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Inclusão Social

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Por:   •  29/10/2013  •  1.656 Palavras (7 Páginas)  •  347 Visualizações

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Inclusão escolar: um estudo acerca da implantação da proposta em escolas públicas

Como resultado, constatou-se que os conceitos dos participantes sobre inclusão escolar são insatisfatórios e que não houve diferenças entre os alunos e entre os professores quanto a essa dimensão. Os professores e os alunos expressaram várias dificuldades envolvidas nesse processo, destacando–se a falta de infra-estrutura das escolas, a falta de preparo/capacitação profissional, discriminação social e a falta de aceitação da inclusão. Os participantes apontaram dificuldades no processo ensino-aprendizagem decorrentes da educação inclusiva. Os professores de educação especial demonstraram dar mais crédito à educação inclusiva do que os do ensino regular. Os alunos deficientes demonstraram dar menos crédito à inclusão do que os não deficientes. Os sentimentos decorrentes da inclusão que predominaram entre os professores e os alunos com deficiência foram negativos, enquanto entre os alunos não deficientes prevaleceram os positivos.

Diante destes resultados, conclui-se então, que a inclusão na forma que vem se efetivando, está longe de atender a um ideal, foge dos princípios estabelecidos, a qual constitui-se em um importante documento que trata dos princípios, a política e a prática da educação para as necessidades especiais, que recomenda que as escolas se ajustem às necessidades de todos os alunos, sejam os que vivem na rua, os nômades, os que trabalham.

Pesquisas têm confirmado que a inclusão escolar vem se efetivando de forma inadequada, longe do ideal, revelam o pouco interesse e investimento neste processo. Com isto pode se dizer que não se deve simplificar o complexo, ou seja, achar que incluir signifique apenas mudar o aluno de endereço, ou seja, sair da escola especial ou classe especial e ir para a classe comum do ensino regular. São muitos os fatores envolvidos, os quais sem dúvida estão sendo desconsiderados ao se efetivar a inclusão escolar.

Acredita-se que incluir alunos diferentes/deficientes na classe comum do ensino regular seja viável, desde que se tenha presente à complexidade de tal processo, o qual requer muito investimento e comprometimento, principalmente dos órgãos governamentais (recursos orçamentários). Igualmente se faz necessário muito estudo, pesquisa para ampliar o conhecimento, desenvolver e testar formas que viabilizem a verdadeira inclusão escolar.

Com certeza, de modo geral, as escolas têm conhecimento das leis acerca da inclusão bem como da obrigatoriedade da garantia de vaga para os alunos com necessidades educacionais especiais, no entanto apontam alguns entraves pelo fato de não haver a sustentação necessária, como por exemplo, a ausência de definições mais estruturais acerca da educação especial e dos suportes necessários a sua implementação. Sabemos também, da dura realidade das condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais".

Sabemos que, para que a inclusão se efetue não basta a garantia apenas na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio-econômico, além de serem gradativas, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade. Por outro lado, o processo de Inclusão já está posto e não se trata de desativar o que está funcionando, mas sim de buscarem alternativas e formas de articulações que possibilitem esse novo modo de ver e pensar a escola. Além disso, a educação inclusiva favorece não só o aluno com necessidades educacionais especiais, mas, também os demais alunos que passam a adquirir atitudes de respeito e compreensão pelas diferenças, além de juntos receberem uma metodologia de ensino diferenciada e da disposição de maiores recursos.

Na proposta de trabalho para o levantamento das percepções e opiniões docentes sobre o processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular com os professores e equipe técnico/pedagógica do 6º ao 9º ano do ensino Fundamental de um Colégio Estadual em Nova Esperança/Paraná. A idéia da utilização do questionário originou-se pela percepção da necessidade de estudos que busquem ouvir o professor que recebe alunos com necessidades educacionais especiais em sua sala de aula, considerando que a inclusão representa um desafio para esses professores que, de modo geral, não possuem formação específica em Educação Especial. Assim, não só o processo de inclusão, mas principalmente as dificuldades enfrentadas pelos docentes em relação à sua prática pedagógica, nos traz a necessidade de repensar a educação, a instituição escolar e o papel de cada um diante dessa “velha novidade”. Desta forma, a opinião dos docentes da escola e suas dificuldades foram o ponto de partida para a organização das atividades, e para a escolha dos temas e assuntos que foram desenvolvidos e discutidos no grupo de estudos, a fim de que realmente contribuíssem para a formação e melhoria da prática pedagógica na escola.

É importante ressaltar que esta escola já inicia o processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, sendo: alunos com surdez, alunos deficientes intelectuais e alunos com TDAH no ensino regular diurno. Há também na EJA - período noturno, três alunos com paralisia cerebral e mais alguns surdos. Para isso a escola conta com a colaboração de uma professora/intérprete de libras, duas professoras de apoio para os alunos com paralisia cerebral. Conta ainda, com o atendimento em sala de recursos para os demais. As questões para o questionário foram elaboradas de forma simples e objetiva, englobando as seguintes dimensões: se já haviam desenvolvido algum trabalho com alunos inclusos; opinião sobre dificuldades encontradas para trabalhar; opinião sobre as dificuldades envolvidas no processo de inclusão escolar como um todo; opinião pessoal sobre a credibilidade no processo de inclusão escolar; opinião sobre apoios e recursos necessários ao professor para efetivação real da inclusão escolar.

Como resultado, constatou-se que os professores expressaram várias dificuldades envolvidas nesse processo, destacando–se a falta de formação específica do professor; a falta de infra-estrutura e recursos materiais das escolas; a dificuldade de comunicação ao ensinar; a dificuldade em planejar; o não conhecimento em relação às necessidades educacionais especiais, entre outros. Quanto à opinião em relação à credibilidade no processo de inclusão, a maioria dos professores se mostrou

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