Organização E Metodologia Do Ensino Fundamental

Didática Prática de Ensino

Pensando a Educação

Introdução

Muitos temas foram sugeridos e discutidos pelo grupo, mas optamos por estudar a didática do método desenvolvido por José Pacheco em Portugal, na escola da Ponte, primeiro porque nos apaixonamos pela possibilidade de uma escola verdadeiramente democrática. Segundo, porque ficou em todas nós aquela dúvida: será que isso dá certo?

Nossas cabeças sofreram com a padronização educacional e não conseguimos pensar em outras maneiras de lecionar. Por mais que ouçamos que a conduta do professor precisa ser revista e alterada para um funcionamento mais eficaz, quando chegamos à sala para dar nossas aulas percebemos que estamos amarrados a métodos arcaicos de educar nossas crianças e tentamos vislumbrar alternativas. A escola da Ponte é prova de que uma metodologia democrática pode dar certo.

Na Escola da Ponte não há turmas, os alunos não são separados por classes, o professor não dá aula com giz ou lousa, não há provas nem notas, os alunos se agrupam de acordo com seus interesses e constroem o conhecimento junto com os colegas de todas as idades, de maneira individual e com seus professores; tudo parece dar-se de maneira muito natural. Um professor de faculdade disse a uma das componentes do grupo, quando esta cursava comunicação, que: “- Se tem que forçar é porque não está certo”. Ele se referia ao equipamento de filmagem, mas é uma grande verdade: a gente não precisa forçar o aluno, pois dando a ele oportunidade de expressar-se, sempre haverá algo que lhe anime a vontade.

O presente trabalho visa estudar os princípios dessa pedagogia, como ela se aplica e quais as principais vantagens, acompanhando a rotina de uma escola pública do ensino fundamental do Brasil (vale frisar que a Escola da Ponte é subsidiada pelo governo português). Além da visita à escola pública, utilizaremos dados do Projeto Âncora de Cotia-SP, que é um exemplo de como a pedagogia de José Pacheco está sendo aplicada no Brasil, para traçar uma comparação dos sistemas.

CUIABÁ

2014

ETAPA: 1

Projeto de Ensino Aprendizagem

Como estamos distantes dos espaços educacionais que aplicam o método, nossa proposta de ensino-aprendizagem será desenvolvida com alunos de uma escola pública tradicional, no intuito de verificar como seria uma escola desenha pelos próprios alunos. Na realização do projeto eles já irão vivenciar os princípios do método.

1) Nome do projeto: Pensando a Educação

2) Público-alvo: alunos do ensino fundamental. Não restringiremos nossa pesquisa a uma série especifica, pois na metodologia estudada os alunos não são separados por classes.

3) Justificativa / fundamentação teórica: esse projeto visa aplicar uma nova metodologia que pode ser estendida a cada vez mais crianças no Brasil, pois o método que José Pacheco apresenta é, aos nossos olhos, mais eficaz, mais democrático e mais condizente com essa nova geração questionadora e inquieta que passa visivelmente por grandes mudanças. Até porque, ou mudamos nossa visão de mundo, ou pereceremos envoltos nessa decadência que assola todo o globo. Acreditamos que essa revolução deve partir do ambiente educacional. José Pacheco uniu os mais importantes teóricos da educação e desenhou, na prática, o que todos almejaram: uma educação libertária, pautada na honestidade e no afeto. Não temos o hábito de ser honestos com nossas crianças, nos acostumamos a inventar pequenos artifícios para não responder a coisas que julgamos impróprias. A honestidade, depois que conhecemos o método da Escola da Ponte, passou a ser o nosso maior exercício e nosso objetivo é que cada vez mais pessoas possam exercitar essa virtude conosco.

4) Objetivos gerais e específicos: para que os alunos reflitam sobre o tema, será proposta a eles a montagem de um espetáculo que trate do tema ‘educação’. Todos os alunos do ensino fundamental serão envolvidos em uma etapa da montagem. O aluno deve escolher a etapa que mais lhe agrada.

Os alunos poderão participar de quantas etapas desejarem, caso alguma etapa não gere interesse aos alunos, poderemos discutir outras formas de resolver o problema, junto com todos os envolvidos, por meio de assembleias.

O objetivo final é que a montagem do espetáculo suscite nos alunos e no público uma nova maneira de ver o processo educacional. A equipe espera que o caminho leve a algo similar à Escola da Ponte, mas deve-se ter o cuidado de não conduzir o pensamento; os professores envolvidos devem apenas mediar às ideias levantadas. Eles poderão criar qualquer tipo de historia, de algo verídico a ficcional, o importante e que a estória aconteça no ambiente educacional, que deve ser como eles gostariam que fosse.

5) Cronograma: Um ano letivo

• Primeiro semestre: pesquisa e criação.

• Segundo semestre: montagem apresentação e avaliação.

6) Desenvolvimento / ações:

Todas as normas do projeto serão elaboradas pelos alunos e professores, sendo aprovada por todos os envolvidos, deve ser respeitado, inclusive o que deve ser levado em consideração na hora de avaliar os resultados. Cada ação levará o tempo que a assembléia julgar necessário para sua execução, podendo sofrer alterações em qualquer momento desde que todos estejam concisos.

• Pesquisa (pensadores da educação), debate das idéias, montagem do roteiro.

• Criação musical.

• Criação de Arte (figurino e cenário).

• Manufatura de figurino e cenário. (Conforme criação da arte talvez se façam necessárias nesta etapa oficinas, como, por exemplo, de mecânica, corte e costura, maquiagem, marionetes, etc.)

• Ensaios (Direção e atores)

• Plano de iluminação. (Nesta etapa poderemos, além do plano de luz, confeccionar os holofotes).

• Apresentação