O Desafio Unidade de Aprendizagem

DESAFIO 01

Você é o consultor contratado por uma empresa de médio porte, localizada em um bairro de classe baixa de uma grande capital. A empresa não é bem vista por grande parte dos moradores da região, pois busca sua mão de obra qualificada em outras regiões. Que programa de responsabilidade social você aplicaria nessa empresa? Explique de que forma e quais motivos levaram você a optar por tal projeto.

O exercício da responsabilidade social pode se integrar ao esforço dos governos e da sociedade civil na busca da sustentabilidade e do desenvolvimento, o que implica na inserção das camadas pobres da população nos circuitos de renda e consumo. Para tanto, é preciso estimular e apoiar o desenho e a implementação de programas e projetos que contribuam para a “inclusão sócia produtiva” da população. O desafio é: como canalizar esses recursos para promover oportunidades, acesso dos mais carentes a serviços básicos de educação, saúde, informação, tecnologias e facilitar a autonomia e a participação nos processos políticos e nas decisões locais? Trata-se também de fazer a conexão dessa camada da população com os mercados de maneira geral, ou seja, a inserção nos mercados de trabalho, mercado de bens e serviços e mercado financeiro.

        Como consultor, recomendaria à empresa buscar instituições que se empenham em capacitar jovens e adultos, nesse caso, da comunidade, para o mercado de trabalho. A população – com preferência a grupos vulneráveis ou discriminados - receberia treinamentos diversos, desde a matemática básica ao mais sofisticado e tecnológico, podendo a empresa, a depender do desempenho e esforço dos beneficiados, oferecer pós-capacitação, estágios e até empregos efetivos. Os cursos profissionalizantes são essenciais para qualificação, recolocação de desempregados e para que novos talentos se desenvolvam. Esses programas favorecem o desenvolvimento comunitário e fornecem meios para que as pessoas beneficiadas sejam agentes da própria mudança e da sociedade como um todo. Ao fim, verifica-se que a empresa e o capacitando se beneficiam com essa prática; a empresa atinge maior produtividade e consequente lucratividade, enquanto que a outra parte é privilegiada como profissional, que com tal promoção da cultura e educação, aliada à auto-estima e o bem estar social, econômico e psicológico, ao obter o conhecimento pode alargar suas chances e elevar o seu orçamento atuando até em novas profissões. Assim, a empresa estaria a capacitar e envolver esse corpo social, além de gerar empregos e esperança, e por conseguinte, melhoraria a sua imagem perante à comunidade e o mercado.

Essa iniciativa, para melhorar a eficiência do programa, deveria ser associada à práticas como: dar preferência a fornecedores locais de produtos e serviços, eliminar impactos negativos à saúde causados pelos processos produtivos, além de buscar promover atividades culturais e de saúde, inclusão social de crianças de baixa renda - neste sentido, a empresa pode trabalhar com práticas de reforço escolar e esportes para as crianças, talvez, da região menos abastada da capital ou até para os filhos dos capacitandos do programa citado anteriormente. Tudo isso sempre consultando os grupos da comunidade para determinar prioridades de investimento, participando das associações locais para contribuir com o bem comum.

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