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Metodologia Cientifica

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Por:   •  23/10/2013  •  2.330 Palavras (10 Páginas)  •  414 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Tendo em vista que a questão social está carregada de influências históricas, políticas e culturais, e que se configura por uma questão estruturante de relações sociais desiguais que se caracteriza pelo sistema capitalista, o presente estudo objetiva elucidar os impactos trazidos pelas expressões da questão social perante as transformações no mundo do trabalho, com base em um veículo de informações voltado para o público juvenil, e assim, refletir sobre a questão social e os desafios cabíveis a categoria profissional do serviço social na cena contemporânea.

A questão social é história recente. Iniciada na terceira década do século XIX teve seus desdobramentos ao longo dos séculos e inclusive na cena contemporânea, na qual continuam determinadas pelas relações sociais, políticas, econômicas, culturais, e principalmente pela relação capital – trabalho e suas formas de exploração e de expressão. Contudo, estamos de acordo que na contemporaneidade a questão social se expressa sobre novas e diferentes formas, como nos impactos das transformações no mundo do trabalho, nas particularidades da formação social e econômica de cada país, nos padrões de proteção social, e ainda nas formas de enfrentamentos de suas expressões pela classe trabalhadora. Com base em tais transformações, buscamos elucidar os impactos trazidos pelas expressões da questão social perante as transformações societárias, em especial no mundo do trabalho, com subsídio deum veículo de informações voltado para o público juvenil, e assim, promover uma breve reflexão sobre a questão social e os desafios cabíveis a categoria profissional do serviço social na cena contemporânea. Neste sentido, aproximaremos da categoria questão social em seu sentido histórico e na análise de importantes pesquisadores sobre tal assunto, tendo como fio condutor as transformações no mundo do trabalho desde o taylorismo/fordismo, até o regime de acumulação flexível, tendo em vista as novas e futuras exigências do mercado de trabalho e as estratégias de enfrentamento das expressões da questão social, apontando alguns desafios não apenas para a categoria de profissionais de serviço social, mas para todos que buscam a consolidação de um projeto de cunho contra hegemônico.

2. DESENVOLVIMENTO

A implantação do Serviço Social no Brasil ocorre nessa conjuntura de acirramento do capitalismo e da questão social, o qual ocorreu através da iniciativa particular de vários grupos da classe dominante, e da Igreja Católica que era sua porta-voz.

A questão social inicia-se, segundo Iamamoto (2009),com a generalização do trabalho livre, tornando mercadoria à força de trabalho. O operário e sua família vendem sua força de trabalho à classe dominante, estando sujeitos a grande exploração do capital. Exploração esta que impulsionou a luta do proletariado por melhores condições de vida, pois eram péssimas as condições de trabalho, cuja jornada diária era sempre calculada de acordo com as necessidades das empresas e o operário e sua família trabalhavam somente para comer. Além do mais, não tinham férias, nem auxilio doença, e seu lazer e cultura ficava a cargo da filantropia e caridade.

É nesse momento que os sindicatos avançam na luta por direitos da classe trabalhadora que ocorre no meio urbano surgindo novas categorias de lutas da classe operaria por melhorias e condição de vida.

2.1 A luta de classes

As classes sociais se inserem em um quadro antagônico, elas estão em constante luta, que nos mostra o caráter antagônico da sociedade capitalista, pois, normalmente, o patrão é rico e dá ordens ao seu proletariado, que em uma reação normal não gosta de recebe-las, principalmente quando as condições de trabalho e os salários são precários. Prova disso, são as greves e reivindicações que exigem melhorias para as condições de trabalho, mostrando a impossibilidade de se conciliar os interesses de classes. A predominância de uma classe sobre as demais, se funda também no quadro das práticas sociais pois as relações sociais capitalistas alicerçam a dominação econômica, cultural, ideológica, política, etc.

A luta de classes perpassa, não só na esfera econômica com greves, etc, ma em todos os momentos da vida social. A greve é apenas um dos aspectos que evidenciam a luta. A luta social também está presente em movimentos artísticos como telenovelas, literatura, cinema, etc.

Tomemos a telenovela como exemplo. Ela pode ser considerada uma forma de expressar a luta de classes, uma vez que possa mostrar o que acontece no mundo, como um patrão, rico e feliz, e um trabalhador, sofrido e amargurado com a vida, sempre tentando ser independente e se livrar dos mandos e desmandos do patrão. Isso também é uma forma de expressar a luta das classes, mostrando essa contradição entre os indivíduos. Outro bom exemplo da luta das classes é a propaganda. As propagandas se dirigem ao público em geral, mesmo aos que não tem condição de comprar o produto anunciado. Mas por que isso?

A propaganda é capaz de criar uma concepção do mundo, mostrando elementos que evidenciam uma situação de riqueza, iludindo os elementos de baixo poder econômico de sua real condição. A dominação ideológica é fundamental para encobrir o caráter contraditório do capitalismo.

2.2 A desigualdade social no Brasil

O crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, etc, são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil.

A desigualdade social não é acidental, e sim produzida por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Na economia existem relações que levam a exploração do trabalho e a concentração da riqueza nas mão de poucos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais. Até 1930, a produção brasileira era predominantemente agrária, que coexistia com o esquema agrário-exportado, sendo o Brasil exportador de matéria prima, as indústrias eram pouquíssimas, mesmo tendo ocorrido, neste período, um verdadeiro “surto industrial”.

A industrialização no Brasil, a partir da década de 30, criou condições para a acumulação capitalista, evidenciado não só pela redefinição do papel estatal quanto a interferência na economia mas também pela implantação de indústrias voltadas para a produção de máquinas, equipamentos, etc. A política

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