O Discurso Erótico Voltado Para O público Masculino Na Publicidade Televisiva De Cosméticos; Um Estudo De Caso Da Campanha De Desodorante Da Marca, AXE, No Filme "Acumule Mulheres".

INTRODUÇÃO

TEMA

O discurso erótico voltado para o público masculino na publicidade televisiva de cosméticos; estudo de caso da campanha do desodorante da marca, AXE, no filme

“Acumule mulheres”.

Este projeto tem o intuito de investigar a relação entre o discurso erótico empregado pelas empresas de cosmético em suas campanhas de publicidade veiculadas na televisão, que são direcionadas ao público masculino.

Para compreender tal conceito, utilizaremos como meio de análise para pesquisa, a empresa de desodorantes “AXE”, com um estudo de caso, sobre a campanha “AXE - Acumule mulheres”.

A marca utiliza desta estratégia (o emprego do discurso erótico) para criar campanhas que possam aproximar seu público alvo do seu produto.

O estudo das representações do sexo nas sociedades modernas, o comportamento do homem perante a sociedade e, seus arquétipos, servirão como linha de raciocínio para o estudo deste projeto. Uma vez que seja perceptível a compreensão do que levou a empresa a posicionar-se desta forma, para que o público masculino consuma este tipo de produto. Toda a transição de comportamento do homem apresentada neste projeto, servirá como compreensão para o perfil do novo homem presente na sociedade: o “metrossexual”, este perfil de novo homem, tem se tornado alvo da indústria de cosméticos.

A dominação e o poder presentes nas sociedades latinas levam a reflexão neste projeto, pois elas, de forma indireta são representadas nas peças publicitárias, ao mostrar a dominação do homem mediado pela utilização de determinado produto

Este estudo servirá com linha de raciocínio aos que tem por interesse compreender a natureza do homem, seus hábitos.

HIPÓTESES

Dentre as publicidades de desodorantes veiculadas na televisão, na campanha de publicidade da marca AXE, é notória a presença do discurso erótico, como método de persuadir o seu público alvo, o masculino. Esta utilização do discurso erótico apresenta o homem, sempre disputado por mulheres, tido como desejo de consumo. Tal discursos estão presentes nos antecedentes do homem latino diante a sociedade, que por sua vez tinha características fortes de dominância e poder, as mesmas representadas, nas campanhas publicitárias da marca AXE.

OBJETIVOS

ESPECÍFICOS

Analisar o discurso erótico adotado nas campanhas publicitárias televisivas de cosméticos, direcionadas ao público masculino.

Estudar a mudança de comportamento do homem, desde a sociedade patriarcal encontrada nas primeiras famílias, até o comportamento do homem pós-moderno.

Compreender a origem do comportamento masculino, exibido nas campanhas publicitárias especificas ao público masculinas.

GERAIS

Estudar o emprego do discurso erótico utilizado em diferentes tipos de produtos.

Analisar a diferença entre o discurso publicitário utilizado em campanhas voltadas para o público feminino e o masculino.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Serão utilizados como base para esta linha de estudo deste projeto, estudiosos da comunicação e do comportamento do humano, na sociedade moderna e pós-moderna, tais como; Anthony Giddens, Michel Foucault, Taís Vieira Sena, Janaína Fernandez Possati, Sandra Fisher, Maria Rita Kehl, Aldair Perezzolo, Sócrates Nolasco, Michel Dorais e César Aparecido Nunes.

Os conceitos abordados por estes autores servirão como alicerce para a construção deste projeto, que por sua vez, visa compreender a utilização do discurso erótico adotado nas campanhas publicitárias de desodorante/cosméticos exibidas na televisão, para o público masculino. Antes deste projeto chegar até a fase de análise do discurso publicitário, será possível observar o comportamento do homem, no período áureo da filosofia grega, o machismo existente nas colônias latinas, desencadeados pelo coronelismo e tenentismo, até o homem pós-moderno, que por sua vez, preocupa-se com a sua aparência e o seu bem estar.

O projeto dará início ao abordarmos a questão do erotismo, junto a sua história, definição e, as representações do sexo nas sociedades modernas, até o erotismo masculino.

Em a “A história da sexualidade II: o uso dos prazeres”, FOUCAULT, Michel, identifica logo em seu primeiro capitulo a repressão da igreja sobre o erotismo e, a exaltação do sexo.

“Século XVII: seria o início de uma época de repressão própria das sociedades modernas chamadas burguesas, e da qual talvez ainda não estivéssemos completamente liberados. Denominar o sexo, seria a partir desse momento, mais difícil e custoso.

Como se, para domina-lo no plano real, tivesse sido necessário primeiro, reduzi-lo ao nível da linguagem, controlar a sua livre circulação no discurso, bani-lo das coisas ditas e extinguir as palavras que tenham presente de maneira demasiado sensível. (...) Sem mesmo ter que dizê-lo, o pudor moderno obteria que não se falasse dele, exclusivamente por intermédio de proibições que contemplam mutuamente, que, de tanto calar-se impõe o silêncio. Censura” . [1]

O erotismo que antes era apenas visto como uma ramificação da arte, onde era presente a exaltação da identidade sexual, a partir deste momento, tornou-se para a sociedade em sua consciência, de que a carne passa a ser a origem do pecado, desde momentos íntimos, até a concretização do ato entre duas pessoas.

[1] FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade II: o uso dos prazeres. 8ª edição, Editora Graal. Página 23

Mas no século XVIII, o sexo começa a ser visto como um assunto de preocupação social. Desta forma seria capaz de ter acesso a discursos que não tratassem do sexo apenas como assunto de moral, onde deu-se inicio a pesquisas que auxiliariam na compreensão do comportamento social.

“(...) é necessário para analisar a taxa de mortalidade, a idade do casamento, os nascimentos legítimos e ilegítimos, a precocidade e a frequência das relações sexuais, a maneira de torná-las fecunda ou estéreis, o efeito do celibato ou das interdições, a incidência das práticas contraceptivas”. [2]

Daremos continuidade ao falar sobre a liberdade e o

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