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HISTÓRICO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

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Por:   •  31/1/2014  •  Seminário  •  1.893 Palavras (8 Páginas)  •  177 Visualizações

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(RE) CONSTRUINDO A HISTÓRIA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

A polissemia do termo Relações Públicas nos faz entrar em uma busca inquietante sobre sua história, e é justamente essa complexidade que nos faz perceber que há uma necessidade de (re) construção da história da mesma, tendo como referência(s) outro(s) paradigma(s).

Tem-se então a opção pela expressão área na tentativa de minimizar os impasses conceituais que o próprio termo encerra. Ou seja, pensamos na área de relações públicas como o que o profissional desta faz, quais são suas atividades, etc. Mas não desmembramos o próprio termo para sabermos o que significa uma relação pública.

Alguns dos autores da área trilham a todo o momento caminhos e abordagens teóricas diferentes, para procurar dimensionar e definir o campo de atuação dessa área, mas como se trata de pessoas e pontos de vista diferentes, temos então uma incongruência e uma variação, existe um descompasso entre esses autores, não há consenso, a ambiguidade é constante.

Mas, é provável que, os próprios autores percebam essa “encruzilhada conceitual”, pois enfatizam em seus textos a “escassez” de pesquisas, especialmente no âmbito acadêmico, insistindo a necessidade da produção e avanço do conhecimento na área de relações públicas.

No Brasil essa atividade foi iniciada em 1914, mas há pouca visibilidade desta atividade, ou seja, não há uma discussão ou um estudo específico da conceituação teórica de relações públicas nas universidades.

Percebe-se que história das Relações públicas é maniqueísta, ou seja, apresenta o lado ruim e o lado bom. Mas, e o contexto disso tudo? Quando, como e por quê? O que estava acontecendo naquele momento para que a sociedade precisasse de um profissional de Relações Públicas?

A história deve ser contextualizada e (re) construída, e essa (re) construção deve acontecer na Universidade, como os professores e os alunos. Deve-se rever o paradigma funcionalista, no qual a área de Relações Públicas foi “acolhida”. Pois essa não é uma ciência exata, não se tratam de máquinas e sim, pessoas.

O paradigma funcionalista não necessariamente deve ser abolido, mas somado a outros paradigmas ampliaria a visão gerando informação para que o conhecimento seja (re) construído.

Com o mundo cada vez mais globalizado e com tantas tecnologias, temos cada vez mais nas organizações, agentes que são considerados “sem rosto”, devido ao fato de nunca terem contatos pessoais com outros indivíduos da empresa ou fora dela. Isso se dá graças à virtualização da comunicação. É necessário revistar e revisar as relações inconstantes e intensas cabe então o questionamento: o “olhar” funcional consegue interpretar a complexidade da comunicação organização-público nessa nova realidade?

Para que essa (re) construção aconteça é necessária a revisão dos currículos dos cursos de relações publicas para que haja uma reforma dos paradigmas construídos. Os estudos sobre as diversas formas de atuação na área estão levando a criação de disciplinas isoladas e a fragmentação do conhecimento.

O alerta é para a necessidade pesquisas, reflexão e criticas. E é através deste desafio do questionamento de paradigmas (tanto o funcionalista quanto o da complexidade) que o conhecimento será formado e a historia das Relações Publicas (re) construída.

CONTEXTO HISTÓRICO

Quando ouvimos a respeito da profissão de Relações Públicas, relacionamos a ela um contexto extremamente atual, como se a mesma tivesse acabado de ser criada. Estamos profundamente enganados, as Relações Públicas existem desde os primórdios da humanidade, acompanhando figuras importantes da sociedade, como reis, imperadores, políticos, empresários, artistas, enfim, sempre promovendo diálogos entre os públicos.

Mas, até então esse papel não era bem definido, e não tinha um conceito sólido. O mais interessante foi o contexto no qual se deu o surgimento da profissão, foi justamente quando os trabalhadores americanos decidiram se unir contra a forma que eram explorados e ignorados quando se tratava de questões favoráveis a eles. Então, durante uma entrevista, William H. Vanderbilt, importante empresário do ramo ferroviário, pronuncia a expressão “The public be damned (O público que se dane)”, sobre o interesse público a respeito de um novo trem expresso entre Nova York e Chicago. Diante deste descaso, em 1877 trabalhadores das estradas de ferro fizeram uma greve, que repercutiu em todo o país.

Em 1897 a Associação das Estradas de Ferro dos Estados Unidos empregou, pela primeira vez, a expressão “Relações Públicas” (Public Relations), com o significado que hoje se dá ao termo, no seu “Year Book of Railway Literature”

Podemos perceber que o nascimento das Relações Públicas está ligado em um momento de inúmeros acontecimentos políticos, como as lutas sindicais americanas. Esses movimentos sindicais desencadearam estratégias para mobilizar a opinião pública, coisa que a classe patronal também fez, pois também queriam ter opiniões favoráveis a eles. Estes fatos fizeram com que a tarefa da comunicação, tanto do lado sindical, quanto do patronal fosse designada a um profissional de Relações Públicas.

Até então Relações Públicas era uma profissão meramente política, pois um profissional da área era encarregado de criar uma boa imagem daquele determinado partido, do sindicato, ou da própria esfera governamental.

Depois deste primeiro momento, há uma nova fase que dá outro sentido para as Relações Públicas, isto ocorre a partir de 1903, quando o jornalista e publicitário Ivy Lee sugeriu um tipo de atividade para relacionamento das instituições com seus públicos. “Na verdade, não se trata de mais uma atividade propagandística com a finalidade de divulgar uma instituição, um governo ou uma personalidade, mas sim de traçar estratégias para relacionar-se com os diferentes públicos, ainda que nesta fase inicial da profissão tenha prevalecido uma orientação calcada no suborno e aliciamento da imprensa e de muitos jornalistas dos grandes jornais da época.”

Já no Brasil teve seu surgimento devido à necessidade da "The Light and Power Co. Ltda.", concessionária da iluminação pública e do transporte coletivo na capital paulista, conhecida durante muitos anos como "Light", uma companhia canadense estabelecida no Brasil no Século XIX, por ter um departamento responsável pelo relacionamento com os poderes concedentes e

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