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O Sistema Keynesiano

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Por:   •  8/4/2014  •  1.420 Palavras (6 Páginas)  •  692 Visualizações

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O SISTEMA KEYNESIANO (I): O PAPEL DA DEMANDA AGREGADA

A teoria Macroeconômica Keynesiana cuja principal característica é o papel do governo e de sua politica fiscal ( impostos e gastos governamentais ) na determinação do nível de produto e da renda de agregados. Trata-se de uma teoria desenvolvida em função da grande depressão de 1929-1933 e que ainda se mantém na moda nos dias de hoje.

O PROBLEMA COM DESEMPREGO

• Até a grande depressão de 1929-33, a questão do desemprego não causava maiores preocupações. A maioria dos economistas – formados na tradição clássica – acreditava que, eventualmente, poderia surgir algum desemprego, mas era um fenômeno temporário que, logo, seria eliminado pelo próprio mecanismo e atuação livre das forças de mercado. Esta crença dos clássicos de que o pleno emprego da mão-de-obra era a situação natural e normal da economia, baseava-se, fundamentalmente, na chamada “Lei de Say”, segundo a qual “a oferta cria sua própria demanda”. Em outras palavras, por trás da Lei de Say está o raciocínio de que os indivíduos só ofertam seus recursos produtivos – como os serviços de mão-de-obra , porque desejam comprar bens e serviços. Assim, se um aumento da oferta de serviços de um indivíduo produzisse 10 unidades de produtos adicionais, haveria automaticamente um aumento da demanda por bens e serviços no mesmo montante. Em consequência, tudo o que fosse produzido seria consumido, não havendo razões para sub produção ou superprodução, logo não sobraria nem faltaria produto.

Esta visão clássica dos problemas econômicos sempre foi aceita sem maiores contestações até a Grande Depressão do início dos anos 30.Com o aprofundamento da crise econômica de 1929-33 e não havendo qualquer sinal de que a economia americana (e europeia) poderia se recuperar através da atuação das forças de mercado, os pressupostos da teoria clássica começaram a ser questionados. Isto propiciou o aparecimento de uma nova teoria para explicar, de forma mais convincente, o fenômeno da crise e sua consequência mais evidente e direta: o desemprego em massa. Esta nova escola, que deu uma verdadeira virada na forma de enfocar os problemas macroeconômicos, teve seus princípios e hipóteses expostas no livro “Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda”, publicado em 1936 pelo economista inglês John Maynard Keynes – e que provocou uma verdadeira revolução no pensamento econômico. Esta nova interpretação dos fenômenos macroeconômicos modernos conhecidos como “Teoria Keynesiana” se assenta em três proposições importantes relativamente simples, a saber:

I - Desemprego: ao contrário dos economistas clássicos, Keynes argumentou que as forças de mercado de uma economia poderiam não ser suficientemente fortes para levar a economia ao pleno emprego. Na realidade, o equilíbrio macroeconômico poderia ocorrer em um nível com desemprego em grande escala;

II- Causa do desemprego: na interpretação de Keynes, o desemprego era o resultado de gastos muito baixos em bens e serviços; ou seja, o desemprego era devido essencialmente a uma “demanda agregada insuficiente”;

III- Remédio para o desemprego: para acabar com o desemprego, a única saída é aumentar a demanda agregada. E, para Keynes, a melhor maneira para isso era “aumentar os gastos governamentais.

• A DEMANDA E OFERTA AGREGADAS

A teoria keynesiana está voltada para a chamada “determinação do nível da renda nacional de equilíbrio” – no sentido de que a oferta agregada, isto é, a produção total de bens e serviços de uma economia, seja igual à demanda agregada, ou seja, os dispêndios da coletividade com estes bens e serviços. A abordagem keynesiana afirma que a demanda agregada determina o nível da oferta agregada e, consequentemente, o nível da renda de equilíbrio. Mais importante ainda, este equilíbrio entre oferta e demanda agregadas pode ocorrer em um ponto abaixo do nível de pleno emprego. Ou seja, a economia está em equilíbrio mas com desemprego de mão-de-obra e com fábricas produzindo aquém de sua capacidade de produção. Para que a economia atinja o nível do pleno, é necessário que a demanda agregada seja aumentada através do aumento de qualquer de seus componentes, o que chamam de demanda agregada (DA) é o resultado da soma das compras de diferentes agentes econômicos, a saber:

a) gastos de consumo privado (C ) - que são os dispêndios dos indivíduos em bens e serviços, como alimentação, vestuário, automóveis, viagens, lazer, etc.

b) investimentos (I) - que são as compras de máquinas e equipamentos e edificações pelas empresas, mais as adições desejadas ou voluntárias de estoques (não incluindo, portanto, o aumento não-planejado de estoques, isto é, os produtos não- vendidos devido a uma insuficiente demanda);

c) gastos do governo (G) - aí incluídos os dispêndios governamentais com compras de bens e serviços e com o pagamento de funcionários, para o bom funcionamento da administração pública.

• FUNÇÃO CONSUMO

Entrando superficialmente na função consumo como mostra na tela abaixo:

O valor de b situa-se no intervalo entre 0 e 1, valendo notar que este valor, como já se disse, é bastante estável ao longo do tempo, significando dizer que se a PMC de uma sociedade é, digamos, 0,8 ( oque equivale dizer que corresponde a 80% da renda disponível), este valor tende a permanecer em torno desse valor por vários anos.

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