O GRITO DA GAIVOTA

RESENHA O GRITO DA GAIVOTA

Emmanuelle Laborit, é uma escritora surda profunda,e por meio desse livro ela desabafa tudo o que ela sentiu,em sua infância,adolecencia,superando os preconceitos existente,e mostrado por meios de força de vontade que ela iria longe mesmo com essa deficiência.

No livro, Emmanuel Laborit desabafa de tudo aquilo que viveu e dos problemas que teve de enfrentar desde criança, continuando na sua idade adulta. A personagem principal da história é ela mesma, e as secundárias são seus pais.

Neste livro, a história não é inventada, é a história da realidade da vida de uma surda. Ela recusa-se a ser considerada como uma deficiente. Para ela, a linguagem gestual corresponde à sua voz, os seus olhos correspondem aos ouvidos.

“O meu silêncio não é igual ao vosso. O meu silêncio seria ter olhos fechados, as mãos paralisadas, o corpo insensível, a pele inerte. Um silêncio do corpo”

Neste livro, o Grito da Gaivota é um relato de vários aspectos da sua vida, mostra primeiro uma desorientação, depois uma revolta e por fim o sentimento de querer lutar sem nunca desistir, até conseguir alcançar o que quer, a esperança.

Como opinião final, no fundo a sociedade é que a tornava deficiente.

Afinal, e colocando-nos no referencial da autora, no lugar dela os deficientes somos nós, já que para os surdos de nascença, o anormal é ouvir.

Tenho um grande amigo surdo de nascença, que atualmente vive no EUA, já que a vida para os surdos lá, é bem mais fácil do que em Portugal e que aos 40 anos, lhe foi sugerida uma operação para poder passar a ouvir. Depois de uma grande meditação, que passou mesmo por acompanhamento psicológico, acabou por rejeitar, pois o receio da mudança dum mundo de silêncio para um mundo de ruídos e barulhos era tão grande, que não valia a pena arriscar esta nova adaptação, depois de já ter sido ultrapassada a fase mais complexa de adaptação à realidade da surdez na infância e adolescência.