Metodologia Cientifica

RESUMO DO LIVRO: “PONTO DE MUTAÇÃO”

CAPRA, Fritjof

1º semestre – julho

1 - A inversão da situação

Neste capítulo, o autor remete que estamos enfrentando uma crise complexa multidimensional, afetando inclusive, todos os aspectos de nossa vida – saúde, modo de vida, a qualidade do meio ambiente e das relações sociais, da economia, tecnologia e política.

A corrida armamentista obteve índices de aumento alarmantes, com as guerras os países produzem mais armas e a partir da Guerra Fria a produção de armas nucleares em massa chegou a ser assustadora. Essa produção resulta em altos custos para os países que enquanto gastam suas verbas com esses supérfluos, grande parte da população mundial passa e/ou morre de fome ou está subnutrida, sem acesso a serviços de saúde (15 milhões– em sua maioria crianças; 500 milhões e 40% da população mundial respectivamente.)

Os EUA por exemplo, gastam bilhões na produção de armamento nuclear alegando segurança, porém isso é um caso grave do qual poderia provocar guerras nucleares e consequências irreversíveis para todos no mundo inteiro. A criação das usinas nucleares pelo mundo acarreta vários desastres, como: as explosões, os vazamentos e o consumo dessas águas causam o câncer, afeta o clima, a atmosfera da Terra e etc.

Há ainda a falta de preparo com os estudos do câncer, pois os oncologistas e pesquisadores ainda não tem certeza sobre os variados tipos da doença existentes e nem o principal: a sua cura e claro, a causa. Não há capacitação da polícia para combater a violência, as doenças psicológicas estão cada vez mais aumentando. Enfim, vários outros fatores-problemas afloram e auxiliam na formação da crise que nos encontramos.

Como ocorreram várias transformações ao longo do tempo, chegamos a crise cultural.

No final do século XX, nossa percepção não era a mesma que a de milhares de anos anteriores, sendo isso essencial para o desenvolvimento da nossa civilização.

Surgiram várias teorias sobre a realidade e a ordem do mundo desde Heráclito na Grécia Antiga, passando por Empédocles até alguns séculos depois com os antigos filósofos com o yin e o yang e sem esquecer dos números filósofos dos tempos modernos.

Depois que alcançam o objetivo que é a vitalidade, as civilizações perdem sua potência e decaem. Nas civilizações em desenvolvimento, a sociedade passa uma imagem criativa maior, o processo de evolução cultural continuará, mas em novos momentos e com novos protagonistas.

Os padrões culturais que Toynbee descreveu, tem relação direta com nossa situação atual, as mudanças que ocorrem no meio ambiente, natural e social, onde todos eles envolvem períodos de transição, porém existem três que talvez abalem nossas vidas, podendo trazer problemas gravíssimos ao nosso sistema social, econômico e político.

A primeira transição seria o declínio patriarcal, do qual o poder do patriarca (homem) deveria ser respeitado e seguido por todos da sociedade/civilização. Porém, depois do movimento feminista esse grande poder diminuiu drasticamente, sendo nítida essa diferença. A segunda transição, foi a entrada da era dos combustíveis fósseis – principais fontes de energia – que quando se esgotarem, chegará o fim de toda era.

A terceira transição está relacionada com valores culturais, envolve a mudança de paradigma. Paradigma do qual que vive em constante transformação dominou nossa cultura por centenas de anos, modelando e influenciando a sociedade ocidental e o resto do mundo. Esse paradigma esteve presente em vários momentos da história milenar.

3- A Nova Física

O início da física moderna foi marcado pela extraordinária proeza intelectual de um homem: Albert Einstein. Em dois artigos, ambos publicados em 1905, Einstein introduziu duas tendências revolucionárias no pensamento científico. Uma foi a teoria especial da relatividade; a outra, um novo modo de considerar a radiação eletromagnética, que se tornaria característico da teoria quântica, a teoria dos fenômenos atômicos. A teoria quântica completa foi elaborada vinte anos mais tarde por uma equipe de físicos. A teoria da relatividade, porém, foi construída em sua forma completa quase inteiramente pelo próprio Einstein. Os ensaios científicos de Einstein são monumentos intelectuais que marcam o começo do pensamento do século XX.

Einstein construiu uma estrutura comum para a eletrodinâmica e a mecânica, duas teorias isoladas dentro da física clássica. Essa estrutura é conhecida como a teoria especial da relatividade. Ela unificou e completou a estrutura da física clássica, mas, ao mesmo tempo, provocou mudanças radicais nos conceitos tradicionais de espaço e tempo, e, por conseguinte, abalou um dos alicerces da visão de mundo newtoniana. Dez anos depois, propôs sua teoria geral da relatividade, na qual a estrutura da teoria especial foi ampliada, passando a incluir também a gravidade. No começo do século, os físicos descobriram vários fenômenos relacionados com a estrutura dos átomos, como os raios X e a radiatividade, os quais eram inexplicáveis em termos da física clássica. Depois de concluída a formulação matemática da teoria quântica, sua estrutura conceitual não foi facilmente aceita. A nova física exigia profundas mudanças nos conceitos de espaço, tempo, matéria, objeto e causa e efeito; como esses conceitos são fundamentais para o nosso modo de vivenciar o mundo, sua transformação causou um grande choque.

A partir das mudanças revolucionárias em nossos conceitos de realidade ocasionadas pela física moderna, uma nova e consistente visão de mundo começa a surgir. Essa visão não é compartilhada por toda a comunidade científica, mas está sendo discutida e elaborada por muitos físicos eminentes cujo interesse em sua ciência supera os aspectos de suas pesquisas. Esses cientistas se mostram profundamente interessados nas implicações filosóficas da física moderna, e estão tentando, com espírito aberto, melhorar sua compreensão da natureza da realidade.

Em contraste com a concepção mecanicista cartesiana, a visão de mundo que está surgindo a partir da física moderna pode caracterizar-se por palavras como orgânica, holística e ecológica. Pode ser também denominada visão sistemática, no sentido da teoria geral dos sistemas. O universo deixa de ser visto como uma máquina, composta