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Natura

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Por:   •  9/4/2014  •  Seminário  •  1.651 Palavras (7 Páginas)  •  336 Visualizações

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Natura

Ao longo de quatro décadas, a Natura se tornou líder do mercado brasileiro de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal. É uma empresa de capital aberto desde 2004 e está presente na América Latina e na França.

A missão da Natura é "criar e comercializar produtos e serviços que promovam o bem-estar/estar bem: bem-estar é a relação harmoniosa, agradável, do indivíduo consigo mesmo, com seu corpo; estar bem é a relação empática, bem-sucedida, prazerosa, do indivíduo com o outro, com a natureza da qual faz parte, com o todo."

A Natura busca criar e compartilhar valores com a sociedade, gerando resultados econômicos, sociais e ambientais. A crença da empresa é que as pessoas que entenderem os desafios do seu tempo e ajudarem as sociedades a se tornarem mais felizes farão diferença no futuro. Esse entendimento da atividade empresarial como parte de um todo articulado e conectado em rede é o que inspira e orienta a atuação da Natura, bem como a busca contínua por produtos de menor impacto ambiental, tanto nas formulações quanto nas embalagens.

Linha Ekos o maior projeto de sustentabilidade

No ano em que completou 10 anos, a natura lançou sabonetes inovadores e ampliou sua rede de parceiros, a Natura lançou a linha Ekos, uma marca com um modelo pioneiro de fazer negócios de forma sustentável. A marca foi à natureza buscar ativos da biodiversidade brasileira e aprendeu como unir seu uso tradicional com o conhecimento científico para transformá-los em produtos inovadores, com sensoriais inéditos e que respeitam o meio ambiente.

Ao longo desses anos, somente com Natura Ekos, foram feitas parcerias com 19 comunidades, abrangendo 1.714 famílias. A linha utiliza 14 ativos da biodiversidade brasileira, cujo fornecimento e repartição de benefícios geraram, ao longo desses anos, mais de R$ 8,5 milhões em recursos. Dessa forma, Natura Ekos apoia o desenvolvimento social, o fortalecimento da economia e o cuidado com o meio-ambiente nas comunidades.

Em 2010, a marca inaugurou o seu maior projeto de sustentabilidade: são novos sabonetes com 20% a 50% de óleo da biodiversidade brasileira, extraídos de ativos comprados de oito novas comunidades. Com isso, a empresa passa a beneficiar mais 263 famílias e dobra os recursos financeiros revertidos por ano.

Em 2009 foi revertido R$ 1,3 milhão ao ano para todas as comunidades fornecedoras de Natura Ekos e, com os novos sabonetes, passaram a reverter R$ 2,6 milhões. Para chegar nesse resultado, a Natura levou cerca de dois anos, entre mapeamento das comunidades, capacitação, articulação de parcerias e desenvolvimento dos produtos. Todas as comunidades fornecedoras de ativos para os novos sabonetes priorizam sistemas de manejo agroflorestal e de baixo impacto ambiental. O cacau utilizado nos sabonetes vem de plantação orgânica certificada, e o maracujá, do reaproveitamento do resíduo da fabricação de suco. Com a utilização do cupuaçu nos novos sabonetes, preservam-se 100 km² de Floresta Amazônica.

Saboaria Natura - Para a fabricação dos novos sabonetes, a Natura compra sementes e frutos de oito comunidades e extrai o óleo ou a manteiga para produzir o noodle (massa do sabão) na planta de extração de óleos da Unidade Industrial da Natura em Benevides (PA) Antes disso, toda a produção de massa vegetal era feita a partir de óleo de dendê, fornecido pela Agropalma. A principal inovação do projeto está na transformação e na utilização de óleos retirados de espécies nativas da região para a composição dos sabonetes. Além disso, o manejo sustentável dessas espécies contribuirá para a conservação e a recuperação de áreas de agricultura e extrativismo familiar do Pará.

O uso sustentável de insumos da biodiversidade brasileira é uma das principais plataformas de tecnologia da Natura. No total, a empresa tem 26 comunidades parceiras nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil, e no Equador, que ao todo reúnem 2.084 famílias.

Sabonete de Cupuaçu:

Benefício para a floresta: há 80 anos, o governo incentivou a migração de japoneses para a região do Pará, um lugar quente, muito diferente da cultura dos orientais, que, em sua maioria, ocuparam São Paulo e o sul do Brasil. Estabelecidos na região Norte, fundaram a Camta (Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu). Iniciaram com a plantação de hortaliças e investiram no cultivo de pimenta-do-reino. Com o passar do tempo, a colônia passou a se especializar em coletar e processar frutos, para transformá-los em polpa de suco. O cupuaçu, que, hoje, é plantado por 81 famílias em sistemas agroflorestais, em harmonia com a vegetação original, permite a conservação de 100 km² de Floresta Amazônica.

Sabonete de Cacau:

Benefício para a floresta: os sabonetes Ekos que contêm a pura manteiga de cacau começam seu ciclo de produção pelas mãos das 25 famílias da cooperativa Copoam, de Medicilândia, no Pará. Embora se localize numa região de sol forte o ano todo, muitas das famílias da cooperativa têm a pele, os olhos e os cabelos claros. Trata-se de colonos do sul do Brasil, que foram para a Amazônia nos anos 70, incentivados pelo governo da época, ocupar uma área ao longo da prometida Rodovia Transamazônica. Eles foram com um sonho de uma vida melhor e batalharam por anos com o cultivo da cana-de-açúcar, até a usina local ser fechada. Foi então que a cooperativa decidiu trazer de volta para a região um filho legítimo da Amazônia, o cacau. E fez muito mais que isso: inaugurou uma forma de plantio orgânica, conseguindo combater pragas sem o uso de agrotóxicos, vinte anos atrás.

Sabonete de Murumuru:

Benefício para a floresta: o murumuru é o fruto de uma palmeira brasileira, uma árvore que cresce em regiões bem específicas: de várzea, alagadas. Cheias de espinho, as árvores do murumuru atrapalhavam a passagem das pessoas. Por isso, eram queimadas ou cortadas. A situação agravou-se quando o açaí, que divide as mesmas regiões onde cresce o murumuru, ganhou projeção e teve seu valor aumentado. O murumuru corria o risco de desaparecer da região. Hoje, com o fornecimento para a Natura, mais de 3 mil árvores de murumuru estão conservadas. No extrativismo, não se pode tirar tudo da natureza - há um limite de extração. Por isso, a Natura mapeou as regiões do Brasil onde havia concentração de murumuru e selecionou seis comunidades: Cart, Jauari, Cofruta, Caepim, Coomar e Santo Antônio do Tauá. São 157 famílias, que encontraram na parceria com Natura Ekos uma forma de se capacitar, organizar sua forma de produção e reverter as novas rendas

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