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ANÁLISE DO FILME O SORRISO DE MONALISA

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Por:   •  17/10/2014  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  15.179 Visualizações

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ANÁLISE SOBRE O FILME “O SORRISO DE MONALISA”

1. Referência:

O Sorriso de Mona Lisa. Produção de Mike Newell. EUA. Columbia Pictures Corporation, Revolution Studios e Red Om Filmes, 2003. Duração 125 minutos.

1.1 No início do filme é afirmado que “Katherine Watson tinha em inteligência o que lhe faltava em pedigree”. Que interpretação você faz dessa assertiva no contexto acadêmico?

Tomando por base o termo pedigree que significa genealogia e/ou linhagem, Katherine Watson era desprovida de tal pelo fato de suas ideias progressistas destoarem de todo o corpo docente a qual pertencia. Com postura liberal, com uma boa formação acadêmica e centrada em seus ideais, Katherine começou a disseminar suas ideias em meio às tradições do Colégio de Wellesley. Era tida, muitas vezes, como subversiva, portanto, dentro do contexto acadêmico, sem pedigree.

1.2 Como é descrito o processo de conhecimento no filme?

O processo de conhecimento do filme é descrito de duas formas: a tradicional e a progressista. Sob a perspectiva da primeira, o conhecimento é repassado dos professores para as alunas, através de livros, apostilas e imagens previamente conhecida por elas. Desse modo, as alunas são educadas para uma única visão de mundo e são ensinadas a decorar as informações sem refletir sobre as mesmas. Num outro momento do filme, após a chegada da nova professora de História da Arte, o conhecimento é visto como forma de desenvolver a criticidade entre as alunas e é tido como meio para grandes transformações.

1.3 Como você descreve a atitude das alunas de Wellesley diante das primeiras aulas da professora Katherine?

Diante de um ensino extremamente conservador e tradicional, as alunas de Wellesley eram preparadas, apenas, para absorver conhecimentos, decorar textos, livros e treinar bons comportamentos matrimoniais. Assim, nas primeiras aulas que Katherine ministrou, as alunas queriam demonstrar superioridade em relação à inexperiente professora e intimidá-la. Para isso, utilizaram-se de um vasto conhecimento (decorado) que possuíam.

1.4 Há um “momento” em que há uma ruptura na metodologia da professora Katherine. Essa mudança metodológica implica em uma mudança epistemológica? Justifique sua resposta.

Não, pois a professora Katherine apenas mudou o método de ensino. Passou a utilizar imagens e textos fora dos padrões que as alunas estavam acostumadas, para mostrar, assim, que a arte é muito mais do que observar, decorar e descrever. Desse modo, houve apenas uma mudança metodológica, e as idéias liberais que a professora queria passar continuaram as mesmas.

1.5 A professora faz a seguinte afirmação em sala de aula: “Vamos abrir nossas mentes a ideias novas”. Que interpretação pode ser feita na perspectiva do Conhecimento Científico?

Assim como a professora queria mudar as visões restritas que as alunas dela tinham, o conhecimento científico permite, também, mudanças. Não há uma verdade universal e, por isso, o conhecimento científico é mutável, ou seja, se adapta às novas descobertas. Esse era o propósito de Katherine em relação às suas alunas, fazê-las se adaptarem ao que de novo estava acontecendo e ao que de novo estava por vir.

1.6 A professora Katherine referindo-se ao artista Van Gogh afirma: “Nós o encaixotamos e pedimos a vocês que o copiem. A escolha é sua. Podem se conformar ao que esperam de vocês ou podem... Esse discurso é interrompido pela chegada de uma aluna. De que forma essa afirmação poderia ser complementada para tornar-se coerente com a ideologia que o filme mostra?

“... ou podem fazer muito mais do que o esperado, afinal vocês podem mudar a História, vocês são a História.”

1.7 “O que os acadêmicos do futuro dirão ao nos estudarem”? Esse questionamento é retirado do contexto histórico e social de 1954. Trazendo para o nosso contexto atual, ou seja, daqui a cinquenta anos, o que os acadêmicos dirão de nós?

De posse de conhecimentos acessíveis, informações rápidas e de um grande aparato tecnológico que o “saber” dispõe atualmente, os estudantes contemporâneos são “engolidos” por essa nova Era Digital. Ao mesmo tempo em que o conhecimento nunca esteve tão alcançável, ele também sofre os efeitos da pressa e do comodismo atual. Alunos interessados e capazes de magníficas descobertas se entregam às facilidades e comodidade que os websites proporcionam e desacreditam, assim, em grandes mudanças. A educação hoje está carente de novos idealizadores, de novos militantes, de novas ideias a serem erguidas e defendidas, de novos questionamentos e críticas sobre o mundo ao nosso redor e talvez, só depois dessas mudanças é que a produção do conhecimento científico atual fará jus mais tarde, ao título de Começo da Era Digital que, supostamente, ganharemos dos futuros acadêmicos. Estes, por sua vez, de posse de novos conhecimentos, terão uma visão de “superioridade” em relação a nós, como acontece naturalmente no decorrer da História.

2 O nome dado ao filme: “O Sorriso de Mona Lisa”, fazendo referência ao quadro pintado por Leonardo Da Vinci, quadro que passa por diversas discussões a respeito de quem ou a que o pintor teria se inspirado, no filme tem papel primordial, quando é enfocada a seguinte questão: a mulher pintada no quadro estaria alegre ou não? Com base nessa pergunta é possível refletir:

2.1 Se aquelas mulheres, que estudavam no colégio Wellesley e direcionavam seus valores, suas vontades, suas vidas para o casamento, a casa, o marido e os filhos, eram mesmo felizes como diziam ser ou como esperavam ser. O que pode ser dito a respeito?

Pelo que se pode observar no filme e de acordo com a fiel realidade que ele aborda, as mulheres relatadas eram criadas, desde muito cedo, para seus destinos de esposa, mãe e dona de casa. Porém, esse sonho de um marido ideal, de uma casa perfeita e de uma família bem estruturada nem sempre era condizente com a realidade. A sociedade retratada pelo filme preocupa-se muito com a aparência (não muito diferente do que acontece hoje). Por isso, as mulheres abriam mão de sua felicidade para permanecerem fiel às tradições, às normas aceitas pelo meio em que se encontravam. É através desse comportamento que “O Sorriso de Mona Lisa” de Da Vince é abordado, porque nem sempre o que aparenta ser, é. O mistério que cerca a obra de Da Vince era o mesmo que rondava o pensamento das mulheres do filme: Será mesmo que eu estou sendo feliz ou estou aparentando ser? A vitória dessa época acontecerá quando a felicidade for colocada como princípio da vida e como combustível para as mudanças.

2.2 Que ideal de vida ou sistema de crença (paradigma) as sustentavam?

Seus ideais se resumiam ao que, tradicionalmente, eram-lhes ensinados, ou seja, elas deveriam estudar e logo em seguida constituírem uma família, estruturada sob a figura do marido. Uma família na qual a mulher não poderia realizar-se profissionalmente, pois seu trabalho (ensinado minuciosamente) era o de manter o lar, os filhos e seu esposo. As poucas que ainda pensavam em construir uma carreira profissional eram vencidas pela própria sociedade que as ensinava a escolherem entre uma profissão e uma família sem elencar a possibilidade de conciliação das duas coisas.

2.3 Esse ideal e a formação que elas obtinham, permitia que as mesmas construíssem sua própria identidade, sua própria personalidade? Justifique sua resposta.

Não, visto que se os seus desejos fossem diferentes da maioria, eles eram "podados" para que não se "proliferassem". A identidade dessas mulheres era regida pela sociedade, pelos costumes e tradições, diminuindo-as frente aos homens. A formação que tiveram, limitada ao conhecimento pragmático, não fazia da maioria delas, mulheres críticas e ousadas, mas sim mulheres manipuladas.

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