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O feitiço da Bahia - de 1796 a 1798

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Por:   •  3/7/2014  •  Tese  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  188 Visualizações

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Conjuração Baiana - 1796 a 1798

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No final do século 18, a Bahia foi o palco de uma revolução social, que buscava a proclamação de uma República Bahinense, com igualdade de direitos para todos: a Conjuração Baiana. Seguia os ideais de liberdade que fluíam no século 18 e envolveu intelectuais, donos de engenho, escravos, artesãos, militares, padres, brancos, negros, pobres e ricos.

FASES DA CONJURAÇÃO : O movimento teve duas fases distintas:

A primeira fase iniciou-se em 1796, por parte da elite baiana. Esperavam apoio militar da França para deflagrar a sedição, mas, sem reposta dos franceses, retraíram-se após as primeiras repressões no ano seguinte.

A segunda fase, foi uma retomada da primeira, mas com participação ativa das camadas mais populares. Acredita-se que agiam com apoio ou a mando de baianos ricos e influentes, como demonstra Patrícia Valim, em sua tese de doutorado de 2012. A historiadora também revela as negociações econômicas e as disputas de poder, nos bastidores do movimento, envolvendo o governador da Bahia e os conjurados ricos.

RELATO HISTORICO

Na época, Salvador tinha cerca de 60 mil habitantes, era a maior cidade do Brasil. Com a queda na produção de ouro e diamantes, em Minas Gerais, a Bahia voltava a ser a capitania mais rica da América Portuguesa, com sua produção de açúcar, tabaco e algodão.

Brasileiros brancos tinham geralmente limites em suas aspirações profissionais, em comparação aos portugueses. Negros e pardos sofriam com uma sociedade racista. Membros da elite reclamavam dos impostos e da falta de liberdade comercial. Soldados reclamavam dos baixos soldos. A indústria de manufaturas era proibida, o que explica o grande número de artesãos na cidade. Salvador era o principal porto do Brasil, mas só navios portugueses podiam atracar.

A sociedade baiana era, em grande parte, dominada pelas irmandades religiosas das ordens terceiras e outras instituições católicas. Existiam as irmandades dos negros, as irmandades dos pardos e as irmandades do brancos, cada uma com sua igreja. Essas irmandades não eram formadas por padres, que tinham suas próprias ordens religiosas e suas próprias igrejas.

A grande quantidade de igrejas, em Salvador, tinha imensa razão social. Por exemplo, entre as mais poderosas irmandades da Cidade estavam a da Ordem Terceira de São Francisco, a da Ordem Terceira do Carmo e a da Ordem Terceira de São Domingos Gusmão. Enquanto a maçonaria ganhava força nos países protestantes, como os EUA, na Bahia, as ordens terceiras competiam por prestígio e poder. Provavelmente, grande parte das discussões sobre a Conjuração Baiana ocorreu nessas sociedades católicas.

Os conjurados esperavam a adesão imediata da maior parte da população. O governador ordenou uma devassa para descobrir os envolvidos. Alguns dias depois, ordenou-se a prisão do requerente de causas Domingos da Silva Lisboa, pois sua letra foi considerada parecida com a dos panfletos.

É provável que muitos dos conjurados tenham sido avisados das denúncias ou perceberam a movimentação das tropas, pois poucos compareceram à reunião. Esperava-se pelo menos 200 participantes, mas apenas 14 compareceram, incluindo os denunciantes,

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