Jornais Impressos E As Novas mídias

Quando se está na pós-graduação a escolha do tema de uma monografia se torna um

processo muito mais complexo que a mesma fase passada na graduação. Os anos permitem

mais experiência profissional, mais clareza sobre em que área se deseja atuar, e a rotina,

por sua vez, elimina muitas horas de estudo e de dedicação à monografia. É preciso focar

em temas que inquietam, que motivam e que, de alguma forma, contribuirão para a carreira

profissional. Otimizar.

Foram poucos os temas elencados na minha lista de possibilidades, e já que era para

dedicar-se, então eu escolheria o assunto mais pertinente: um que me inquieta há anos, que

está diretamente relacionado à minha atual experiência profissional, aos meus planos futuros

e que, além disso, está atualmente em intenso debate em todo o mundo: Qual será o futuro

do jornal impresso frente as novas tecnologias e a internet? Qual será o novo modelo de

negócios da mídia impressa?

Diariamente, são diversas as notícias, entrevistas, debates que trazem opiniões,

previsões e aflições sobre o futuro dos veículos impressos, principalmente os jornais. Frente

a uma severa crise nos jornais norte-americanos, acontecida principalmente em 2008 e

2009, o restante do mundo se questiona: O que acontecerá com o jornalismo impresso?

Como está ocorrendo a adaptação do modelo de negócios desse meio de comunicação às

novas plataformas? Como o leitor quer e está consumindo informação atualmente? Como os

jornais impressos brasileiros encaram a atual fase de crise e como enxergam o futuro?

O fato é que o atual modelo de negócio dos jornais foi posto em prova. A principal

fonte de receita dos jornais está na Publicidade, que tem seus preços justificados pelos

números de Circulação. Ou seja, quanto mais leitores e assinantes um jornal possui, há mais

argumentos de venda para a área comercial e mais caro fica o espaço publicitário. Mantendo,

assim, alta a receita de venda publicitária, os jornais conseguem manter sua estrutura

jornalística e a qualidade das informações que são produzidas.

Com a mudança de comportamento do consumidor de informação, que cada vez mais

utiliza a internet e as fontes gratuitas de conteúdo para se informar, cai o número de leitores

e assinantes dos jornais, consequentemente cai o preço do espaço publicitário, também cai o

investimento dos anunciantes nesse tradicional meio, a receita diminui e se torna uma missão

difícil manter a mesma máquina girando, com menos combustível.

Nessa crise de modelo de negócios estão os jornais de todo o mundo. Não se

encontrou ainda a forma mais lucrativa de se vender publicidade na internet e de manter

o mesmo patamar de lucro dos impressos, não se chegou