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MEMÓRIA E HISTÓRIA DE UMA FORMADORA DE PROFESSORES

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Por:   •  9/10/2013  •  Artigo  •  738 Palavras (3 Páginas)  •  282 Visualizações

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quarta-feira, 2 de março de 2011

Neide Araújo Castilho Teno

Imagem Internet

MEMORIAL DE FORMAÇÃO

MEMÓRIA E HISTÓRIA DE UMA FORMADORA DE PROFESSORES

Memória e História: cacimba inesgotável

Descrevo, aqui, minha trajetória de vida e trajetória docente, pois ambas estão ligadas entre si. Gostaria de iniciar este texto lembrando as palavras de um dos muitos mestres, de um poeta dos ervais com quem convivi e aprendi muita da vida. Bebi da fonte de sua cacimba e juntos relembramos histórias as quais as guardo para sempre. Assim inicia a memória de Hélio Serejo:

Eu sou o homem desajeitado e de gestos xucros que veio de longe. Eu sou o homem fronteiriço que na infância atribulada recebeu nas faces sanguíneas os açoites desse vento, vadio e aragano [...] Eu vim dos ervais, meus irmãos, do fogo dos “barbaquás”, do canto triste e gemente dos urus, dos bailados divertidos, dos entreveros dos bolichos das estradas, do mais hirsuto da paulama seca, do pôr do sol campeiro, dos dutos, das encruzilhadas e das distâncias perdidas.[...] Eu vim de longe, eu sou um misto de poeira de estrada, de fogo e de queimada, de aboio de vaqueiro, de passarada em sarabanda festiva no romper da madrugada, de lua andeja rendilhando os campos, nas matas, as canhadas, o vargedo. Sou misto, também, de Índio vago, cruza-campo e trota mundo.[...] Eu vim, em verdade, dos charcos e da poeira revolvente dos tempos, mas com o conforto grandiloquente de ter sido guiado por essa luz marífica que é o farol divino que indica, este tormentoso vale de lágrimas, aos bons e aos puros de espírito o caminho certo da vida. [...] Fui gemido de carreta manchega no estirão da serra íngreme e, o fui, também, envaidecido tropel de tropilha crioula e índio aragano, trilhador de todos caminhos.

Hélio Serejo - 1973

A história de Hélio Serejo repete-se na história de vida de muitos professores. Na verdade, repete-se um pouco, também, no texto da minha vida. Procuro coisas que me constituem como pessoa e que, subjetivamente, me dão prazer e me inspiram a narrar sobre meu percurso profissional. Semelhante a Hélio Serejo eu vim de longe, do interior de São Paulo, das lutas do campo, da época áurea da construção da barragem Urubumpungá, cidade de Andradina. Eu vim da Terra de Moura Andrade, da terra do boi. Vivi na região do Campestre, proximidades do Rio Feio, rodeadas de fazendas promissoras.

Venho de longe, mas aproximo cada vez mais de meu objeto de pesquisa quando me apropriando de Hélio Serejo falo por meio de figuras de linguagem com a intenção de narrar e rememorar minha experiência, meu percurso.

Para continuar a leitura do MEMORIAL, clique abaixo em mais informações.

Sinto-me como uma cruza campo uma trilhadora de caminhos quando, olhando para trás e recuperando minha trajetória vejo um caminho que me distancia do lugar onde nasci, observo que já percorri campos araganos, conheci pessoas, fiz laços afetivos, deixei marcas e personagens que foram se constituindo

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