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O uso do gesso na construção civil

Abstract: O uso do gesso na construção civil. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/8/2013  •  Abstract  •  1.069 Palavras (5 Páginas)  •  728 Visualizações

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Em Pernambuco o gesso é um material largamente empregado na construção, especialmente em face

da grande disponibilidade de jazidas localizadas na região do Araripe. As aplicações mais conhecidas

são os forros para teto e os blocos de fechamento de edificações. Outra utilização conhecida do gesso é

como elemento de revestimento, seja em pasta, quando misturado apenas com a água, ou como

componente da mistura com areia.

Uma limitação desse produto é o seu comportamento em contato permanente com a água em virtude

da evidente queda de desempenho mecânico, natural dos aglomerantes aéreos1

. Com isso, os

revestimentos de gesso ficam restritos às áreas secas, deixando de ocupar locais como cozinhas e

banheiros. Por conta disso, fornecedores e construtores vêm estudando a possibilidade de se utilizar

esse produto mesmo em áreas úmidas, com o emprego de aditivos ou impermeabilizantes que atenuem

os efeitos da água.

No presente estudo foram realizados ensaios em laboratório com amostras de revestimento de gesso

colocadas em condições de umidade por tempos crescentes, com e sem o emprego de

impermeabilizantes. Os resultados encontrados indicaram a ineficiência, quanto ao comportamento

mecânico, desses produtos aplicados em condições de contato permanente com a água.

1. INTRODUÇÃO

O mineral gipsita é um sulfato de cálcio di-hidratado (CaSO4.2H2O), que ocorre em diversas regiões

do mundo, e apresenta um amplo e diversificado campo de utilizações. O grande interesse pela gipsita

é atribuído a uma característica peculiar que consiste na facilidade de desidratação e rehidratação. A

gipsita perde 3/4 da água de cristalização durante o processo de calcinação, convertendo-se a um

sulfato hemidratado de cálcio (CaSO4.1/2H2O) que, quando misturado com água, pode ser moldado e

trabalhado antes de endurecer e adquirir a consistência mecânica da forma estável rehidratada.

A gipsita pode ser utilizada na forma natural ou calcinada. A forma natural é bastante usada na

agricultura e na indústria de cimento. Enquanto a forma calcinada, conhecida como gesso, encontra

várias utilizações na construção civil, como material ortopédico ou dental etc.

Segundo Lira Sobrinho et. al apud Baltar et. al (2005) atualmente, os maiores produtores mundiais de

gipsita são: Estados Unidos da América (17%), Irã (10%), Canadá (8%), México (7%) e a Espanha

(6,8%). O Brasil possui a maior reserva mundial, mas só representa 1,4% da produção mundial..

O Estado de Pernambuco, que possui reservas abundantes de gipsita na região do Sertão do Araripe,

envolvendo os Municípios de Araripina, Bodocó, Ipubi, Ouricuri e Trindade, é responsável por 95%

da produção brasileira. As jazidas do Araripe são consideradas as de minério de melhor qualidade no

mundo e apresentam excelentes condições de mineração (relação estéril/minério e geomorfologia da

jazida).

De acordo com informações do Sindugesso (Sindicato das Indústrias de Extração e Beneficiamento de

1

“Aglomerante aéreo é aquele cuja pasta apresenta a propriedade de endurecer por reações de hidratação ou

pela ação do anidrido carbônico presente na atmosfera e que após o seu endurecimento não resiste

satisfatoriamente quando submetido à ação da água” – Notas de aula da Disciplina Aglomerantes de

argamassas e concretos – Profa. Maria Alba Cincotto (EPUSP).Gipsita, Calcáreos, Derivados de Gesso e de Minerais Não-Metálicos do Estado de Pernambuco), o

Pólo Gesseiro de Pernambuco é formado por 18 minas em atividade, 69 unidades industriais de

calcinação e 250 indústrias de pré-moldado, proporcionando cerca de 12 mil empregos diretos e cerca

de 60 mil indiretos (Baltar et. al., 2005). A produção do Pólo Gesseiro, em 2001, foi de 1,8 milhões de

t/a, sendo que cerca de 1,3 milhões para a fabricação de gesso e cerca de 500 mil toneladas usadas na

fabricação de cimento (Baltar et. al., 2005).

Assim, o gesso para construção civil fabricado na nossa região é essencialmente de origem natural,

obtido a partir da moagem e desidratação térmica do minério bruto chamado gipso. Na fabricação do

gesso para construção ou para outros fins, ao ser misturado com a água, proporciona uma reação

química de hidratação que é, basicamente, inversa à de calcinação. A teoria para explicar a hidratação

do gesso para construção é chamada “teoria da cristalização”, resumida em três fases:

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