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Matemática Na Pré-história

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Por:   •  7/11/2013  •  1.393 Palavras (6 Páginas)  •  559 Visualizações

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A pré-história começa no surgimento do planeta Terra e vai até o surgimento da escrita. Ela é dividida em quatro períodos: Eolítico, Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

O período Eolítico é aquele que antecede a Idade da Pedra, de antes de 5 milhões de anos atrás.

O período Paleolítico, também chamado de Idade da Pedra Lascada, começa em 5 milhões de anos atrás e vai até 10000 a.C.. O homem desse período sobrevivia da caça e da coleta de alimentos, usava cavernas como abrigo e era nômade, ou seja, não tinha moradia fixa. No fim desse período, o clima começou a mudar e começaram a surgir desertos, fazendo com que a caça diminuísse e forçando o homem a mudar sua forma de sobrevivência. De acordo com Eves (2011, pag.22):

“Por volta de 30 000 a.C. o Homo sapiens (o novo homem) substituiu as moradias em cavernas por estruturas móveis — barracas de peles de animais com cobertura de madeira — que podia levar consigo nas caçadas. Pela mesma época começou a esculpir estatuetas da fertilidade e outros ícones religiosos em pedra.“

E ainda, de acordo com Eves (2011, pag. 23): “Por volta de 20 000 a.C. os caçadores das savanas haviam desenvolvido uma cultura complexa que incluía a feitura de ferramentas, linguagem, religião, arte, música e comércio".

O período Mesolítico é um período de transição entre o Paleolítico e o Neolítico, situado entre 10000 a.C. e 7000 a.C. Nessa época o homem descobre o fogo e começa a usa-lo para espantar animais, iluminar as cavernas, cozinhar alimentos e proteger-se do frio. Devido a essa grande descoberta, o homem começa a ser tornar mais sedentário e, assim, surge a necessidade de aprimorar seus armamentos.

O período Neolítico, ou Idade da Pedra Polida, compreende o período de 7000 a.C. até 3000 a.C. Nessa época, o homem começa a morar perto dos rios e a desenvolver a agricultura e a cerâmica com barro, domestica alguns animais, cria o comércio através de trocas, constrói casas sobre estacas e utiliza ossos, madeira e pedra para fabricar instrumentos e armas. Eves (2011, pag. 23) salienta que: “O homem do Neolítico era, todavia ainda primordialmente caçador e colhedor e seus campos pequenos e mal arrumados assemelhavam-se mais a jardins meio abandonados do que a fazendas”.

A pré-história acabou em cada região em um tempo. Por exemplo, quando os navegadores chegaram ao Brasil, encontraram homens com características de sobrevivência do período Neolítico. Assim, é impossível precisar ao certo quando acabou a era pré-história, mas “por uma convenção histórica, porém, costuma-se situar o fim da Idade da Pedra aproximadamente em 3000 a.C. quando no Oriente Médio, na Índia e na China emergiram cidades com culturas capazes de fundir metais.” (Eves, 2011, pag. 23).

Quando o pensamento matemático teve início não é possível precisar, mas sabe-se que a matemática da pré-história era usada em prol das necessidades do homem e era percebida de acordo com os sentidos humanos e a natureza. De acordo com o conceito de “sobrevivência do mais forte”, a existência e evolução da raça humana se devem ao fato dela ter se desenvolvido matematicamente.

De acordo com Boyer (1996, pag. 1):

“Noções primitivas relacionadas com os conceitos de número, grandeza e forma podem ser encontradas nos primeiros tempos da raça humana, e vislumbres de noções matemáticas se encontram em formas de vida que podem datar de milhões de anos antes da humanidade.”

Como o estudo de alguns cientistas sobre o comportamento matemático em animais concluiu que alguns animais podem distinguir conjuntos contendo até quatro elementos, acredita-se que desde que o homem habita a Terra, ele já possuía uma pequena noção matemática e uma noção primitiva de grandeza, número e forma, através de diferenciações e contrastes, por exemplo, diferenciar um animal de muitos, ou a forma da árvore da forma da lua.

Com o passar dos anos, de acordo com Boyer (1996, pag. 2):

“A ideia de número finalmente tornou-se suficientemente ampla e vívida para que se sentisse a necessidade de exprimir a propriedade de algum modo, presumivelmente a principio somente na linguagem de sinais. (...) Quando os dedos das mãos eram inadequados, podiam ser usados montes de pedras para representar uma correspondência com os elementos de outro conjunto. (...) Grupos de pedras são demasiados efêmeros para conservar informação: por isso o homem pré-histórico às vezes registrava um número fazendo marcas num bastão ou pedaço de osso.”

Algumas descobertas arqueológicas e geológicas mostram que o homem paleolítico, antes mesmo da existência da escrita, dos metais ou da roda, associava números a entalhes em ossos e madeiras.

Walter Passos, historiador, conta em sua página na internet que, em 1970, foi encontrado na Caverna Bolder, situada nas montanhas Libombos, na África do Sul, um pedaço de osso de 7,7cm com 29 entalhes bem definidos. Estudos arqueológicos mostraram que esse osso, conhecido como Osso de Lebombo, data de 35 mil a.C. e assemelha-se às varas do calendário de clãs bosquímanos, ainda em uso. É a prova matemática de contagem mais antiga encontrada até hoje, fazendo com que alguns historiadores acreditem que ocorreu na África o início da matemática.

Imagem 1 – Osso de Lebombo

Fonte: http://cnncba.blogspot.com.br/2013/07/o-osso-de-lebombo-mulheres-africanas-as.html

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