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Resenha do capítulo: “O grito da cidade: Balanço Geral, qualidade e modos de endereçamento.” por Janira Borja

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Por:   •  8/11/2013  •  Artigo  •  863 Palavras (4 Páginas)  •  454 Visualizações

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Resenha do capítulo: “O grito da cidade: Balanço Geral, qualidade e modos de endereçamento.” por Janira Borja, do Livro: Gênero televisivo e modo de endereçamento no telejornalismo / Itania Maria Mota Gomes, organizadora. - Salvador : EDUFBA, 2011.

Itabuna-BA

Junho/2013

As produções informativas vem sofrendo alterações de formatos, meios e estão cada vez mais segmentadas. É um processo evolutivo que acompanha a velocidade da informação, pautada nos avanços tecnológicos como meio de difusão da mensagem, e com o telejornalismo não é diferente.

A autora fala com muita propriedade, comprovando que estudou e observou minuciosamente o formato, endereçamento e estrutura de um dos principais telejornais (sensacionalistas) da televisão baiana, o Balanço Geral, apresentado pelo polêmico Raimundo Varela.

Este programa é tido como “a voz do povo” e as abordagens são sempre em cima do caos urbano, criminalidade e descaso dos serviços públicos.

O sensacionalismo no jornalismo tem como meta, conquistar a audiência a qualquer custo, além disso tenta impor ao receptor determinado acontecimento e seu causador.

Para obter telespectadores, o sensacionalismo através do exagero em imagens e textos, fotos exageradas, chutes em mesas, marteladas, dentre diversos outros abusos e expressões, consegue impulsionar a mudança social, as ações populares e pedido de justiça a favor das vítimas de um caso policial, jurídico e/ou social. No caso de Raimundo Varela, o uso de fortes tapas na mesa e aplicações de cartões vermelho e verde como medida de aprovar ou reprovar uma ação, são as suas marcas registradas como mediador.

O objetivo é definir e influenciar o emissor a entender de que lado está a verdade dos fatos de acordo com as próprias opiniões editorial.

Este tipo de programa é endereçado à população pobre, desprovida de acesso aos principais órgãos governamentais e/ou que não tem os seus problemas solucionados.

O discurso do mediador (o apresentador) está sempre na primeira pessoa, trazendo para si a responsabilidade de representar o povo e ao mesmo tempo cobrar aos órgãos competentes soluções para os problemas dos telespectadores. Estes, interagem diretamente através de ligações, envios de fax e também de emails para o programa. Isso por que Varela se coloca no papel de “representante do povo”, deixando explicita a sua posição de fio condutor, determinando até mesmo que material vai ao ar, na ordem que deseja e em que câmera vai falar: “Eu quero ouvir o povo, Edmundo!”; “Por favor, por favor, eu quero a matéria de Severino, por favor. Eu preciso colocar essa matéria pro povo entender a gravidade disso”. “Me mostra imagens, por favor, do Iguatemi, é possível? Cadê o Edmundo? Edmundo já está OK? Não, Iguatemi, eu quero do Iguatemi.”, “Daqui a pouco eu quero falar com Edmundo Filho, quando ele tiver OK me avisa, hein?”

Todo esse traquejo, linguagem usual, e gesticulação exagerada com movimentos bruscos deixam ele cada vez mais perto do povão, seu público alvo, quem dá as megas audiências para o seu programa. Expressões como : “fique ligado”, “ Não mexa no televisor”, “Daqui a pouco a vovó simpatia, heim! Você não pode perder!”,

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