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Idéias Principais Raquel Rolnik

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Por:   •  2/2/2015  •  532 Palavras (3 Páginas)  •  405 Visualizações

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São Paulo, início da industrialização:

o espaço e a política

Raquel Rolnik

Ideias Principais:

1. O “poder urbano” que se trata de um sistema onde estão incluídas as questões econômicas, ideológicas e políticas, ou seja, tudo aquilo que influencia na organização da cidade, bem como o seu cotidiano, é estabelecido pela classe dominante. Esse modelo cuja elite impõe, é como se fosse uma ordem de vida, caso alguém contrarie tal modelo, é discriminado, é assim que surgem por exemplo os chamados “marginais”, isto ocorre porque em um dado momento estas pessoas sofreram preconceito e foram desligadas da convivência com o resto da sociedade. Vale ressaltar que para sobreviver dentro do sistema é preciso manter os padrões mínimos exigidos pela classe social dominante.

“Assim a diferença é considerada desvio e transforma-se imediatamente em "objeto de intervenção". Um governo urbano que intervém diretamente na vida dos habitantes da cidade é posto então em funcionamento. Este poder agirá basicamente de duas formas: por meio de um discurso que estabelece o modelo de cidade e cidadão, e mediante intervenções diretas. A eficácia do discurso está na estigmatização de certos grupos sociais e consequentemente — pela via da condenação de suas ações — na reificação da ordem urbana dominante.”

“A criação de instituições de controle destinadas à reclusão ou recuperação de anormalidades se inscreve na lógica perturbação/ação curativa que norteia a ação do poder urbano. Novamente é a doutrina da "retirada da laranja podre do cesto". Basta para isso definir o que é podre e organizar as várias formas de punir, eliminar ou recuperar o foco de contágio.”

2. A elite social define os locais de ocupação direta ou indiretamente, ou seja, hierarquiza o espaço (bairro dos ricos x bairro dos pobres), fomentando a segregação sócio-espacial, em outras palavras, a ordem urbana é definida pela classe dominante.

“Confinados em determinadas zonas da cidade, os grupos sociais acabam de certo modo controlando seus respectivos territórios e sobretudo identificando-se com eles. Assim o bairro segregado não é apenas um lugar no espaço da cidade, mas é o próprio grupo social que o ocupa e com ele se identifica.”

3. Essa questão da segregação social é algo cultural, herdada desde os tempos da escravidão, e mais tarde pelo “acolhimento” dos imigrantes para que trabalhassem para os senhores que haviam “perdido” os seus escravos com a abolição da escravidão. É evidente a necessidade desde aquela época de demonstrar poder sobre outras pessoas. O trecho abaixo se refere ao momento em que a indústria passa a fazer parte da vida das cidades, evidenciando mais uma vez essa questão cultural.

“... a própria identificação patrão/senhorio já significa maior controle sobre o trabalhador: a cessão da casa era apresentada como um privilégio para o operário, alcançado por este graças a um comportamento exemplar na produção, ou seja, regularidade, produtividade, dedicação e, sobretudo, submissão. Muitas vezes tinham o direito de morar na vila

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