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O termo Bioética significa ética na vida

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Por:   •  21/9/2013  •  Artigo  •  601 Palavras (3 Páginas)  •  702 Visualizações

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Bioética.

A Bioética é uma ética aplicada, chamada também de “ética prática”[1], que visa “dar conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida e da Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores (chamado também de “ética”). Como tal, ela se distingue da mera ética teórica, mais preocupada com a forma e a “cogência” (cogency) dos conceitos e dos argumentos éticos, pois, embora não possa abrir mão das questões propriamente formais (tradicionalmente estudadas pela metaética), está instada a resolver os conflitos éticos concretos. Tais conflitos surgem das interações humanas em sociedades a princípio seculares, isto é, que devem encontrar as soluções a seus conflitos de interesses e de valores sem poder recorrer, consensualmente, a princípios de autoridade transcendentes (ou externos à dinâmica do próprio imaginário social), mas tão somente “imanentes” pela negociação entre agentes morais que devem, por princípio, ser considerados cognitiva e eticamente competentes. Por isso, pode-se dizer que a bioética tem uma tríplice função, reconhecida acadêmica e socialmente: (1) descritiva consistente em descrever e analisar os conflitos em pauta; (2) normativa com relação a tais conflitos, no duplo sentido de proscrever os comportamentos que podem ser considerados reprováveis e de prescrever aqueles considerados corretos; e (3) protetora, no sentido, bastante intuitivo, de amparar, na medida do possível, todos os envolvidos em alguma disputa de interesses e valores, priorizando, quando isso for necessário, os mais “fracos. Mas a Bioética, como forma talvez especial da ética, é, antes, um ramo da Filosofia, podendo ser definida de diversos modos, de acordo com as tradições, os autores, os contextos e, talvez, os próprios objetos em exame.

Bioética na questão da célula tronco.

Recentes avanços nas pesquisas com células-tronco embrionárias têm proporcionado grande entusiasmo aos pesquisadores quanto à perspectiva de sucesso no tratamento de algumas enfermidades, a exemplo da doença de Parkinson, doença de Alzheimer e do diabetes melitus tipo 1. Simultaneamente, resultados promissores neste campo da área biomédica também têm concorrido para proporcionar acirrados debates éticos, sempre presentes quando do advento de novas tecnologias.

O principal desafio ético no tocante à obtenção das células-tronco embrionárias para uso terapêutico cinge-se à origem das mesmas. Não obstante haja comprovação de que as células-tronco do adulto também são capazes de se diferenciar, as pesquisas nessa área nos conduzem a selecionar, preferencialmente, células provenientes de pré-embriões (blastocistos) com idade entre 5 a 7 dias de desenvolvimento.

Um dos conflitos éticos para a escolha de pré-embriões na obtenção decélulas totipotentes consiste justamente em selecionar a origem dos mesmos. De onde obtê-los? De material procedente de abortos? De pré-embriões criopreservados? O estatuto doembrião é o mesmo, seja no útero, seja in-vitro? Qualquer que seja a fonte, inicia-se semprea discussão ética sobre o estatuto moral do embrião. Indaga-se: qual o grau de respeito quese deve ter para com o mesmo? Há quem julgue que o embrião é defensável por seconstituir em um ser

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