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Medo Liquido

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Por:   •  18/3/2015  •  1.232 Palavras (5 Páginas)  •  478 Visualizações

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O mundo líquido mostrado por Bauman é uma espécie de irrealidade dentro da qual estamos mergulhados, um mundo de aparência absoluta, de ameaças que quase nunca se configuram como reais, mas que são nos mostradas o tempo inteiro, principalmente pela mídia. Um mundo onde tudo pode se desfazer rápido demais. A forma liquida é instável, podendo tomar a forma que lhe é atribuída. Diante disso, ele expõe o medo como uma forma inconstante. Podemos ter medo de perder o emprego, medo do terrorismo, da exclusão. O homem vive em uma ansiedade constante. O autor mapeia as origens comuns das ansiedades na modernidade líquida e examina mecanismos que possam deter a influência do medo sobre as nossas vidas.

Segundo Bauman, as certezas da modernidade sólida se foram, e, com isso, a utopia do controle sobre os mundos social, econômico e natural desmoronou. Em mais um estudo singular sobre a vida contemporânea, Bauman divide com o leitor suas análises sobre o tema do medo contemporâneo.

O autor diz que o mundo de hoje deveria ser diferente do da Idade Média, sem medo. Mas vivemos num cemitério de esperanças frustradas, segundo ele. Vivemos de novo numa era de temores, diz.

Os perigos de que se tem medo são de três tipos, segundo Bauman: os que ameaçam o corpo e as propriedades; os que rodam a durabilidade da ordem social, e a confiabilidade nela, da qual depende a segurança do sustento; e os que ameaçam o lugar da pessoa no mundo, a posição na hierarquia social, a identidade de classe, religiosa, etc.

O texto é como uma espécie de documento de nossos medos, sem deixar de usar os temas menos nobres. O autor analisa fenômenos da mídia, por exemplo, o fenômeno do Big Brother e o chama de contos morais de nossa época. Mostra como esse e outros realities shows, de uma maneira geral, banalizam o medo e a morte, fazendo deles um grande simulacro; quando não um objeto para estetização. É fato que todas as culturas podem ser entendidas como dispositivos engenhosos destinados a adornar o medo e a morte, assim como torná-los mais contempláveis. No entanto, foi a sociedade moderna quem os transformou em lucro. O medo vende e atrai público, o que faz com que o circuito torne-se ainda mais perverso. O fenômeno do medo leva o ser humano ao consumo desenfreado, assim conseguem esconder suas ânsias e frustrações.

Segundo Bauman, em nossa época extremamente carente de certezas, proteção e segurança, os medos são muitos e indissociáveis da vida humana. Temos medo da violência urbana, das catástrofes naturais, do desemprego, das epidemias, do terrorismo, da exclusão. Como conseqüência disso, buscamos incansavelmente a atualização profissional e o acúmulo de conhecimento, nos fechamos em nossas casas cada vez mais equipadas de seguranças eletrônicas, mas nem por isso capaz de nos proporcionar conforto e alivio. Para o autor as esperanças de um maior controle e domínio sobre o mundo social e natural depositadas no tempo moderno se esvaíram. No ambiente líquido moderno, mundo social e natural depositadas no tempo moderno se esvaíram. No ambiente líquido moderno, as incertezas, perigos e ameaças são constantes. No livro o autor busca encontrar as origens comuns aos medos e, ainda, propiciar um dialogo e reflexão que permita aplacar os anseios dos nossos tempos.

No primeiro capítulo, Bauman discute o medo da morte, o qual considera o arquétipo de todos os medos. De acordo com o autor todas as culturas humanas possuem estratégias que têm por finalidade tornar suportável a vida com a consciência da morte. Nos tempos líquidos modernos a banalização do inevitável se coloca como um desses artifícios. A morte torna-se um evento banal uma vez que é encenada cotidianamente, constituindo-se parte integrante da vida. A fragilidade dos vínculos humanos e a facilidade com que são rompidos servem como ensaios rotineiros da experiência da morte. E é esse temor que é enunciado pelo que Bauman denomina contos morais de nossa época, como por exemplo, os Reality Shows, ou seja, o temor diante da inevitabilidade da eliminação e da impotência em escapar a esse destino. Como simulacros da morte esses ‘contos morais’ da modernidade líquida buscam aplacar nossos anseios diante do que seria o fim de tudo, banalizando e rotinizando a visão da experiência da morte.

No quarto capítulo, Bauman relaciona o medo que assola o mundo líquido-moderno à globalização, definindo-a como a nova ordem mundial, de caráter indeterminado, indisciplinado e sem um controle central. Segundo o autor, vivemos em um mundo ‘negativamente indisciplinado e sem um controle central.

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