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O Sorriso De Monalisa

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Por:   •  9/10/2013  •  748 Palavras (3 Páginas)  •  1.167 Visualizações

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Analise do Filme “O Sorriso de Monalisa”

O filme “O sorriso de Monalisa” (que faz referencia a Mona Lisa, obra de Leonardo Da Vinci) conta história de uma professora recém-graduada (Katharine Watson, protagonizada pela Julia Roberts) que é contratada para ministrar aulas de História da Arte na conceituada escola Wellesley, nos idos de 1953 nos EUA. O principal objetivo da instituição era preparar suas alunas para tornarem-se excelentes esposas e donas de casa. Diante do conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide encarar as regras preestabelecidas para expor o seu método de ensino e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida. Assim a atuação desta docente gerou embates com a sociedade, a escola e suas alunas.

Ao longo do filme é possível distinguir duas situações aparentemente conflitantes: se por um lado, percebemos nas alunas, nas suas famílias, em grande parte dos professores, na concepção de educação e na direção da escola uma tendência pedagógica tradicional, por outro, a professora Katharine Watson incorpora o que podemos chamar de tendência progressista.

À luz da primeira corrente (tradicional), podemos observar que o foco da escola é no professor, uma espécie de “dono da verdade”, distante dos alunos, um repassador de conhecimentos, onde os educandos são meros receptores de informações e o conhecimento que o aluno já possui não é levado em consideração. Nessa tendência não há espaço para a construção mútua do conhecimento, o que o professor diz é inquestionável, cabe ao aluno apenas reproduzir o que aprende ou memoriza.

Outro foco presente é o do conteúdo pelo conteúdo. Nessa perspectiva, a escola objetiva apenas reproduzir os conhecimentos e os valores da sociedade como verdades absolutas, sem objeções ou reflexões sobre os mesmos. A principal função da escola é realizar a preparação intelectual e moral de suas alunas para assumirem seus papéis de esposas submissas e donas de casa exemplares. Cabe observar que esta visão transcende os muros da escola, ela está arraigada na sociedade e na família das alunas. Estas, inicialmente, também reproduziam estes valores. No entanto, as suas concepções sobre suas vidas, seus valores e sua sociedade são modificadas à medida que a professora Katharine, por meio de sua proposta de ensino, começa a despertar o pensamento crítico em suas alunas.

A perspectiva progressista está presente em vários momentos do filme. Ela pode ser observada na relação professor e aluno, onde a professora orienta, problematiza, promove a discussão entre e com os alunos: “não há resposta errada”, “não há livros lhes dizendo o que achar”, “não está na apostila”, “formar líderes do amanhã e não esposas”. Ela mantém uma atitude calma, reflexiva, consciente, aberta e transformadora ao se apresentar como mediadora do processo de aprendizagem capaz de compreender a dinâmica da exclusão social, incentivando suas alunas a se tornarem críticas, criativas e autônomas.

Os conteúdos apresentados e discutidos na sala de aula transcendem os seus limites físicos, são colocados frente à realidade social das alunas, por meio de uma perspectiva crítica, chamando-as à reflexão. Assim demonstra-se a constante intenção de educar da professora,

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