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Os resultados dos ecologistas marinhos D. Pauly e V. Christensen

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Por:   •  1/9/2014  •  Artigo  •  410 Palavras (2 Páginas)  •  193 Visualizações

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Quanto da produção das algas nos oceanos é exigido para sustentar os pesqueiros dos quais nós humanos dependemos?

Os oceanos, tradicionalmente uma fonte de alimento para as pessoas que vivem próximo à costa, estão agora proporcionando alimentos para grande parte da população humana do mundo. Em 1950, a captura total de peixes e outros frutos do mar foi cerca de 20 milhões de toneladas. A captura total aumentou para 75 milhões de toneladas em 1980 e agora estabilizou-se em cerca de 90 milhões de toneladas anualmente. A produção anual pelas fazendas de peixes aumentou de cerca de 5 milhões de toneladas em 1980 para mais de 40 milhões de toneladas atualmente.

Podemos esperar coletar ainda mais dos oceanos?

Em 1995, dois ecólogos marinhos, D. Pauly e V. Christensen, trabalhando no International Center for Living Aquatic ResourcesManagement (Centro Internacional para Gestão dos Recursos da Vida Aquática) nas Filipinas, pensaram em aplicar seus conhecimentos de fluxo de energia nos ecossistemas naturais nestas questões.

Pauly e Christensen assumiram que a cada passo na cadeia alimentar, que leva das algas microscópicas até os peixes que comemos, cerca de 90% da energia consumida é usada para manter o consumidor. Isto significa que somente 10% são convertidos através do crescimento e reprodução em biomassa, e assim em alimento potencial para outros organismos.

Dos estudos de dieta de organismos marinhos, Pauly e Christensen estimaram que o número de passos de alimentação levando das algas até os peixes varia em média de cerca de 1,5 para ecossistemas costeiros e de recifes até 3 para o oceano aberto. Conhecendo o número de passos de alimentação e assumindo uma eficiência de transferência de energia de 10% por passo, eles fizeram cálculos simples para converter os peixes coletados em quantidades de algas necessárias para sustentá-Ios. Usando dados desde a década de 1980, Pauly e Christensen mostraram que, para os pesqueiros na costa, que produzem uma parte dos alimentos do mar consumido pelos humanos, o crescimento de algas exigido para sustentar a coleta chegou a 24%-35% da produção total do ecossistema. Como não comemos tudo que

cresce no mar, Pauly e Christensen sugeriram que a coleta humana poderia estar se aproximando de seu limite superior - uma previsão sustentada pela subsequente estabilização da captura de peixes selvagens. Somente no oceano aberto, onde exploramos de forma ineficiente os pesqueiros altamente dispersas, no fim de uma longa cadeia alimentar usurpamos uma fração pequena (cerca de 2%) da produção total.

Fonte: A Economia da Natureza - Ricklefs - 6ªed - Cap. 22

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