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O uso e os benefícios do roteamento de software no gerenciamento de transporte

Relatório de pesquisa: O uso e os benefícios do roteamento de software no gerenciamento de transporte. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/4/2014  •  Relatório de pesquisa  •  5.006 Palavras (21 Páginas)  •  396 Visualizações

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Usos e Benefícios de Softwares de Roteirização na gestão de Transportes

1. Introdução: a logística no Brasil

Como vem acontecendo em todo o mundo, a logística no Brasil vem se tornando um negócio de grandes proporções. Pesquisa realizada pelo Centro de Estudos em Logística do Coppead (Marino, 2003) com 93 indústrias das 500 maiores empresas do país apontou que a logística no Brasil movimenta cerca de R$ 160 bilhões ao ano. Segundo a mesma pesquisa, os gastos logísticos representam, em média, 7% do faturamento dessas empresas, sendo que, em alguns setores, como por exemplo o de bebidas, atingem a marca de 12%. Além disso, outra característica que vem chamando a atenção é que o setor de logística está crescendo muito rapidamente, tanto em termos de importância dentro das empresas, quanto no tamanho dos prestadores de serviços logísticos. De acordo com Marino (2003), em 42% das empresas pesquisadas o principal executivo de logística exerce o cargo de diretor, em 59% delas, de gerência sênior, e em 9%, de gerência intermediária. O dado interessante é que em nenhuma dessas empresas esse executivo exerce o cargo de gerente operacional, o que demonstra que a logística vem ganhando importância a nível estratégico comparada a anos atrás, em que ela era vista como uma atividade operacional. Outro dado indicativo do crescimento da importância da logística no Brasil é o rápido aumento da receita total dos prestadores de serviços logísticos, que saltou de R$ 3.399 milhões em 2000 para R$ 6.881 milhões em 2003, o que aponta um crescimento médio de mais de 40% ao ano.

2. A gestão de transportes

A logística, de acordo com o Imam (1997), preocupa-se com o gerenciamento do fluxo físico que começa com a fonte de fornecimento e termina no ponto de consumo. Nesta abordagem, a logística é muito mais do que a distribuição física de produtos, pois também está preocupada com a fábrica e o local de estocagem, níveis de inventário e sistemas de informações, como também com transporte e armazenagem. De forma ampliada, a logística é definida como “o processo que integra, coordena e controla a movimentação de materiais,

inventário de produtos acabados e informações relacionadas dos fornecedores através de uma empresa para satisfazer as necessidades dos clientes” (IMAM, 1997). A gestão de transportes é parte essencial de um sistema logístico, sendo a atividade responsável pelos fluxos de matéria-prima e produto acabado entre os elos da cadeia logística.

Segundo Marques (2002), a alta complexidade gerencial, a intensa utilização de ativos e a gestão sob um grande fluxo físico de produtos tornam o transporte a maior conta individual de custos logísticos, que pode variar de um terço (produtos de alto valor agregado) a dois terços (produtos de baixo valor agregado) do total dos custos logísticos das empresas. De forma semelhante, Marino (2003) revela que a atividade de transporte responde por cerca de 64%

dos custos logísticos, e em segundo lugar, a atividade de armazenagem, com 21%. Os outros 15% restantes estão divididos entre as demais atividades.

Um bom gerenciamento de transportes, segundo Marques (2002), pode garantir (1) melhores margens para a empresa pela redução de custos e/ou uso mais racional dos ativos e (2) um bom nível de serviço para os clientes, pelo aumento da disponibilidade de produtos e reduções nos tempos de entrega, entre outros benefícios. Neste contexto, é possível destacar três

níveis diferenciados de tomada de decisão, de acordo com a freqüência com que elas precisam ser revisadas (ver também tabela 2.1): ß

Nível estratégico: decisões de longo prazo, entre elas a definição da rede logística,

decisões de utilização de modais e de

propriedade da frota;

4

ß

Nível Tático

: decisões ligadas ao planejamento da gestão de transportes de médio

prazo, entre elas o planejamento de transportes, seleção e contratação de

transportadores, gestão sobre o transporte

inbound

, análise de frete de retorno

;

ß

Nível Operacional

: atividades do dia

-

a

-

dia, como a programação de transportes.

Tabela 2.1

Exemplos de decisões na gestão de transportes

Nível de Decisão

Exemplos

Nível Estratégico

Definição da rede logística

Concepção da rede logística, que determin

ará a localização de

fábricas, CDs em função da localização de seus fornecedores,

clientes e fluxos de materiais;

Decisão da utilização de modais

Escolha entre as alternativas de modais

rodoviário, ferroviário,

aéreo, aquaviário e dutoviário;

Decisão d

a propriedade da frota

Escolha entre frota própria ou frota terceirizada, que envolve o

estudo do fluxo de caixa da empresa, o cálculo das taxas de retorno

dos investimentos ou desinvestimentos, etc.

Nível Tático

Planejamento de transportes

Estabelecimen

to de regras e premissas para a geração dos roteiros

que deverão ser seguidos na programação de transportes;

Seleção e contratação de transportadores

...

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