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Infecção Hospitalar

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Por:   •  2/11/2014  •  2.421 Palavras (10 Páginas)  •  434 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Infecção hospitalar é qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia.

A infecção é causada por microrganismos ou micróbios - organismos vivos invisíveis a olho nu - que podem ser classificados em: bactérias, fungos, vírus e protozoários, existentes no ambiente hospitalar, em outros ambientes e mesmo no próprio organismo.

A infecção é resultante da interação entre: microorganismo, sua fonte de transmissão e o hospedeiro.

Em outras palavras, a infecção depende da quantidade de microrganismos que atinge o indivíduo, da capacidade deste germe em causar infecção, do seu modo de transmissão e da resistência imunológica do indivíduo (como ele responderá a esta agressão).

Como se adquire?

Qualquer pessoa que é obrigada a internar-se em ambiente hospitalar para tratamento médico está sujeita a contrair uma infecção hospitalar, que está diretamente relacionada ao tempo de internação e procedimento a ser realizado.

Em procedimentos cirúrgicos sempre existem mais riscos de contrair infecção do que em uma internação sem procedimentos já que Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) ou Centros Cirúrgicos são locais onde há muito mais chances de contrair infecção.

Os microrganismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos; por isso, é fundamental a higiene das mãos. Há também outras maneiras de transmissão: por meio de água e alimentos contaminados; das gotículas que saem da boca quando falamos; ou pelo ar, quando respiramos pó e poeira que contém microrganismos.

Os riscos de aquisição de infecções podem ser agrupados em:

• Relacionados aos cuidados prestados: associada aos microrganismos presentes nas mãos dos profissionais de saúde, no ambiente ou no organismo do paciente. Geralmente estão relacionadas a procedimentos invasivos (por exemplo, intubação para auxiliar a respiração, passagem de cateteres venosos, cateteres no sistema urinário, cirurgias etc.). Em algumas situações essas infecções, especialmente as que ocorrem após cirurgias, podem ser prevenida com o uso de antibióticos.

• Relacionados à organização: sistemas de ventilação de ar e de água, disponibilidade de profissionais (por exemplo, a relação entre número de enfermeiras dedicadas a atender um determinado número de leitos), e estrutura física (mais de um leito no mesmo quarto, a distância entre estes leitos, presença de pias, papel toalha, gel alcoólico para higiene das mãos etc.).

• Relacionados à condição clínica do paciente: infecção associada à gravidade da doença, o comprometimento da imunidade do paciente, a tempo da internação etc.

Infecções mais comuns:

Indicadores de Infecções Hospitalares:

1. Pneumonia associada a ventilação mecânica na UTI Adulto:

A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma infecção pulmonar grave que pode se desenvolver em pacientes que estão respirando com a ajuda de aparelhos (uso de ventilador mecânico) na unidade de terapia intensiva. A prevenção pode reduzir o número de pacientes acometidos por esta infecção e com isso reduzir o uso de antibióticos, o tempo de permanência destes pacientes no hospital e mortes associadas a esta complicação infecciosa.

Além do pacote de medidas, existem mais duas medidas preventivas:

• O uso de antisséptico (clorexidina) na higiene oral dos pacientes sob VM na UTI-Adulto;

• E o uso de uma cânula com uma nova tecnologia, que aspira as secreções do paciente;

2. Infecção do Centro Cirúrgico em Cirurgias Limpas:

A infecção é ainda uma das mais temidas complicações decorrentes de uma cirurgia. Apesar dos avanços na prevenção, a contaminação por bactérias e outros microrganismos é uma possibilidade real quando se realiza um procedimento cirúrgico.

A contaminação endógena, isto é, a contaminação por microrganismos a partir da flora microbiana própria do paciente é o mais importante fator para o desenvolvimento da infecção cirúrgica. Portanto parte do risco está relacionada à própria cirurgia. Por isso cirurgias que envolvem a manipulação de locais do organismo onde a flora apresenta uma alta concentração de microrganismos, como o intestino, por exemplo, são associadas a taxas de infecção mais elevadas, há maior risco de desenvolvimento de infecção. Inversamente, espera-se que em cirurgias limpas, em que são abordados tecidos estéreis, como por exemplo, em neurocirurgias, a ocorrência de infecção seja bem menos frequente.

3. Infecção da corrente sanguinea associada ao cateter venoso central na UTI Adulto:

Os cateteres vasculares são amplamente empregados com a finalidade de administrar soro, medicações e monitorar as condições do pacientes. Como estes cateteres são colocados dentro da circulação sanguínea, quando há infecção a partir dele, o microrganismo pode provocar danos graves a vários órgãos.

4. Infecção do Trato Urinário Associada a Sonda Vesical na UTI Adulto:

A cateterização do trato urinário é uma prática muito comum em pacientes hospitalizados.

Esta cateterização consiste na introdução de um cateter (ou sonda vesical) pela uretra, que é mantido na bexiga, permitindo que a urina escoe para uma bolsa plástica coletora. Este dispositivo é utilizado em várias situações, especialmente quando há retenção de urina, necessidade de controle rigoroso do volume urinário, principalmente durante cirurgias de grande porte (cardíacas, urológicas, neurológicas etc.) ou em pacientes na unidade terapia intensiva (vítimas de grandes queimaduras, de acidentes etc.).

A infecção do trato urinário é o tipo mais comum de infecção hospitalar, correspondendo a aproximadamente 30% das infecções que ocorrem nos hospitais e 80% delas estão relacionadas ao uso de cateter vesical. A presença do cateter auxilia no tratamento, mas propicia a multiplicação de microrganismos e consequente desenvolvimento de infecção.

O risco de desenvolver esta infecção é diretamente

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