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Letramento Bilíngue

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Por:   •  29/7/2013  •  3.790 Palavras (16 Páginas)  •  712 Visualizações

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LETRAMENTO BILÍNGUE: ALTERNATIVAS E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM BIFURCADOS: ARTE E LÍNGUA INGLESA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Simone Teresinha da Rosa Maggioni - UNISC-UFRGS

Resumo:

O artigo trata da inquietação do educador na busca de alternativas para o trabalho com o letramento bilíngue envolvendo artes e língua inglesa nas turmas de educação infantil e anos iniciais numa escola pública de um município do interior do estado do Rio Grande do Sul. A pesquisadora é a professora que analisa a sua prática e traz as expectativas de quem planeja suas aulas num trabalho envolto pela criação, busca da ludicidade e trabalho com a expressão oral e escrita numa segunda língua. O conceito de letramento é trazido para pensar na inserção dos elementos da realidade dos alunos à aprendizagem desta segunda língua.

Iniciando uma reflexão...

Esta escrita traz um desdobramento entre prática e inquietação buscando respostas ou ainda mais indagações para um questionamento: Que alternativas para o trabalho com o letramento bilíngue envolvendo artes e língua inglesa são possíveis de ser pensadas para o trabalho com as turmas da educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental?

Este e muitos outros questionamentos surgem das práticas com língua inglesa nos anos iniciais de uma escola, sendo a responsável por esta prática (eu) uma professora que pensa o estudo de uma segunda língua de maneira globalizada e fazendo parte da vida de cada aluno e da sua coletividade também. Assim pensando que as práticas de educação com e para a arte não devem ser deixadas de lado por nenhuma área do conhecimento ou disciplina especifica das nossas escolas, assim para o autor,

A finalidade da arte-educação deve ser, sempre, o desenvolvimento de uma consciência estética, [...] significa uma capacidade de escolha, uma capacidade crítica para não apenas se submeter à imposição de valores e sentidos, mas para selecioná-los e recriá-los segundo nossa situação existencial (DUARTE JÚNIOR,1983, p.73).

Ao desenvolver as suas habilidades e a consciência estética com e através da arte, as crianças transvestem-se em mistos de espontaneidade, de criatividade e múltiplas vontades e disposições, incluindo as suas necessidades humanas de criação e recriação.

Movida pelo estudo da arte e das suas potencialidades, podemos analisar a prática educativa lembrando que acolhemos e atendemos hoje, nas nossas escolas, alunos com realidades, curiosidades e objetivos diferenciados, não podendo assim a escola alcançar mais os seus objetivos sendo aquela mera tradicional bancária, que deposita e “tenta” receber de volta os seus resultados, assim os educadores são instigados e movidos em busca de novos dispositivos e alternativas para este trabalho com as diferentes realidades e situações de aprendizagem. Nossos alunos estão em contato com as diferentes mídias e linguagens (verbais e artísticas) desde o seu nascimento e (por que não dizer antes dele?).

A escola passa a ser o local de construção de novos paradigmas, de novas apreciações estéticas, de trabalho com as diversas linguagens (até mesmo as línguas), ao incluir uma oficina ou disciplina de língua inglesa nos anos iniciais e na educação infantil, se faz necessário reavaliar e pensar nos objetivos desta disciplina, qual será a motivação para esta aprendizagem, este é um dos temas que tento ilustrar através das teorias e mostrar que a arte transita neste repertório de linguagens e de novas aprendizagens.

O trabalho com as crianças dos anos iniciais e da educação infantil nas escolas públicas tem sido pensado em algumas instituições de forma mais inclusiva (também cognitiva , além de fisicamente), mais dinamizada e operada de modo a trazer maior espaço para o planejamento e a formação dos seus professores.

Assim trago aqui a reflexão a partir de uma prática de trabalho com a segunda língua (língua inglesa) realizada com os alunos da educação infantil e dos anos iniciais numa escola pública num município do interior do Rio Grande do Sul. O município em questão optou por oferecer oficinas pedagógicas num turno inteiro da semana, para que neste momento seus professores pudessem sentar juntos, planejar, trocar, ler, se formar. As oficinas não são pensadas em separado da sala de aula, elas estão em conexão com os planejamentos e as práticas desenvolvidas pelos professores nas suas salas de aula, no turno de planejamento os alunos se envolvem nas atividades de informática, educação física, recreação, oficina de ciências, hora do conto e a língua inglesa.

É importante frisar aqui que as oficinas não são pensadas apenas para ocupar os alunos ou a ajudar a passar o tempo, são planejadas e executadas levando em consideração a vida das crianças e a inserção neste mundo letrado que passa a ser mais exigente e complexo a cada momento.

A escrita que aqui segue pensa sobre esta oficina de língua inglesa e as suas possibilidades de letramento e desdobramentos com a atividade artística que quero tratar nesta escrita, que envolve prática com a segunda língua na sala de aula (minha prática, da equipe pedagógica, dos alunos...) e o pensamento de pertencimento a um mundo envolto de atividades artísticas, estéticas e que proporcionam e possibilitam diversas bifurcações do aprender e ensinar na sala de aula.

Letramento bilíngue: bifurcações possíveis entre o trabalho com a língua inglesa e as artes

As turmas da educação infantil (4 e 5 anos) e os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (alunos de 1º ao 5º ano) deste município têm um período de aula de língua inglesa semanal, esta aula sempre pensada e planejada em função da idade, das suas capacidades cognitivas, das suas possíveis habilidades e principalmente das possibilidades físicas, artísticas e emocionais destas crianças, a ludicidade e o trabalho com as imagens torna-se primordial neste processo de aprendizagem de uma segunda língua, a arte é uma forma de sensibilizar para o trabalho de uma segunda língua que quando carregada de cores e imagens traz mais sentidos. De acordo com a autora Sandra Richter,

Educar a sensibilidade para que cada criança possa jogar com os possíveis do humano no espaço e tempo de sua cultura. Significa perseguir a experiência de formação e transformação, como devir plural e criativo, como acontecimento da pluralidade e da diferença, como aventura em direção ao desconhecido, como produção infinita de sentidos (RICHTER, 2008, p.22).

A arte não é

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