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Introdução Educação Inclusiva

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Por:   •  25/11/2014  •  511 Palavras (3 Páginas)  •  1.003 Visualizações

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Resumo

Este artigo busca refletir sobre a Educação Especial no contexto da Modernidade e

problematizar a Educação chamada Inclusiva. Considera que as promessas de emancipação

pretendidas pela razão iluminista, desembocam na incorporação de concepções e práticas

educativas fortemente influenciadas pelo modelo de racionalidade derivado das ciências

empírico-matemáticas, revestindo-se de um caráter classificatório e excludente, ao não

considerar as contingências do processo educativo e, em particular, dos diferentes sujeitos

envolvidos neste processo.

Palavras-chave: Educação especial; Educação inclusiva; Exclusão; Inclusão;

Diferença.

O mundo moderno, ao separar a natureza da cultura, ou da sociedade, estabeleceu,

acima de tudo, uma forma de raciocinar e de compreender o mundo, ou melhor, os mundos

natural, de um lado, e social, do outro. Para Santos:

1

Doutoranda em Educação pela UFRGS. Professora da Faculdade de Educação da PUCRS. Coordenadora do

curso de Pedagogia da Instituição Educacional São Judas Tadeu, Porto Alegre/RS. E-mail:

rozek@cpovo.net ; marlene.rozek@pucrs.br.O paradigma da ciência moderna, sobretudo na sua construção positivista, procura

suprimir do processo de conhecimento todo elemento não-cognitivo (emoção, paixão,

desejo, ambição, etc.) por entender que se trata de um fator de perturbação da

racionalidade da ciência. Tal elemento só é admitido enquanto objeto da investigação

científica, pois se crê que dessa forma será possível prever e logo neutralizar os seus

efeitos. A verdade, enquanto representação da realidade, impõe-se por si ao espírito

racional e desinteressado. Mesmo a paixão da verdade, que, em si, representa a fusão

de elementos cognitivos e não-cognitivos, é avaliada apenas pela sua dimensão

cognitiva. A paixão é incompatível com o conhecimento científico, precisamente

porque a sua presença na natureza humana representa a exata medida da incapacidade

do homem para agir e pensar racionalmente (1989, p. 117).

Esse modo de pensar a relação homem/natureza contribuiu para a afirmação do

homem como existência, ao proporcionar-lhe a sensação de dominação sobre a natureza e o

mundo. O estatuto científico das ciências físicas e naturais foi o instrumento utilizado para

garantir ao homem seu novo lugar perante o universo,

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