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Por:   •  1/12/2013  •  4.565 Palavras (19 Páginas)  •  399 Visualizações

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As enzimas do sistema p450

Os citocromos P450 são heme-proteínas envolvidas nas biotransformações de vários compostos de origem endógena e exógena. Biologicamente estas enzimas promovem a modificação química de várias moléculas exógenas lipofílicas, que após isso se tornam mais solúveis e de fácil excreção pelo organismo humano. Porém uma conseqüência é que muitas moléculas, após sofrerem estas modificações (biotransformação), tornam-se muito reativas, podendo causar danos teciduais, e além disso, como alguns xenobióticos têm a capacidade de induzir ou inibir a produção de certos citocromos P450, a exposição ou a utilização simultânea de múltiplas drogas na terapêutica podem ter várias conseqüências, como a perda total ou parcial do efeito farmacológico desejado e danos teciduais no parênquima hepático justificado pelo fato de ser o tecido onde estão presentes os principais citocromos processadores de xenobióticos e por ser um dos locais mais ativos de biotransformação farmacológica. Assim, este artigo aborda de uma forma geral o papel biológico dos citocromos P450 nas biotransformações de xenobióticos com foco nas interferências e mecanismos da atividade destas enzimas no que se refere às interações droga-droga causadas por conseqüência da atuação deste sistema enzimático sobre estas.

1. Introdução

O organismo humano é constituído macroscopicamentede por um conjunto de sistemas altamente adaptado, estruturado em diferentes níveis de organização de forma que a totalidade do sistema está sempre a desempenar atividades vitais, responsáveis pela manutenção da vida. Entretanto, para garantir a funcionalidade deste sistema, são necessários controles rigorosos e regulações precisas em todos os níveis de organização. Assim, o corpo deve permanecer em um estado de constância funcional, ideal para a vida e manutenção das funções vitais. A este estado de constância interna dá se o nome de homeostasia.

Geralmente, disfunções ou interferência homeostáticas são causadas por diversos fatores e são expressos por processos patológicos dos mais variados quadros, sendo alguns destes facilmente detectáveis enquanto outros permanecem de forma subclínica. Todo distúrbio homeostáticos reflete uma desordem que ocorre a nível molecular.

Como unidade funcional dos seres vivos, a célula está a todo o momento desempenhado inumeráveis atividades que envolvem processos químicos complexos, como a síntese e a degradação de moléculas. A somatória destes processos bioquímicos (degradatórios e biossintéticos) constitui-se o que se chama de metabolismo.

Nos seres humanos o metabolismo é passível de sofrer interferências diretas ou indiretas pela administração passiva ou ativa de compostos químicas capazes de causar alterações fisiológicas benéficas ao organismo (efeito farmacológico) ou em outras vezes causando danos ou distúrbios funcionais (efeito tóxico). Estes compostos de origem exógena são denominados genericamente xenobióticos (XENO= estranho; BIOS= vida). Neste grupo são incluídas substâncias das mais variadas naturezas, como agentes terapêuticos, produtos químicos utilizados no trabalho, aditivos alimentares ou subprodutos industriais que podem ser ingeridos, inalados ou absorvidos pela pele.

Como a maioria desses compostos são lipofílicos, ou seja, insolúveis em água, tem-se a necessidade de convertê-los em espécies químicas hidrossolúveis para que assim possam seguir as vias de excreção. Para isso, existe um sistema enzimático altamente especializado que inclui uma ampla família de proteínas chamadas Citocromos P450. Estas enzimas estão diretamente envolvidas na conversão de compostos insolúveis como fármacos ou outras moléculas em substâncias hidrossolúveis, facilitando assim sua excreção por via urinária, bile, suor, leite ou saliva. Como a solubilização envolve modificações químicas na molécula, uma conseqüência da biotranformação de xenobióticos é a ativação ou inativação de agentes terapêuticos, aumentando ou diminuindo sua eficácia, bem com a conversão de moléculas inertes em espécies químicas altamente reativas que podem causar dano celular/tecidual indesejado.

2. Metabolismo Humano - Visão Geral

O organismo humano é constituído por um conjunto de sistemas responsáveis pela manutenção e regulação da vida. Esse sistema é formado pela integração de várias estruturas funcionais que atuam de forma harmoniosa, ou seja, interconectadamente, onde a célula, em essência, é a unidade constitutiva básica desse sistema. Para que as funções vitais inerentes a um organismo vivo sejam mantidas, a célula desempenha uma grande variedade de atividades, que na sua maioria envolve processos bioquímicos dos mais variados graus de complexidade. Desse modo, o ambiente intracelular constitui um meio onde a cada instante ocorrem milhares de transformações químicas onde alguns destes processos bioquímicos envolve a degradação de moléculas em unidades mais simples, que podem ou não ser utilizados na síntese de outros componentes celulares.

Assim, enquanto algumas moléculas estão sendo degradadas, outras estão sendo ativamente sintetizadas no meio celular. A estes processos bioquímicos de natureza degradatória e biossintética donomina-se catabolismo e anabolismo respectivamente, e a somatória destes constitui o que se chama de metabolismo celular. A conservação e manutenção do organismo humano em um estado favorável a vida é conseguida pelo estabelecimento de rigorosos controles, alguns destes muito sensíveis, respondendo as mínimas variações, de modo a conservar a funcionalidade ideal do sistema biológico.

3. Desajustes Homeostáticos e o Estabelecimento de Processos Patológicos

No organismo humano é estabelecida em condições normais uma constância relativa, tanto a nível molecular como em nível fisiológico, chamada de homeostasia. Embora elegantemente regulado, o sistema biológico é passível de sofrer desajustes, desequilíbrios ou interferências, levando a um “desajuste homeostático” que freqüentemente são tidos como processos patológicos, ou seja, uma doença ou enfermidade.

Diversos fatores podem originar distúrbios homeostáticos/doença, como por exemplo, uma infecção por bactérias ou fungos que produzem toxinas ou desencadeiam uma resposta exacerbada do sistema imunitário. Outras vezes a doença em si pode ter gênese fisiológica, como é o caso do diabetes, um defeito no metabolismo de carboidratos lipídeos e proteínas que causa varias conseqüências ao organismo.

De qualquer Forma, quando um indivíduo se encontra acometido

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