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O Professor-Pesquisador como Instrumento de Melhoria do Ensino de Ciências

Por:   •  29/10/2019  •  Resenha  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  220 Visualizações

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PEREIRA, Vhalléria

Resenha Crítica

MOREIRA, Marco Antonio. O Professor-Pesquisador como Instrumento de Melhoria do Ensino de Ciências. In: ______. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991. p. 91-108.

O autor disserta em seu texto que, a pesquisa em ensino durante muito tempo foi conduzida com o enfoque basicamente quantitativo em que, essa pesquisa interferia de maneira estatística, isto é, em números, uma realidade aplicável a população e realizada de forma manipulada. Entretanto, é mencionado que esse enfoque é criticado com argumento de que tais realidades não exitem independente de esforços mentais para moldar e criar.

Nesse texto, o autor, deixa claro que o debate entre pesquisa qualitativa e quantitativa vem aumentando nos últimos anos. Há quem considere totalmente incompatíveis e os que consideram até advogam a complementariedade e plena cooperação entre ambas. Contudo, a pesquisa qualitativa e quantitativa devem ter uma abordagem interpretativa, etnográfica á pesquisa em ensino.

Em sua abordagem, o autor indica como promissora as teorias de aprendizagem,  cognitivista, que ocupa da cognição no ato de conhecer; Construtivista, por supor que o conhecimento humano é construído; Significativa, por enfatizar significado e promover uma aprendizagem não mecânica. Além disso, expressa que a pesquisa em ensino possui metodologias e bases conceituais para prosseguir e progredir mas, que há um problema sério para se resolver, seu distanciamento em relação a sala de aula.

O autor cita que, o pesquisador em ensino é muitas vezes externo à sala de aula já que,  observa, coleta os dados a qual se interessam e finalizam suas pesquisas como um artigo, não  apresentam retorno a sala de aula, ou melhor, ao ensino, a pesquisa será publicada em alguma revista especializada ou ainda, apresentado em algum congresso, artigo esse que apenas chegará em alguns colegas pesquisadores que iram discutir ou criticarem o estudo feito, seguindo determinadas normas acadêmicas. Pensando assim, de fato, a pesquisa em ensino não chegam a sala de aula, uma vez que, alcançam somente a órbita acadêmica.

Talvez o problema não esteja em chegar os resultados de pesquisa ao professor, mas em marginalizar ou ainda impedir a participação do professor na condução da pesquisa na qual, o pesquisador geralmente considera o professor despreparado para fazer sua pesquisa, como também se julgam na posição de lhe dizer como devem conduzir seu ensino. No entanto, como o autor cita os professores podem aprender a coletá-los e talvez estejam em melhores condições de fazê-lo do que pesquisadores externos.

No ensino de ciências, os pesquisadores muita vezes criam situações experimentais as vezes completamente artificiais para estudar esses fenômenos de interesses. O autor cita que, por outro lado os professores trabalham com situações reais de sala de aula, porém o autor em seu texto sugere porque então não coletam dados a cerca desses fenômenos? Por que não pesquisar em ensino? O que são indagações pertinentes.

O autor segue dizendo que um dos motivos pelo qual a pesquisa quantitativa é em parte responsável no fato de professor não sentirem habilitados a fazer pesquisa, por desconhecerem os padrões da pesquisa experimental ou correlacionais, ou por não saberem aplicar as técnicas correspondentes, uma vez que a pesquisa qualitativa não implica tratamentos experimentais e a estatística, quando usada e bastante elementar. Porém, ainda assim dar ao professor a impressão de que coleta e interpretação de dados exigem certas habilidades que só exigem certas habilidades que só pesquisadores têm. Contudo, o autor alega se tratar de uma concepção errônea, adquirida espontaneamente ou transmitida ao professor por pesquisadores.

O autor argumenta com contribuição de Erickon (1986, p.157), em relação ao procedimento quantitativo que defende uma posição similar no qual, o método interpretativo de pesquisa são intrinsecamente democrático, não se precisa de treinamento democrático, não se precisa de treinamento para ser capaz de entender resultados. Outro motivo que se colocam como empecilho do professor na pesquisa em ensino é que representa uma sobrecarga de trabalho para ele.

É exposto que, pesquisar o ensino é sobretudo refletir criticamente a respeito da prática docente. E quem está mais habilitado a refletir sobre isso se não o professor? Se todo profissional deve, constantemente, refletir acerca de sua prática. Salienta ainda que é importante para o professor pensar criticamente o ato de ensinar.

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