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Noções básicas de oclusão (prótese fixa)

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Por:   •  29/9/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.234 Palavras (9 Páginas)  •  421 Visualizações

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sábado, 20 de abril de 2013

Fundamentos da Oclusão ( Prótese Fixa )

FUNDAMENTOS DA OCLUSÃO:

Relação Cêntrica:

No tratamento restaurador, o objetivo é criar nos dentes posteriores contatos oclusais que estabilizem a posição da mandíbula, não criando contatos que possam mudar sua posição natural e desestabiliza-la. A oclusão na restauração deve ser feita em harmonia com a melhor posição condilar.

A relação cêntrica: uma posição que há sustentação ântero-posterior ao longo da eminência articular da cavidade glenóide, com o disco articular interposto entre o côndilo e a eminência articular.

Essa posição dos côndilos nas cavidades glenóides é usada em odontologia como uma posição de referência, reproduzível na montagem de modelos em articuladores.

Define a melhor posição relativa entre todos os componentes anatômicos. O ideal é que essa posição do côndilo também coincida com a máxima intercuspidação dos dentes (MIC).

Para que o conceito de relação cêntrica tenha significado é preciso entender a anatomia básica da ATM.

A. Eminência articular; C. Côndilo; D, disco articular; E, Meato acústico externo; L, Músculo Pterigoideo lateral; R, Zona bilaminar (tecido situado atrás do disco); S, fina parede superior da cavidade glenóide.

O osso da cavidade glenóide é delgado na face superior, não estando apto a funcionar como área de sobrecarga. No entanto, a inclinação da eminência articular na face anterior da cavidade é composta de substância cortical espessa capaz de suportar carga.

O disco articular é bicôncavo, desprovido de nervos e de vasos sanguíneos na região central; é robusto; muito parecido com um pedaço de couro de sapato. Possuem algumas fibras musculares inseridas na face anterior, provenientes da cabeça superior do músculo pterigoideo lateral. Esse disco insere-se na face medial e lateral do côndilo e deve ficar situado entre este e a eminência articular quando em funcionamento. O côndilo não é esférico: sua forma é irregular, elíptica, a qual ajuda a distribuir a carga por toda a articulação temporomandibular, em vez de concentrá-la em pequena área.

Movimento Mandibular

O movimento mandibular pode ser decomposto em uma série de deslocamentos que ocorrem em torno de três eixos:

1. Eixo Horizontal:

Este movimento, no plano sagital, ocorre quando a mandíbula em relação cêntrica realiza um movimento de abertura e fechamento puramente rotacional em torno do eixo horizontal transversal que vai de um côndilo ao outro.

2. Eixo Vertical:

Esse eixo ocorro no plano horizontal, quando a mandíbula se move em excursão lateral. O centro dessa rotação é um eixo vertical que atravessa o côndilo do lado de trabalho.

3. Eixo Sagital:

Quando a mandíbula se move para um dos lados, o côndilo do lado oposto ao da direção do movimento desloca-se para frente. Ao fazer isso, encontra a eminência articular da cavidade glenóide e move-se para baixo no lado oposto a direção do movimento, girando em torno de um eixo ântero-posterior (sagital) que passa através do outro côndilo.

O movimento de “bisagra”, ocorre em consequência da rotação descrita pelos côndilos nos compartimentos inferiores das ATMs num arco de 10 a 13 graus, que cria uma separação de 20 a 25 mm entre os dentes anteriores.

Na articulação saudável, o côndilo fica em posição ântero-posterior na cavidade glenóide com o disco articular interposto quando os dentes estão em máxima intercuspidação (A). No estágio inicial de abertura, o côndilo gira em torno de seu eixo de rotação e o disco permanece estacionário (B) . Na abertura máxima, o côndilo sofre translação anterior, com o disco ainda interposto (C).

Também existe movimento de deslizamento no compartimento superior da articulação quando o movimento da mandíbula em direção inferior é maior.

Então o eixo de rotação transfere-se para a área do forame da mandíbula, a medida que os côndilos transladam para anterior e inferior enquanto continuam a girando.

Quando a mandíbula desliza para a frente de tal modo que os dentes anteriores superiores e inferiores fiquem em relação de topo, dá-se o nome de protrusão. Idealmente, o segmento anterior da mandíbula se deslocará ao longo de um trajeto orientado pelos contatos entre os dentes anteriores com desoclusão completa dos dentes posteriores.

O movimento para um dos lados colocará a mandíbula em relação de trabalho ou de taterotrusão com esse lado e em relação de balanceio ou de mediotrusão com o lado oposto; por exemplo, se a mandíbula é movida para a esquerda, o lado esquerdo é o de trabalho, e o direito é o de balanceio.

Nesse tipo de movimento, o côndilo do lado de balanceio descreverá um arco de direção anterior e medial.( FIG 2.8 A) Enquanto isso o côndilo do lado de trabalho se moverá em direção lateral e um pouco para trás. (2.8B). O movimento da mandíbula para o lado de trabalho foi descrito pela primeira vez por Bennet.

Ângulo de Bennet:

O ângulo formado no plano horizontal entre o trajeto do côndilo no lado de balanceio (translação mandibular lateral) e o plano sagital é chamado de ângulo de bennet.

Determinantes do movimento mandibular

Os dois côndilos e os dentes que estão em contato são comparados as três pernas de um tripé invertido e suspenso do crânio. Os fatores determinantes dos movimentos desse tripé são: posteriormente, ambas as ATMs; anteriormente, os dentes superiores e os inferiores; no todo, o sistema neuromuscular.

O dentista não exerce controle sobre os fatores determinantes posteriores, as ATMs, imutáveis. Apesar disso, elas influenciam os movimentos da mandíbula e dos dentes através dos trajetos que os côndilos devem percorrer quando a mandíbula é movida pelos músculos da mastigação. A medida e a reprodução desses movimentos constituem a base para o uso dos articuladores.

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