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O conceito de tática

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Por:   •  2/11/2014  •  Tese  •  3.946 Palavras (16 Páginas)  •  274 Visualizações

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O conceito de tática que deriva do grego - taktiké - significa a arte de manobrar (tropas), sendo qualquer elemento componente de uma estratégia, com a finalidade de se atingir uma meta num determinado empreendimento, quer seja ele profissional, esportivo ou etc. Sendo a tática uma capacidade senso cognitiva que se baseia em processos psicofisiológicos, através da captação e transmissão de informações advindas do meio (o jogo, por exemplo), a sua interpretação e a elaboração de respostas, tendo como base os conhecimentos pré-adquiridos, objetivando a melhor solução para um determinado problema (DE ROSE JÚNIOR e TRÍCOLI, 2005).

A tática aplicada ao Basquetebol é alusiva à utilização de recursos para definir situações dentro de uma equipe, englobando os sistemas de jogo, quer sejam defensivos ou ofensivos, situações coletivas ou individuais, podendo ser resumida no “o que fazer” para resolver uma determinada situação-problema durante uma partida (OLIVEIRA, 2012). Subdividida em tática individual e coletiva, onde esta primeira é a capacidade que um atleta tem para executar os fundamentos do jogo de acordo com situações momentâneas, tais como a sua posição na quadra, as atitudes do adversário, as exigências da equipe técnica, o contexto do certame e etc., e, engloba três momentos distintos:

Num primeiro, onde o jogador observa o que ocorre na quadra, levando em conta o posicionamento e as características de jogo de seus companheiros e adversários. Segundo, é feita a escolha da resposta a ser dada, em função do que foi identificado no meio. E, por fim, o gesto técnico é executado. Este processo todo é conceitualmente denominado de - tomada de decisão - e constitui o elemento central da tática (DE ROSE JÚNIOR e TRÍCOLI, 2005).

Já a tática coletiva, se apoia na própria tática individual e reúne pequenos núcleos de jogadores, ou até a equipe toda, abrangendo circunstâncias mais complexas e que dependem de um sincronismo de ações, que após serem predefinidas, configuram as diferentes estratégias desportivas, que por sua vez, buscam a visão do “macro”, do conjunto, de forma sistêmica, relativamente ao jogo, pois a tática individual ocupa-se da visão “micro”, no sentido particular em relação ao todo, e, a tática coletiva, quando aplicada ao Basquetebol, constitui-se do plano teórico de (re) organização da equipe a curto, médio ou em longo prazo (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).

Estas mesmas estratégias são definidas por fatores como o tipo e a duração de uma temporada/competição, o material humano disponível, os adversários, situações momentâneas de uma competição/jogo, a classificação da equipe na tabela, ou seja: a estratégia é responsável pelas adequações necessárias para se alterar o planejamento da equipe, onde outros três aspectos também são fundamentais:

Primeiro, a estratégia a ser estabelecida a partir de um objetivo principal e outros específicos. Segundo, deve-se elaborar o planejamento prévio da atuação a curto, médio e longo prazo. E, por fim, todos os aspectos que interferem na atuação da equipe devem ser considerados (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003). Assim, a estratégia consiste no “saber o que fazer”.

No que tange aos sistemas de jogo, em razão do Basquetebol ter se desenvolvido exponencialmente, estudiosos e técnicos desenvolveram métodos que pudessem maximizar os resultados, quer sejam alusivos aos processos defensivos ou ofensivos. Dentre esses, citam-se uma variedade de estratégias defensivas que enfatizam a redução da diferença no placar, sempre vislumbrando anular os sistemas ofensivos, sendo as táticas defensivas os principais fatores do estilo de jogo de uma equipe.

Assim, partindo da intencionalidade de discutir e analisar o Basquetebol, enquanto desporto mundialmente difundido, o presente texto propõe fazê-lo a partir de uma perspectiva tática que envolva os principais sistemas de defesa e ataque na modalidade.

Sistemas de defesa no basquetebol

O ato de defender envolve alguns princípios fundamentais, como primeiro marcar, antecipando-se aos gestos técnicos dos adversários; cumprir com sua missão específica na marcação; ajudar na marcação de outros jogadores; e deslocar-se em função da movimentação dos adversários e da bola.

A defesa inicia-se, imediatamente, quando a equipe ofensora perde a posse de bola, o que resulta na transição defensiva, podendo ser subdividida em - defesa temporária - através do prolongamento da transição defensiva, tendo o defensor que retornar à sua quadra em linha reta e o mais rápido possível, na intenção de não predispor vulnerabilidade a sua equipe; a - defesa organizada - que consiste no período em que os jogadores ocupam suas posições específicas no campo defensivo; e, a - defesa em sistema - que se dá logo após a ocupação destas posições específicas de defesa, resultando na realização das ações táticas, na intenção de impedir ou dificultar as movimentações e as finalizações (REIS, 2005).

No Basquetebol, existem dois tipos básicos de defesa: um, que se baseia na marcação por zona ou por regiões da quadra, onde o jogador responsabiliza-se por uma determinada área do campo de jogo, e, outro que se fundamenta na marcação, específica, de um determinado jogador, denominada de marcação individual. Cada equipe deve preferir uma das duas marcações, dependendo das características da equipe adversária, das suas próprias particularidades e/ou a situação específica de um jogo/competição.

A marcação por zona

Historicamente a marcação por zona foi criada no ano de 1910, nos Estados Unidos, tendo como principais objetivos dificultar as infiltrações e os rebotes dos oponentes; facilitar os rebotes defensivos; viabilizar os contra-ataques e a volta à defesa; a diminuição do número de faltas e o aproveitamento de jogadores menos rápidos, tendo como principal eficiência o enfrentamento de equipes deficientes nos arremessos de curta e média distâncias, com maus passadores e eficientes nas infiltrações (REIS, 2005). Em contrapartida, exige melhor treinamento de conjunto e comunicação entre os defensores,

Alguns tipos de marcação por zona podem ser ilustrados, a exemplo da 2x1x2; utilizada quando a equipe ofensora possui jogadores habilidosos no confronto individual, mas que apresenta deficiências nos arremessos de média e longa distâncias. Características, basilares, que devem ser consideradas sempre que se opta em marcar por zona.

Portanto, com a configuração

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