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MEMORIAL DE VIDA

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Por:   •  7/10/2013  •  Tese  •  1.599 Palavras (7 Páginas)  •  564 Visualizações

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MEMORIAL DE VIDA

APRESENTAÇÃO

Eu sou Claudiana de Souza Santos, tenho 30 anos, sou professora há onze anos, trabalho na Escola Municipal Necy Novaes nas séries inicias.

Este trabalho consiste em apresentar algumas reflexões sobre minha trajetória de vida, lembranças da minha infância, assim como um recorte da minha prática docente. No primeiro momento lanço um olhar através da memória para fazer uma retrospectiva da minha vida pessoal e escolar. A seguir faço um relato dos meus onze anos de exercício como professora evidenciando uma prática pedagógica, mista ao ter atitudes tradicionais e progressistas. Nesse sentido, a memória é entendida como um saber transformador, que articula e legitima os conhecimentos produzidos nas práticas compartilhadas com diferentes interlocutores em diversos contextos e espaços.

Capítulo I. HISTÓRIA DE VIDA

Descente de uma família humilde e numerosa a sexta de nove netos. Com pouco mais de seis meses fui morar com meus avós maternos, com quem permaneci até mais ou menos aos dezenove anos. Tal período foi muito importante para mim, sempre falo que as dificuldades pelas quais passei na minha infância e adolescência me fizeram perceber que a vida deve ser exercitada a cada momento e que de certa forma, desde a minha formação de criança a idade adulta, essas dificuldades me fizeram crescer enquanto pessoa, embora todos os momentos difíceis vividos, grande maioria trazidos pelos os poucos recursos que minha avó tinha para cuidar de todos os netos, comecei a trabalhar muito cedo com dez anos de idade eu já trabalhava pela manhã como babá e estudava à tarde.

Estudava, nessa época, na terceira série do Ensino Fundamental, minha avó me esperava na janela de casa todos os dias a tardinha,quando chegava me enchia de perguntas,queria saber como foi na escola,como foi no emprego se tinha me aborrecido naquele dia, conversávamos por horas, nós éramos muito companheiras. Ela me aconselhava muito, dizia que tinha que estudar para não passar a vida toda trabalhando nas casas dos outros, que a gente só conseguia alguma coisa na vida se estudasse bastante. São muitas lembranças que tenho, pois mesmos com as dificuldades, consegui superar e ser uma adolescente saudável e de boa cabeça para entender e resolver meus problemas. Como diz Thiago de Mello (2005, p.2).

Por isso é que agora vou assim ao meu caminho. Publicamente andando, não, não tenho caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar. Aprendi ( o caminho me ensinou) a caminhar cantando como convém, a mim e aos que vão comigo. Pois já não vou mais sozinho.

Hoje, 30 anos, casada, duas filhas, professora, amada... Minha história de vida se mistura a de muitas outras Claudianas por aí, mas compor essas histórias é retratar uma sociedade de injustiças sociais. Não culpo a sociedade pelo que fui, ou vivi em tempos atrás, agradeço-a por eu ser a pessoa que sou hoje, a mesma menina sapeca agora, determinada e feliz por tudo que consegui alcançar até aqui. As lembranças... Essas me fizeram ver que não posso jamais ser o que fui e nem focalizá-las em tristezas, mas em histórias que me permitam sonhar com a conclusão do meu Curso de Pedagogia e a minha Pós Graduação em Educação Inclusiva.

Tenho como objetivo de vida continuar estudando para garantir um futuro melhor para minha família como também aperfeiçoar minha prática profissional. Tia Edilza relata ao meu respeito: “Claudiana sempre foi uma menina sapeca que gostava de brincar, muito responsável ela aprendeu desde cedo a dar valor às coisas, muito trabalhadora e esforçada, pois ela saia de casa de manhã para o emprego e de lá já ia para a escola só chegava final da tarde, sempre otimista e com o sorriso no rosto. Fico muito feliz por ela hoje, uma mulher e esposa de fibra, mãe de duas lindas meninas, uma Professora querida por todos”.

Capítulo II. HISTÓRIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL

Iniciei minha vida escolar no ano de 1987 com seis anos de idade na Escola Estadual Luiz Viana Filho no município de Barra onde cresci e vivo até hoje. Sempre tive vontade de freqüentar uma escola, pois via as crianças mais velhas que eu sair todos os dias uniformizadas com mochilas nas costas e lancheiras. Tinha a curiosidade de saber o que se fazia lá. Quando minha avó disse que eu iria para a escola fiquei muito feliz. Comecei a freqüentar o infantil, como se chamava a pré-escola naquela época no período da tarde, com uma professora baixinha, magra de cabelo curto, de voz baixa e carinhosa a pró Célia.

A sala de aula era toda decorada com os desenhos da chapeuzinho vermelho, vovozinha, o caçador e lobo mau, uma sala muito aconchegante com cheirinho gostoso de massinha de modelar que sinto até hoje quando me recordo. Sempre fui uma menina sapeca, expressiva, que gostava de participar das brincadeiras. No ano seguinte fiz a alfabetização,quando eu terminei a alfabetização já sabia ler e escrever, com oito anos fui para a primeira série da professora Ambrozina, só o nome dela aterrorizava. Na hora da leitura não podia gaguejar, se errasse a tabuada ia tomar bolo

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