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Memorial

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Por:   •  1/11/2013  •  Resenha  •  888 Palavras (4 Páginas)  •  402 Visualizações

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Quando surgiu a oportunidade de cursar o PROESF 9 , não pretendia concluí­lo, pois o

meu objetivo era apenas fazer o primeiro semestre e no próximo ano cursar o PEFOPEX.

Confesso que ao tomar conhecimento que não teria como professores os “famosos

doutores” da Unicamp e sentir o preconceito que nós do Proesf sofremos por parte dos alunos

da Faculdade de Educação fiquei decepcionada. Apesar de tudo, resolvi permanecer no curso

e buscar teorias que transformassem minha prática.

O contato com os “alunos professores” com realidades tão distintas da que eu vivia fez

com que eu olhasse para minha postura de professor com outros olhos.

No início me sentia a “pior” professora do mundo, tudo o que eu fazia parecia estar

errado. Minha vontade era de esquecer tudo o que eu sabia e começar tudo de novo, mas com

o tempo fui compreendendo que teria que adaptar o que estava aprendendo com a minha

realidade e que as transformações não acontecem de um dia para o outro.

Despertei­me para a importância da pesquisa teórica para a sustentação da prática e a

reflexão. Como diz Freire(1996 p. 24)“a reflexão crítica sobre a prática se torna uma

exigência da relação Teoria/ Prática sem a qual a teoria pode ir virando blá blá blá e a prática,

ativismo”.

É pensando criticamente na prática que temos hoje, ou que tivemos ontem, que

podemos melhorar a próxima prática.

Para que o professor tenha uma visão crítica de sua prática é preciso que ele busque

novos conhecimentos, para ter segurança o suficiente para construir e reconstruir com seus

colegas e com seus alunos o currículo escolar.

A busca constante do conhecimento pelo professor lhe traz benefícios de crescimento

profissional e para o desenvolvimento das instituições escolares.

9 Programa Especial de Formação de Professores em Exercício

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Creio, portanto, que o professor não se faz apenas de formação teórica; se o mesmo

não tiver compromisso com o seu trabalho, tudo o que aprendeu não contribuirá para a

transformação da sua prática.

Nas palavras de Alves (1990, p.13) o verdadeiro educador é comprometido com seu

aluno uma vez que

“...os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma fase , um nome, uma

“estória”a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga

aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade” si generais, portador de um

nome, também de uma estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a

educação é algo pra acontecer neste espaço invisível e denso , que se estabelece a

dois. Espaço artesanal”.

Em muitos momentos da faculdade me deparei com questões que até hoje não tenho

respostas, questões que me fizeram sentir fraca e incompetente diante da realidade. Muitas

vezes tentei fazer algo de melhor para o meu aluno, mas que não depende só de mim, nem só

da minha diretora ou coordenadora, é muito além de nós, então me vejo “nadando contra a

maré”, tentado salvar meu aluno do sistema educacional que está ali, pronto para “devorá­lo”.

Mesmo tentando muitas vezes, não consigo o resultado que pretendo. Essa dúvida levo

comigo, mas levo também a certeza da importância da formação voltada para a reflexão

crítica da prática do professor, hoje creio que uma não se faz sem a outra.

Em meio a tantas dificuldades que encontro ao longo da caminhada, a paixão que

tenho por ensinar não se mantém

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