de suportar tensões.

O tempo de início de pega, determinado segundo a norma brasileira NBR 12128, é o tempo decorrido a partir do momento que o gesso tomou contato com a água até o instante em que a agulha do aparelho de VICAT não mais penetra até o fundo, estacionando a l mm do fundo.

O tempo de fim de pega é o tempo decorrido a partir do momento que o gesso entra em contato com a água até o instante que a agulha do aparelho de VICAT não mais deixa impressão na superfície.

5. Fatores que influenciam as propriedades do gesso

5.1 Grau de cristalização

A depender do processo de calcinação do gesso, duas cristalizações podem acontecer, a alfa, onde os cristais são bem formados e homogêneos e a beta onde são mal formados e heterogêneos. Os gessos alfa têm maior tendência a formar produtos com maior tempo de pega e maior resistência por ser menos solúvel e, portanto, necessitar de menos água de amassamento para se ter a trabalhabilidade desejada. Já os gessos beta tem mais tendência a formar produzir de menor tempo de pega e menor resistência. Na construção, o gesso empregado é o gesso tipo beta, contendo pequenas proporções de anidrita (solúvel e insolúvel) e impurezas como o próprio dihidrato

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