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O Serviço Social

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Por:   •  19/3/2014  •  6.621 Palavras (27 Páginas)  •  266 Visualizações

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Anhanguera –

Serviço Social – Fundamentos Históricos e Teórico-MetodoLógicos do Serviço Social I

O nascimento do Serviço Social

Prof.ª Jôsi (À Distância)

Prof. Ana Aparecida (Presencial)

São Paulo, 8 de outubro de 2013.

Um filme como "Tempos Modernos", de Charles Chaplin que por si só já pode ser considerado um clássico, pois conseguiu ao longo de toda a sua produção realçar a linguagem, a estética, o formato e o conteúdo das produções cinematográficas, sendo considerado por muitos como um dos maiores, senão o principal, entre todos os cineastas do século XX, se ajusta como uma luva no conceito de clássico.

Há várias seqüências que são geniais desde o princípio do filme. Entretanto, as que ocorrem dentro das fábricas constituem-se em trechos antológicos, que se não estão, deveriam ser colocados entre os mais importantes e significativos da história do cinema mundial, como por exemplo, o trecho em que é engolido pelas engrenagens das máquinas da empresa onde trabalha como operário ou, numa etapa posterior da história, quando um mecânico com o qual trabalha Chaplin fica preso no meio do maquinário.

Há uma simbologia específica que permeia tais momentos do filme, como no caso da primeira seqüência descrita, representativa no sentido de apresentar a crítica chapliniana em relação à modernidade, a forma como estamos lidando com o avanço da tecnologia, o modo como estamos sendo integradas as engrenagens dentro de um sistema, como se fossemos também molas que complementam e articulam o movimento das máquinas.

Na parte em que o mecânico fica retido entre rolos, parafusos e demais mecanismos que movimentam a fábrica, a ironia se dá por conta das atitudes de Chaplin no momento em que é acionado o apito que sinaliza a hora do almoço, mesmo diante da situação de dificuldade vivida por seu imediato superior, o operário vivido por Chaplin deixa de tentar auxiliá-lo em sua tentativa de sair da enrascada em que se encontra, pega sua marmita e começa a comer.

As reclamações do mecânico-chefe são encaradas pelo operário como sendo provenientes da fome e da vontade de almoçar do mesmo!

O que poderia ser considerado como mais um dos vários momentos cômicos do longa-metragem é mais uma crítica social, relacionada à sujeição do homem contemporâneo a escravidão do relógio, com seus horários todos pré-estabelecidos, com seu almoço ou seu jantar atrelado a determinados momentos específicos do dia, mesmo que em alguns dias, não estejamos com fome; com seu lazer estipulado para os finais de semana ou para as folgas alternadas das escalas e turnos estabelecidos pelas empresas; com suas férias tendo que ser vividas no prazo que for dado pelas companhias e assim vai, com os ponteiros oprimindo a espontaneidade e a criatividade dos homens.

No início do filme, quando um grande relógio nos mostra a hora da entrada dos operários na fábrica, os enquadramentos se deslocam rapidamente para um amontoado de homens apressados, dirigindo-se a seus empregos e, num rápido corte e edição, esses trabalhadores foram substituídos por ovelhas e carneiros, numa alusão ao fato de que estamos trafegando nesse mundo sem uma clara definição de nossos rumos, seguindo as orientações de "pastores" que não conhecemos em grande parte dos casos.

Em variados momentos, o filme nos apresenta possibilidades de refletir sobre situações relativas ao trabalho no mundo industrial e as relações entre patrões e empregados. Uma dessas situações apresentadas nos mostra Chaplin desempregado, vagando pelas ruas, próximo a uma esquina, quando um caminhão ao fazer a curva, deixa cair uma bandeira de segurança atrelada a carga que supomos ser vermelha, tendo em vista a prática adotada em casos como o descrito.

Imediatamente ele pega a bandeira e faz sinais para o caminhoneiro tentando avisá-lo da perda de tal objeto e começa a caminhar na direção do veículo, nesse exato instante, uma passeata de trabalhadores em greve vira a esquina e se locomove na mesma direção de Chaplin, que por ter em suas mãos uma bandeira vermelha e estar à frente dos demais, pode ser entendido como líder desse movimento de operários

Entra em cena a polícia que o acaba prendendo como responsável pela agitação. Como não poderia deixar de ser, Chaplin nos faz rir e nos faz chorar, alimenta nossas emoções num vai-e-vem constante, como se estivéssemos numa autêntica montanha-russa parece estar numa constante busca pelo nosso lado mais humano, parece estar tentando nos estimular a viver com maior intensidade essa nossa humanidade essencial.

Questão Social no Brasil

A expressão “Questão Social” tem um histórico recente, que começou a ser utilizada na terceira década do século XIX, que surge para nomear o fenômeno de pauperismo da população trabalhadora, resultado do capitalismo industrial que crescia e aumentava na mesma proporção dando as diferenças entre as classes sociais, com dificuldade de sobrevivência, miséria, fome, falta de moradia, rotina de trabalho que leva ao desgaste físico e emocional, e a consciência dessa classe e a luta política contra seus opressores, sendo que há uma contradição da sociedade em que o homem tem acesso a cultura, natureza , ciência e as forças produtivas do trabalho social e do outro lado cresce a concentração , acumulação de capital e aumento da miséria.

Valores como a satisfação pessoal do trabalhador e seu bem estar vêm ganhando espaço no mercado de trabalho: hoje é possível trabalhar do computador ou celular, o que poupa tempo de deslocamento até o local de trabalho e tem impactos evidentes sobre a qualidade de vida. Essa tendência de valorização das necessidades do trabalhador ainda é, no entanto, um privilégio das classes média e alta, que tem maior acesso à tecnologia, as universidades e, consequentemente, compõe a mão de obra qualificada do mercado de trabalho.

A parcela mais pobre da

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