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Invisibilidade Social

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Por:   •  15/9/2014  •  1.617 Palavras (7 Páginas)  •  779 Visualizações

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Invisibilidade Pública Social

“ A essa estranheza equivocada do papel que cada ser humano desempenha não sendo “visto” por pessoas da sociedade, que muitas vezes precisam constantemente do trabalho desses profissionais e não os fazem sentir-se gente em seu mais real significado, chama-se invisibilidade pública. Uma percepção humana totalmente condicionada à divisão social do trabalho, de modo a enfatizar somente a função desempenhada, e não o ser humano.”

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são ’seres invisíveis’, ’sem nome’. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da ‘invisibilidade pública’, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.

A invisibilidade social e um tema novo que esta relacionado a pessoas que exercem profissões desprovidas de status, glamour, reconhecimento social e adequada remuneração.

Assim, os trabalhadores que executam tarefas imprescindíveis à sociedade moderna, mas assumA invisibilidade social e um tema novo que esta relacionado a pessoas que exercem profissões desprovidas de status, glamour, reconhecimento social e adequada remuneração. A invisibilidade social e um tema novo que esta relacionado a pessoas que exercem profissões desprovidas de status, glamour, reconhecimento social e adequada remuneração.

Assim, os trabalhadores que executam tarefas imprescindíveis à sociedade moderna, mas assumidas como de categoria inferior pelos mais variados motivos, geralmente não são nem percebidos como seres humanos, e sim apenas como “elementos” que realizam trabalhos a que um membro das classes superiores jamais se submeteria. Em conseqüência, o que não é reconhecido não é visto.

As profissões cujos elementos carregam este estigma da Invisibilidade Social, tais como lixeiros, garis, faxineiras, seguranças, frentistas, garçons, cobradores de ônibus, e outras de caráter operacional.

Estes são vistos como inferiores pela sociedade em geral, apesar de sua importância econômica.

Os trabalhadores que executam tarefas imprescindíveis à sociedade moderna, mas assumidas como de categoria inferior pelos mais variados motivos, geralmente não são nem percebidos como seres humanos, e sim apenas como “elementos” que realizam trabalhos a que um membro das classes superiores jamais se submeteria. Em conseqüência, o que não é reconhecido não é visto. E o indicador disto e o uso do uniforme o qual o rotula como não pertencente a classe dominante Em sua experiência ele relata que ao vestir o uniforme de gari, não conseguiu ser reconhecido nem mesmo por seus professores e amigos de curso. Não e que ele tenha sido ignorado, menosprezado, rejeitado. Pior: nem foi visto. Era como não estar lá; como não ser.

Braga mostra que o preconceito social e tão incrível que leva a simplesmente apagar pessoas do campo de visão. Nenhum pai ou mãe incentiva seu filho a ser gari, faxineiro ou coveiro. Não tem a ver com o salário, mas com a simbologia.

A invisibilidade e tão automatizada na sociedade que muitas vezes nem mesmo os ser invisível se da conta de sua degradante situação. Se ele percebe, carece de armas para o combate O invisível não tem voz, seu discurso não e levado em conta, sua opinião sobre o mundo não importa. Ele aparece apenas como ferramenta.

Por essa breve analise social da “Invisibilidade Social” e suas conseqüências , podemos concluir que o tema não pode permanecer também invisível. Estamos a todo o tempo próximos a estas pessoas e precisamos urgentemente valorizar sua contribuição para com a sociedade.

E necessária a identificação de suas identidades e perceber que são pecas importantes na construcão das classes econômicas.

Respeito ao ser humano, independente de sua condição social e uma relação para qual devemos estar atentos e colocar em pratica.

Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida. A cegueira pública-um homem que desaparece para outro homem-também configura, dessa forma, um evento psicossocial. A cegueira de gente que não vê é traumática, causa angústia. A cegueira de gente que não vê dispara humilhação. A humilhação pode ser determinada como cegueira pública, pode ser determinada segundo a experiência de não aparecer como gente estando no meio de gente.

A obra ainda conta a história do relacionamento dele com as pessoas que exercem não apenas uma profissão “subalterna e não qualificada”, mas uma profissão desumana e mal – paga, que condena seres humanos degradantes, a tarefas que ferem não só o corpo, mas principalmente a alma.

“O corpo é surrado, sugado, machucado, infestado: A única Empresa do trabalhador vai falindo. Sua saúde entra em colapso, com complicações de todas as naturezas e magnitudes. (...) Um dia, a saúde falece, definitiva e precocemente. E a alma – humilhada, comprimida, aviltada, destroçada- permanece.” Este e outros trechos nos mostram como é cruel o cotidiano e o destino de quem entra em contato com o mundo através do contato direto com o lixo e o material desprezado pelo mundo, por todos nós. Como é ingrato ser gari. Varredor de rua. Lixeiro. Subalterno. Não-qualificado.

Ocupante do cargo mais raso, denominado “ajudante de serviços gerais”, gari não é consultado sobre qual trabalho deve ser feito antes. Não escolhe suas ferramentas e delas não pode reclamar, mesmo que sejam inadequadas, perigosas, desgastadas. O trabalho insalubre, braçal, repetitivo, humilhante, é exercido sob hierarquia severa e autoritária. E por tudo isso, quem é gari deixa de ser visto como pessoa e passa a ser visto – quando visto- como função. Geralmente, como provam diversos episódios do livro, gari passa despercebido. Não é notado e nem cumprimentado. Torna-se homem invisível.

O relato do autor provoca questionamentos interiores. Quantas vezes não notei um varredor na rua? Quantas vezes não o cumprimentei? Quantas vezes passei por ele como se estivesse passando ao lado de um item paisagístico? A história também é contada com um misto de emoção e indignação

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