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Matematica Financeira

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Por:   •  27/9/2014  •  1.579 Palavras (7 Páginas)  •  447 Visualizações

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TRABALHO NOTA PARCIAL

CURSO: GRADUAÇÃO / TECNOLOGIA

DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

CARGA HORÁRIA: 88 H

PROFESSOR: MARCIO BONATTO GUIMARÃES

TURMA: 3001 / 3002

SEMESTRE/ANO: 2 ° /2014

TRABALHO: VOZ DO MERCADO - SUBSTITUIÇÃO AULA DIA 09.09.14

EQUIPE: 05 ALUNOS

DATA DA ENTREGA: AV1

OBS:

- NÃO HAVERÁ AULA NO DIAS 09 /09/14 – AUSÊNCIA DO PROFESSOR.

- ESTE TRABALHO SERIA DESENVOLVIDO EM SALA DE AULA E DEVIDA

MINHA AUSÊNCIA , O MESMO PODERÁ SER REALIZADO EM HORÁRIO

DETERMINADO PELA EQUIPE

A VOZ DO MERCADO

Adaptado de Martins e Laugeni

Introdução

A maneira como as empresas tratam a definição do produto que produzirão para atender o mercado

tem variado ao longo dos tempos, assim como têm variado as formas de administrar o respectivo

processo produtivo. De início o artesão atendia as necessidades específicas de seus clientes, que

ditavam com precisão a forma e as características do produto que encomendavam. Não podemos

afirmar que os consumidores da época definiam as características do mercado consumidor como

hoje o conhecemos, mas podemos afirmar que o consumidor ditava as regras.

Com o advento da Revolução Industrial, surge a necessidade de padronização dos produtos e

processos. Assim, o consumidor perdeu o poder de influenciar na definição dos produtos que iria

consumir, ficando esse poder com os projetistas, que, via de regra, não consultavam o mercado

quanto a suas necessidades. Dentro dessa filosofia as empresas evoluíram até meados dos anos 60,

fase extremamente profícua da história da industrialização, quando surgiu um grande número de

técnicas de engenharia industrial, sempre com o objetivo de melhorar a produtividade e reduzir os

custos. Nessa fase de produção em massa, a preocupação dos engenheiros era produzir o máximo

possível, cabendo ao pessoal de vendas o problema de colocar os produtos no mercado. É bem

característica dessa fase uma famosa frase de Henry Ford; “Todo cliente pode ter um automóvel de

qualquer cor, desde que seja da cor preta”. Giorgio Merli, denomina essa fase do desenvolvimento

da empresa de product-out, isto é, a preocupação é “colocar” o produto no mercado.

Logo após a Segunda Guerra Mundial os japoneses desenvolveram novas estratégias empresariais,

voltadas para a exportação de seus produtos, visando conquistar o mercado mundial. É do

conhecimento de todos o sucesso obtido pelos japoneses, que optaram pela procura incansável de

melhorias na qualidade de seus produtos, aqui entendida como o atendimento às necessidades dos

consumidores. Assim, utilizaram a qualidade como uma estratégia mercadológica e foram pouco a

pouco ganhando mercados externos, principalmente o americano, que ainda permanecia atrelado

aos antigos conceitos de grandes volumes de produção e visão de curto prazo quanto a lucros e

retorno sobre o capital investido.

Na definição dessa estratégia de conquista de novos consumidores, as empresas foram obrigadas a

dar cada vez mais atenção à voz do mercado. Surge então uma nova abordagem à definição dos

produtos a serem fabricados ou serviços a serem prestados. A nova pergunta a ser feita, ao contrário

da afirmativa formulada por Henry Ford, era: O que o mercado quer? A resposta a essa pergunta

define uma nova fase de desenvolvimento empresarial, denominada market-in por Giorgio Merli, que

grosso modo pode ser assim interpretada: levar para dentro da empresa aquilo que o mercado quer.

Em relação ao que o consumidor quer, a empresa precisa estar atenta para dois aspectos básicos.

Primeiro e mais importante é identificar as necessidades dos consumidores. Segundo, e não menos

importante, é saber como atender a tais necessidades. A forma como a empresa aborda essas duas

questões – digamos indissociáveis – define sua capacidade competitiva ou, em outras palavras, sua

competitividade.

O imperativo da Competitividade

O que significa para uma empresa ser competitiva? A resposta a essa pergunta tem sido objeto dos

mais variados estudos, trabalhos acadêmicos, seminários, workshops etc., e com certeza muito

ainda será dito e escrito sobre o tema, não sendo pretensão dos autores esgota-lo. Ao contrario,

querem abrir novas perspectivas para discuti-lo e enriquece-lo. Assim, ser competitivo é ter

condições de concorrer com um ou mais fabricantes e/ou fornecedores de um produto/serviço em um

determinado mercado. Essa condição de concorrência é caracterizada pelo fato de não existir um

fornecedor que domine de forma absoluta o mercado (ou um grupo de poucos fornecedores que, em

conjunto, o domine de forma absoluta). Essa capacidade de competir normalmente varia ao longo do

tempo e não são raros os exemplos de empresas que perdem tal capacidade e são expulsas do

mercado.

À medida que crescem as vantagens competitivas de uma empresa, aumenta sua parcela no

mercado. Assim, em uma situação normal de mercado oligopolista, uma empresa só sobrevive

enquanto mantém alguma vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Quanto mais vantagens

dispõe, tanto melhor.

É evidente que uma empresa pode ser competitiva em um mercado e não o ser em outro. Uma das

formas de caracterizar uma empresa dita de classe mundial é dizer que ela é capaz de ser

competitiva em mercados globais, a exemplo das empresas japonesas Sony, Toshiba, Toyota, da

holandesa Philips, das americanas Motorola e Xerox etc.

Para ser competitiva, a empresa deve estabelecer uma estratégia de ação para atuar em mercados

locais, regionais ou globais. Quanto maior o raio de sua atuação, tanto maior deverá ser sua

capacidade competitiva ou, vale dizer suas vantagens competitivas.

Estratégias Competitivas

O planejamento estratégico das empresas tem, entre outros, o objetivo de fixar diretrizes de atuação

nas áreas: administrativa, financeira, de marketing e de manufatura. Visando dar à empresa uma ou

mais vantagens competitivas. Assim, uma empresa pode obter uma vantagem competitiva a partir de

uma estratégia financeira adequada, o mesmo valendo para marketing ou manufatora.

Uma empresa pode estabelecer uma ou mais estratégias competitivas, como exemplo:

Informatização. Dispor de um sistema de informações altamente computadorizado que permita

agilidade e precisão nas informações, antecipando-se aos concorrentes em suas decisões.

Desmobilizações. Vender imóveis e/ou empresas a fim de aumentar seu capital de giro ou

concentrar-se em um menor número de produtos ou processos produtivos. É uma seleção de

vocações.

Qualidade total – Obter vantagem competitiva através da comercialização de produtos de alta

qualidade.

Aquisições. Obter vantagem competitiva através da aquisição de empresas que disponham de

melhor tecnologia ou algum outro tipo de vantagem.

Incentivos. Obter vantagem através do envolvimento maciço de seus colaboradores, por meio de

uma melhor motivação para obtenção de resultados.

Projeção de demanda. Obter vantagem através da utilização de técnicas de projeção de demanda

tão precisas que lhe permitam conseguir margens de erro de estimativa muito baixas, propiciando-lhe

indiretamente um menor custo.

Robotização. Obter vantagem através da automação das linhas de produção, com robôs,

manufatura integrada por computador etc.

No estabelecimento de uma estratégia de manufatura, ou de operações, para ser mais abrangente,

devem ser analisados e formalizados objetivos e diretrizes quanto a:

Custos. A produção de um bem e/ou serviço ao menor custo possível é um objetivo permanente de

toda e qualquer organização. A dimensão custo, que pode traduzir-se em menor preço de venda, é o

grande fator decisório do consumidor. Não há dúvida que uma estratégia de redução de custos terá

enorme impacto na vantagem competitiva.

Qualidade. A melhoria contínua da qualidade foi o grande trunfo das empresas japonesas na

conquista de mercados cada vez maiores e mais sofisticados. A dedicação de esforços na área da

qualidade dos produtos/serviços tem um amplo efeito no aumento da vantagem competitiva, pois

está demonstrado que a melhoria da qualidade, ao contrário do que sempre se imaginou, traz uma

conseqüente redução de custos de produção.

Prazos de entrega. Quanto menor o prazo de entrega de um produto/serviço tanto mais satisfeito

ficará o consumidor. Além disso, quanto menor o prazo de entrega, tanto menores serão os estoques

intermediários, tanto maior será o giro do estoque de matérias-primas, mais cedo está realizada a

receita e menores serão os desperdícios e perdas.

Flexibilidade. É a capacidade que a empresa deve ter para rapidamente adaptar-se às mudanças

nas tendências do mercado. Deve ser ágil na adaptação de seus produtos às novas exigências do

consumidor. Quanto mais flexíveis e rápida for, mais cedo sairá na frente de seus concorrentes,

ganhando conseqüentemente a vantagem da novidade.

Inovação. É a capacidade da empresa de antecipar-se às necessidades dos consumidores. A

empresa americana 3M tem por característica sua capacidade inovadora, o que tem lhe dado grande

vantagem competitiva em relação a seus concorrentes.

Produtividade. É uma dimensão que deve estar presente em todas as ações da empresa, sob pena

de perder competitividade, em que pese sua capacidade de inovar, sua flexibilidade, qualidade etc.

Todas as decisões devem, ter uma relação benefício/custo favorável, pelo menos a médio e longo

prazo.

A estratégia competitiva global da empresa está intimamente relacionada com a estratégia

manufatureira, sofrendo aquela uma influência marcante desta.

Quanto produzir

Um dos problemas que têm acompanhado os administradores ao longo dos tempos é decidir sobre a

quantidade a ser produzida. O conflito é evidente: produzir a mais gera custos desnecessários;

produzir a menos gera custos de não-atendimento, desgaste na imagem da empresa e perda de

clientes. Alcançar o ponto de equilíbrio é um dos objetivos básicos da Administração de operações e

está intimamente relacionado com a estratégia global da empresas. A resposta a essa questão é

obtida através da utilização das técnicas de projeção de demanda, que é um imperativo dos

negócios.

Questão para Discussão

1- Qual o significado da expressão imperativo da competitividade?

2- Relacione os conceitos de qualidade, produtividade e competitividade.

3- Qual foi a contribuição de Henry Ford para o desenvolvimento e a organização das

empresas?

4- Defina estratégias operacionais de marketing e manufatura (ou operações) para os

seguintes tipos de empresa:

Restaurante

Banco

Faculdade

Fábrica de autopeças

5- Cite pelo menos cinco características de uma empresa dita de classe mundial.

6- Como as empresas do tipo product-out e marketi- in tratam seus fornecedores de matéria

prima?

7- Por que toda empresa deve ter algum tipo de competitividade, sob pena de sair do

mercado?

8- Como você vê o papel do gerente de operações num contexto de mercado globalizado?

9- Como as estratégias de marketing, finanças e de recursos humanos influenciam na

determinação da quantidade a ser produzida?

10-Identifique pelo menos três fatores externos à empresa que influenciam na fixação de

suas estratégias de marketing, finanças e de produção. Qual o impacto desses fatores na

determinação da quantidade a ser produzida?

(Produt-out : baixa orientação para o mercado e alta orientação para o produto

Market In: Baixa orientação para a produção e alta orientação para os processos e o mercado

...

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