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O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DO CRACK NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

Trabalho Escolar: O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DO CRACK NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/5/2013  •  1.318 Palavras (6 Páginas)  •  1.269 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade apresentar o tema: O enfrentamento do problema do crack no contexto da saúde pública. Através de uma produção textual acerca de pesquisas de ações e políticas institucionais que são realizadas para o enfrentamento do crack no âmbito da saúde publica, e por meios de entrevistas realizadas com profissionais que atendem nos serviços de saúde pública.

CAPÍTULO I – O CONSUMO DE CRACK

Cada vez mais cedo crianças e adolescentes começam a usar crack, a maioria dos dependentes do crack está entre jovens a partir dos 12 anos, as internações ocorrem, em sua maioria, entre os 20 e os 59 anos de idade, sendo mais da metade do total (57,9%) entre 30 e 49 anos. Refletindo a predominância do consumo e a prevalência de dependência maior entre homens, 88% dos pacientes internados com problemas com drogas são do sexo masculino. Um fator importante que vem sendo observado é que não existe apenas um dependente na família, o problema já vem de outros membros: como tio, primos, pais e cônjuges.

O usuário do crack vem de família desestruturada, ou seja, família problemática. O crack e outras drogas somente são a consequência da destruição emocional das pessoas, que fazem parte da vida do dependente, indiferente de classe social, relata a Psicóloga Roseane, da unidade do centro de reabilitação de drogas (Fazenda Nova Esperança), que deixou bem claro que a família tem papel fundamental na vida do dependente químico, se a família não estiver preparada emocionalmente e psicologicamente para ajudar, dar apoio, o dependente químico com certeza vai desestruturar toda a família, pois o usuário do crack perde o vínculo familiar e passa a viver em função da droga. Por isso é importante antes de tudo, que a família procure ajuda para aprender a lidar com o dependente.

A maioria dos dependentes não quer tratamento, geralmente é a família quem procura auxílio. A dependente só aceita o tratamento, ou seja, internação, devido à perseguição da polícia ou de traficantes, ou até mesmo para reconquistar suas famílias, a maioria procura atendimento na rede pública, pois são de baixa renda. A procura do tratamento ainda é muito pouca, sendo que são poucos os que dão continuidade, pois a evasão das clínicas de tratamento é frequente, e geralmente todos que procuram ajuda já passaram por outras clínicas, e desistem em menos de um mês de tratamento.

CAPÍTULO II – O PROBLEMA DO CRACK EM RIO VERDE

O problema das drogas é nacional. Em Rio Verde, o crack tem se transformado em uma verdadeira epidemia. Grande parte dos crimes que acontecem na cidade envolvem usuários de drogas. Na maioria das vezes, cometendo atos ilícitos para poder comprar a maldita droga. Em alguns bairros, não é difícil ver usuários de crack utilizando a droga em plena luz do dia, em locais movimentados.

Rio Verde/GO está entre os 187 mapeados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) como os locais no estado onde o consumo da droga cresce diariamente. Como acontece principalmente nos grandes centros urbanos, os usuários também estão invadindo áreas abandonadas e locais isolados, conforme demonstrado na transcrição abaixo do site http://www.rioverdeagora.com.br/noticias:

“... Recentemente uma televisão local esteve em um deles juntamente com a PM. “Eles quebraram o muro e invadiram a casa, onde cerca de 20 usuários faziam trocas e vendas de produtos furtados”, explica o tenente da Polícia Militar Edimar Ferreira.

Entre os usuários flagrados pela polícia, uma mulher grávida de cinco meses confessou à PM que consome crack diariamente. “Fumo muito. É uma média de seis pedras por dia e, às vezes, consumo até mais”, afirma a dependente. Já um rapaz calcula que gasta quase R$ 100 por dia com as drogas. “Capino casas para comprar as pedras”, conta.

Com o problema se agravando, a Polícia Militar chegou a mapear áreas consideradas como cracolândias, durante uma operação e, durante uma abordagem, um homem de 60 anos declarou que há dois anos é viciado em crack e não consegue abandonar a droga, ele mora na zona rural de Rio Verde e vai até a cidade escondido da família. “Estou gastando todo o dinheiro. Em vez de comprar coisa para família, acabo gastando com isso aqui. Quero sair dessa vida o mais urgente possível”, comenta.”

Em Rio Verde está disponível desde janeiro de 2012, 09 (nove) leitos de internações para desintoxicação no hospital municipal, onde os usuários dão entrada pelo CASP ou pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para fazerem desintoxicação que dura em torno de 15 dias, sendo acompanhados pelo CAPS, o dependente logo é encaminhado para uma clínica de recuperação, onde permanece por um período de 07 a nove meses, e esta permanência depende da vontade do próprio. O apoio da família é fundamental para dar continuidade nesse tratamento sem o apoio dos usuários não se consegue nem iniciar o tratamento.

O uso do crack e de outras drogas está diretamente relacionado com vários fatores, tais como a desestrutura familiar, influência de más companhias e curiosidade, como diz o Dr. Itamar Lana, médico da Unidade do Centro de Reabilitação para Usuários de Drogas (Fazenda Nova Esperança).

Em entrevista com o Diretor da Casa de Recuperação “Recanto da Paz”, Sr. Mizael, este diz que a droga hoje é o assunto do século, os dependentes são levados pela curiosidade, desânimo, desmotivação, só a terapia ajuda na recuperação, diz ainda que no Centro, se preenche o dia dos internos com “Terapias Ocupacionais”, trabalho e lazer onde os internos realizam trabalhos de manutenção na chácara, participando de estudos bíblicos quatro vezes ao dia, e trabalho como carpina, cuidar da horta, fazer faxina, etc, ou seja, o processo possui regras a serem cumpridas, possui acompanhamento de psicólogos.

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