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Gestão científica e a teoria clássica da gestão

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Por:   •  17/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.346 Palavras (10 Páginas)  •  329 Visualizações

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ódulo 2 – A Administração Científica e a Teoria Clássica da Administração

Neste módulo estudaremos a Escola Clássica de Administração, cujos expoentes são Frederick Taylor e Henri Fayol. Segundo Chiavenato (2004, p. 49), esta escola surge em função de dois fatores: as empresas passaram a crescer em tamanho, mas sem organizar-se adequadamente, bem como empregam cada vez mais assalariados, gestores e burocratas.

Introdução

Com o surgimento das idéias liberais inicia-se um movimento novo na administração no século XVIII.

As pessoas começaramm a se concentrar nas cidades e a grande oferta de mão-de-obra gerou muitos conflitos. As cidades se caracterizaram nesse início pela sujeira, pobreza, com epidemias como a cólera e geraram muitos sofrimentos para as pessoas. Surgiram os primeiros movimentos sindicais na luta por melhores condições de vida e de trabalho e assim se aprovaram as primeiras leis de proteção social. Seu maior pensador foi Adam Smith (1723-1790) com o liberalismo econômico: a divisão das tarefas e a especialização do trabalho para aumentar a produtividade. Os objetivos principais eram:

melhorar a capacidade de cada trabalhador em desempenhar seu trabalho,

economizar tempo desperdiçado na troca de tarefas e

a criação de condições tecnológicas inovadora que possibilitasse economias com relação ao uso de mão-de-obra.

A Administração Científica

Frederick Taylor (1856-1915)

Taylor inaugura a vertente da Administração Científica, que tem por foco as tarefas (ibid, p. 49) como meio de aumentar a eficiência. A busca de padronização na realização das tarefas e também de maior produtividade contribui para a aplicação de métodos científicos à administração e foi um primeiro passo para a preocupação com a qualidade do que é produzido, pois a qualidade exige padronização (MAXIMIANO, 2002).

Na obra A Price-Rate System (1895) na primeira fase da administração cient[ifica, Taylor empreendeu um estudo de tempos para encontrar um padrão para o pagamento de salários, com pagamento por peça (MAXIMIANO, 2002, p. 154). Os operários buscariam produzir mais peças para elevar sua remuneração. Segundo o autor (idem): "Sua resposta para esse problema foi o que ele chamou ' estudo sistemático e científico do tempo', que consistia em dividir cada tarefa em seus elementos básicos e, com a colaboração dos trabalhadores, cronometrá-las e registrá-las". Uma consequência foi a uniformização dos passos para a realização das tarefas existentes.

Na segunda fase da administração científica, o problema enfrentado passou a ser o "aprimoramento dos métodos de trabalho" (ibid, p. 155). Em Shop Management (1903), estabelece que o trabalhador motivado e produtivo não pode ser desincentivado pelo grupo ou em termos financeiros. Uma novidade também foi a padronização de ferramentas. Segundo Silva (1987) os operários utilizavam ferramentas que lhes agradassem, mas a uniformização das tarefas fez com que se estabelecesse uma ferramenta ideal para cada parte do trabalho. Na obra Princípios de Administração Científica (1911), Taylor procurou estabelecer princípios mais gerais que sustentassem suas técnicas (ibid, p. 156). Era a terceira fase da Administração Científica, em que o objetivo era, nas palavras de Taylor: "assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado” (Chiavenato, 2004, p. 56). Propõe: incentivos salariais e busca de produtividade, condições adequadas de trabalho, padronização e supervisão funcional (Chiavenato, 2004, p. 62).

Críticas à Administração Científica, segundo Chiavenato:

Mecanicismo: a ênfase na tarefa e no controle de produção provoca a desumanização do trabalho,

Provocava muitos protestos dos trabalhadores (greves), pois não se considerava os inconvenientes morais, psicológicos e sociais do sistema baseado exclusivamente na eficiência,

Os trabalhadores não conseguiam trabalhar dentro dos ritmos impostos e questionavam que era uma nova forma de exploração da mão-de-obra baseada nos altos padrões de desempenho exigidos,

O trabalho altamente especializado passou a ser considerado degradante e humilhante por reduzir excessivamente a ação do homem, automatizando e não permitindo o uso de suas habilidades de raciocínio e sua participação no trabalho que executava, além de extrair qualquer significado psicológico do trabalho,

A super especialização das tarefas priva os trabalhadores da satisfação no trabalho, facilita a seleção e o treinamento o que aumenta a troca de pessoas aumentando a rotatividade (turnover) – isso desqualifica o empregado e provoca a queda de salários pelo excesso de pessoas desempregadas,

A queda nos salários provoca o aumento dos lucros, porém causa sérios problemas sociais, psicológicos e econômicos,

A robotização do ser humano causa alienação ao trabalho, as pessoas não conhecem o produto final que produzem, não interagem com a organização, não conhecem seus objetivos,

Visão do homem como um apêndice da máquina gera sentimentos de desqualificação do ser humano e causa depressão e outros transtornos psicológicos

Nega os aspectos humanos, sociais e informais da organização, pois foca apenas os aspectos formais,

Seus princípios ignoram o restante da vida de uma empresa, seus aspectos financeiros, comerciais, uma vez que focam apenas a fábrica e o ramo industrial. Esse padrão pouco se aplica a outros tipos de empresa que não uma indústria,

Visualiza a organização como um sistema fechado sem interação com seu meio ambiente.

Teoria Clássica da Administração

Henri Fayol (1841-1925)

A corrente derivada de Fayol é denominada Escola Clássica ou Teoria Clássica, cuja ênfase para elevar a eficiência está na estrutura (Chiavenato, 2004, p. 49) das empresas, ou seja, em sua forma. Estabelecer a forma é estabelecer a divisão do trabalho como um

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