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O Exotismo dos alimentos brasileiro

Por:   •  2/10/2015  •  Tese  •  2.145 Palavras (9 Páginas)  •  94 Visualizações

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O exotismo dos alimentos brasileiros

Os alimentos brasileiros constituem-se numa excelente opção para idéias criativas tanto na tendência da Nouvelle cuisine (colorido), Slow food (ingredientes regionais) quanto Fusion Food pela riqueza de insumos que podem ser inter cambiados entre as diversas regiões do Brasil. Foram catalogados mais de 300 tipos de frutas genuinamente brasileiras, mas os engenheiros agrônomos acreditam que esse número seja bem maior, uma vez que ainda existem (muitas) frutas silvestres desconhecidas. Das 20 frutas mais consumidas no Brasil, apenas 2 são originárias do país. São elas: O abacaxi (fruta cheirosa) e o maracujá (comida na cuia). A goiaba tem origem sul do México e Colombia

São genuinamente brasileiras: Açaí, araçá, abiu, caju, guaraná, jabuticaba, pitomba, jenipapo, cupuaçu, maracujá, bacuri, murici, juá, pequi, pitanga, mangaba, cabacinha-do-campo, umbu, tamarindo, cambuci e seriguela (ciriguela), saputi, sapota, sapiranga, cajarana, carambola, fruta pão.

Imagine um bolo de jenipapo. Se o sabor pode parecer exótico, o que dizer da coloração azul? O truque para deixá-lo com esta aparência não está na adição de qualquer corante, mas na utilização do suco da fruta ainda verde.

Açaí

  • Na região amazônica, tem um importante papel socioeconômico e cultural, pois a bebida obtida a partir de seus frutos tem consumo regional elevado e sua exportação tem aumentado muito nestes últimos anos. No estado do Maranhão, é conhecido como Jussara.
  • No Brasil, existem cerca de nove espécies dessa palmeira. A polpa do açaí é usada como contraste natural para exames de ressonância magnética.
  • Os frutos em cachos são de coloração violácea quando maduros. São produzidos durante todo o ano,  com maior intensidade nos meses de julho a dezembro.  Na região amazônica utiliza-se palmeira como fonte de renda e alimentação de suas famílias  todo o ano. Devido à extração do palmito de forma indiscriminada, percebe-se a diminuição da palmeira nativa na região amazônica. É importante estimular o cultivo  e a extração do fruto de maneira racional. A polpa pode ser utilizada na preparação de sobremesas, sucos, vinhos, licores ou sorvetes. Os nativos  consomem a polpa pura ou acompanhada de farinha de mandioca ou tapioca e também com peixe assado ou camarão seco.

Araçá

  • Polpa é branca amarelada ou avermelhada, mucilaginosa, aromática,contendo muitas sementes. Existem araçás de vários tipos no Brasil: araçá-branco, araçá-cinzento, araçá rosa, araçá-vermelho, araçá-verde, araçáamarelo, araçá-do-mato, araçá-da-praia, araçá-do-campo, araçá-de-festa, araçá-de-minas, araçá-de-pernambuco, araçá-do-pará; araçá-decoroa, araçá-boi, araçá-pêra, araçámanteiga, araçá-de-folha-grande, araçá-de-flor-grande, araçá-miúdo, araçá-mirim, araçá-guaçu, araçápeba, araçá-piranga, araçá-araçanduba, araçá comum, araçá-verdadeiro ou, simplesmente, araçá.

Algumas espécies de araçazeiros dão frutas muito saborosas e apreciadas para se comer quando amadurecem. Outros, de frutos adstringentes ou ácidos demais, são utilizados na produção de doces

Caju

  • A parte carnosa do caju (que é um pseudofruto formado pelo pedúnculo) é muito apreciada consumida in natura ou na forma de suco; sorvete; bebida (cajuína); doces em calda, pasta, cristalizados; vinagre; pratos salgados.
  • A castanha (fruto), por sua vez, tornou-se especiaria de luxo, indispensável na culinária nordestina e muito difundida em todo o mundo
  • Ainda verde, a castanha é chamado de “maturi” e é usado na cozinha do Nordeste no preparo de refogados. O caju quando maduro, depois de extraído o suco e o bagaço, que é rico em fibras, pode ser usado na cozinha como nas famosas frigideiras nordestinas.
  • Curiosidades: “Acaiu” (caju) significa em tupi-guarani  “onde se entra no mato.  Os índios brasileiros contavam a idade a cada safra do cajueiro, que ocorre uma vez por ano. O óleo da castanha do caju é utilizado na produção de inseticidas, detergentes, vernizes e biodiesel. Durante a dominação holandesa no Nordeste, Maurício de Nassau criou uma lei que multava em 100 florins quem abatesse um cajueiro.

A pitomba geralmente é consumida in natura. O jenipapo serve para doces, fruta cristalizada, licores. O murici tem sabor agridoce sendo usado para natura e usado para o preparo de doces licores, sucos e sorvetes, refrescos, geléias, pudins e pavês. O bacuri tem polpa branca, mucilaginosa e bem ácida. Curiosidade: a Physalis também é chamada de juá-de-capote.

Pequi

  • Muito utilizado na alimentação popular, na indústria de licores, cosméticos e sabões. Sua casca, que representa mais de 60% do fruto, é usada na preparação de tintas de escrever e na tintura de tecidos. Do pequi também se extrai dois tipos de óleo: um a partir da polpa (40-55%), que pode ser usado como substituto da banha e do toucinho e outro, extraído da amêndoa (40%), utilizado no preparo de cosméticos, por ser delicado e perfumado. O fruto do pequizeiro já foi largamente utilizado como ingrediente na fabricação de sabão pelos moradores do serrado brasileiro.
  • A polpa é consumida com arroz, feijão, galinha ou batida com leite e açúcar. Fruto cheiroso que fornece os típicos licor, galinhada com pequi e arroz de pequi.

Cabacinha do campo: No século XX, o escritor Guimarães Rosa — genial em observar a verdadeira linguagem popular brasileira — soube também descobrir uma delícia nacional a cabacinha-do-campo, de aparência muito semelhante à da pêra. Nos relatos de suas andanças pelas veredas do sertão, ele se refere não só ao gosto, mas insinua outras vantagens da frutinha ...

A lista de frutas brasileiras não-comerciais conta com nomes que você provavelmente nunca ouviu falar, como banana-de-macaco (origem mexicana), marôlo, araticum-cagão, taperebá, cariota-de-espinho ou pupunha brava, pau-alazão, marajá e fruta-de-ema, entre outras.

Algumas dessas frutas exóticas são registradas fora do Brasil, o que não anula a originalidade verde-amarela mas deixa o país de fora de eventuais ganhos monetários relacionados ao comércio da fruta. Há ainda as frutas como o oití-da-Bahia, em processo de extinção. Grupos ambientalistas estão trabalhando com mudas para evitar.

Banana de macaco:  planta ornamental, esporadicamente usada para consumo de suas frutas, comestíveis, quando bem maduras, pois quando não, contêm oxalato de cálcio, que pode causar irritação. O gosto é um misto de banana e abacaxi, com pouca polpa, mas esta pode ser consumida para se fazer doce. Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Marolo, origem cerrado, consumido ao natural ou em batidas, bolos, biscoitos e bolachas, picolés, sorvetes, geléias e diversos doces. Pode pesar até 4,5kg.

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