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Gestão Hospitalar

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Por:   •  22/5/2013  •  1.661 Palavras (7 Páginas)  •  1.795 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O Município do Lago do Junco localizado no estado do Maranhão passou por uma grande transformação em decorrência da implantação de um projeto que soube acoplar o conhecimento cultural da comunidade, a utilização de matéria prima existente (plantas medicinais) e a parceria com instituições governamentais.

Para a realização do projeto foi preciso apoio e envolvimento de grandes parcerias como Prefeitura, Universidade Federal do Maranhão, Governo Federal e Sebrae, que contribuíram   com capacitação de profissionais e verbas e também o envolvimento e comprometimento da comunidade que foi a maior beneficiada com o sucesso do empreendimento.

Assim, o município teve reconhecimento mundial através do Projeto Farmácia Verde, teve seus índices de desenvolvimento melhorados e passou de uma situação precária para uma situação lucrativa e sustentável. 

2. DESENVOLVIMENTO

A Comunidade do Município do Lago do Junco passou de uma situação, caracterizada por indicadores sócio econômicos inferiores aos de outros municípios do Maranhão, com um baixo índice de desenvolvimento humano devido a pouco investimento na área de educação e saúde, para uma situação de melhora e redução de enfermidades, promoção de cursos de capacitação para os agentes de saúde e demais interessados, melhorando assim, a educação do município e incentivando a comunidade a ter uma participação mais ativa.

Na área da educação era oferecido pela Prefeitura material didático, transporte escolar e merenda, porém o material não era suficiente para o ano letivo, faltava material didático para o ensino supletivo e também uma biblioteca para pesquisas, e a inexistência de oferta de outro curso além do magistério. Com a implementação do projeto houve uma mudança de postura por parte da comunidade que se envolveu com o mesmo, passando a participar dos cursos de capacitação, e também promoveu uma troca de experiências relacionadas à importância das plantas medicinais para evolução da comunidade como todo.

A área de saúde que contribuía para um baixo índice de desenvolvimento humano, pela ausência de posto médico e inexistência de programa de prevenção de doenças, a partir do projeto, foi reorganizada e foram implantados novos programas com o propósito de minimizar os problemas na área de saúde atuando nos setores primário, secundário e terciário, utilizando para tanto a medicação fitoterápica, melhorando e reduzindo as enfermidades mais frequentes.

Ainda na área de saúde outros avanços que podem ser ressaltados são:   construções de rede de esgoto e fossas assépticas, postos de saúde equipados e uma unidade móvel de serviços odontológicos. O município conseguiu a emancipação no atendimento médico hospitalar e oferta de remédios fitoterápicos a baixo custo.

Pode-se observar que a gestão de mudanças foi influenciada pelos fatores externos relacionados ao macroambiente, como economia: redução de custos com remédios; o uso de tecnologias: parcerias com curso de farmácia da UFMA; participação da sociedade: toda comunidade se envolveu com o projeto e cultura, pois foram utilizados conhecimentos passados de geração em geração sobre as plantas medicinais que já eram cultivadas dentro do município.

Cabe ressaltar que todas as mudanças ocorreram principalmente em função de parcerias entre a comunidade e governo e iniciativa privada, que fizeram uso das quatro principais atividades que podem ser elencadas dentro da área de processos administrativos: Planejamento, Organização, Direção e Controle a fim de desenvolver o projeto.

Na parte de planejamento foram realizados seminários buscando sensibilizar a comunidade para a questão do desenvolvimento sustentável e da importância do comprometimento de cada parte envolvida com o processo. A organização se deu através de um fórum onde foram divididas as tarefas e ações e foram articuladas e firmadas as parcerias com intuito de desenvolver as atividades econômicas sustentáveis a fim de melhorar a qualidade de vida da comunidade.

Como forma de controle e direção foi realizado um diagnóstico sócio econômico a fim de verificar as potencialidades do município, a diversidade da flora medicinal, a tradição cultural no cultivo e utilização das plantas medicinais e do laboratório de manipulação. Logo em seguida foi realizada a capacitação dos membros do Fórum onde foram definidos os líderes e estimulado o trabalho em equipe e em parceria com o SEBRAE foram oferecidos cursos de capacitação promovendo uma motivação no grupo.

Dessa forma o Projeto Farmácia Verde contou com parceiros comprometidos como o Fórum de Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável (DLIS) que “valorizou a participação comunitária e estimulou o comprometimento dos moradores locais com a questão do desenvolvimento, buscando desenvolver lideranças capazes de dar sustentação a ações que visassem à promoção do desenvolvimento”. (VEIT, 2003, p.6).

Outra parceria importante foi realizada entre a Prefeitura o Sebrae e a Universidade Federal do Maranhão que viabilizou estágios para os estudantes de Farmácia e Agronomia que se tornaram multiplicadores das técnica de cultivos de plantas e fabricação de remédios, capacitando os agentes de saúde do município em cultivo coleta, secagem e manipulação de plantas medicinais.

A parceria com a paróquia da comunidade ganhou para o projeto o terreno para o cultivo das plantas e a Prefeitura custeou o deslocamento dos técnicos da Universidade a aquisição do material para os canteiros e equipamentos necessários para a farmácia fitoterápica. 

Outro ponto a ser ressaltado é a importância de todo processo de capacitação que acabou desenvolvendo a ideia de fabricar e comercializar os medicamentos além de usa-los na própria comunidade como forma de prevenção de doenças que contou com a parceira do Governo Federal através do programa Saúde da Família.

Na área econômica o Projeto Farmácia Verde beneficiou a população urbana e rural do município facilitando o acesso a medicação alternativa local de baixo custo, além da contratação de novos funcionários. Os remédios fitoterápicos renderam ao município a economia de R$ 6 a 12 mil mensais na aquisição dos medicamentos para a farmácia.

 

3. CONCLUSÃO

O Projeto Farmácia Verde pode ser considerado como um projeto inovador, e que conseguiu ir além dos objetivos traçados inicialmente, pois transformou uma comunidade que vivia

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