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Impactos Ambientais Na Produção De Cimento

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Por:   •  7/10/2013  •  1.842 Palavras (8 Páginas)  •  2.790 Visualizações

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SINOPSE DO CASE: Estudos para redução da poluição decorrente de fábricas de cimento com ênfase ao controle de impactos ambientais e à saúde. ¹

Leticia Maria Lima Barros ²

Hellen Reis ³

1-DESCRIÇÃO DO CASO

O cimento desde os primórdios da civilização tem grande importância para as construções, entretanto causa graves danos à saúde humana e a natureza e até mesmo a comunidades próximas as indústrias, este artigo tem como objetivo estudar os principais poluentes gerados por uma fábrica de cimento, citando suas características nocivas ao meio ambiente e ao homem, relatar os principais problemas causados à saúde dos trabalhadores desta fábrica decorrentes da produção, uma vez que é de suma importância para construção civil, propor alternativas para amenizar esses problemas a fim de melhorar as condições de trabalho e de vida dos operários e do meio ambiente.

1 Case apresentado à disciplina Química Básica, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB.

2 Aluna do 1º Período, do Curso de Engenharia Civil , da UNDB.

3 Professor Mestre, Orientador.

2-INDENTIFICACÃO DO CASO

• Introdução

A palavra cimento é originada do latim caementum, que designava na velha Roma espécie de pedra natural de rochedos e não esquadrejada. A origem do cimento remonta há cerca de 4.500 anos. Os monumentos do Egito antigo já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso calcinado. As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu, foram construídas com o uso de solos de origem vulcânica.

O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em 1756 pelo inglês John Smeaton, que conseguiu obter um produto resistente por meio de calcinação de calcários moles e argilosos. Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino. A mistura obtida, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções, não se dissolvia em água e foi patenteada com o nome de cimento Portland, por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland.

Depois de vários testes e pesquisas, atualmente o cimento é formado basicamente por uma mistura de argila e calcário (rocha de carbonato de cálcio), que os fabricantes chamam de "farinha”. Essa farinha é levada ao forno e esses dois elementos se fundem formando assim pequenas bolotas chamadas de clínquer Elas são acrescidas de gipsita (a matéria-prima do gesso) e, por fim, moídas até virarem pó.

De grande importância na construção civil o cimento vem sendo constantemente utilizado por ter sua matéria-prima barata, especialmente o calcário.

Entretanto, sua produção gera muitos problemas à natureza e à saúde humana, em todas as suas fases de produção. Apesar dos investimentos e novas tecnologias para o aprimoramento de sua produção, ainda assim há registros de danos gerados por suas fábricas.

• Principais Poluentes do cimento

O processo de fabricação do cimento é feito através da exploração das matérias-primas de uma pedreira, as quais devem conter, em determinadas proporções, calcário, argila, minério de ferro e gesso, ao extrair a pedra, habitualmente através de explosivos. Geralmente utiliza-se uma combinação de diversos produtos como o óleo, coque de petróleo e resíduos industriais. Cerca de 7% das emissões de CO² ocorre durante sua fabricação, uma vez que a indústria de cimento é responsável por 3% das emissões mundiais de gases no efeito estufa, isso ocorre durante a produção devido à combustão e processo de descarbonatação da matéria prima. A produção consome muito combustível, em outras condições, este tipo de combustível poderia emitir altas concentrações de substâncias extremamente tóxicas (tais como dioxinas e furanos) devido à queima incompleta. Por outro lado, o calcário e a cal, contidos na mistura, possuem a característica de reagir com o enxofre proveniente dos combustíveis, evitando maiores emissões de óxidos de enxofre na atmosfera e prevenindo, por exemplo, a ocorrência de chuva ácida.

Os poluentes primários emitidos na produção de cimento são: material particulado, dióxido de carbono, óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, o cimento está entre as maiores fontes de emissão de poluentes atmosféricos perigosos, dos quais se destacam: as dioxinas e furanos, os metais tóxicos como mercúrio, chumbo, cádmio, arsênio, antimônio e cromo, os produtos de combustão incompleta, os ácidos halogêneos.

Os metais pesados contidos nas matérias-primas e combustíveis, mesmo em concentrações muito pequenas, devido a sua volatilidade e ao comportamento físico-químico de seus compostos, podem ser emitidos na forma de particulado ou de vapor através das chaminés das fábricas.

• Problemas causados no meio ambiente e no ser humano

As exposições constantes dos trabalhadores com poluentes e com o uso do cimento sem proteção adequada causam o surgimento de problemas de saúde muitas vezes podendo ser levados para o resto da vida, sua produção é caracterizada por fases com índices elevados de ruído e poeiras, fatores como: alta concentração de partículas falta de equipamentos de proteção (EPI’S) facilitam a possíveis problemas na saúde dos trabalhadores nessa área, o contato do cimento com a epiderme devido a sua umidade pode provocar lesões que variam desde queimaduras até dermatites* na pele lesões desse tipo são facilmente visíveis, sinais como vermelhidão, inchaço, bolhas, necrose* do tecido, deve-se tomar cuidado com os olhos, o cimento pode causar irritações, conjuntivites e levar a cegueira se não tomado medidas o mais rápido possível.

Lembra-se também do surgimento de problemas respiratórios, conhecidos como pneumoconioses, que são patologias decorrentes da inalação de partículas sólidas, o caso pode ser agravado com decorrer do tempo, dentre as pneumoconioses mais conhecidas destacamos a Silicose e a Asbestose. A silicose é uma patologia pulmonar causada pela inalação de sílica livre cristalizada (quartzo). Ocorre um processo

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