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Origem da indústria de móveis no Rio Grande do Sul

Projeto de pesquisa: Origem da indústria de móveis no Rio Grande do Sul. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.484 Palavras (6 Páginas)  •  414 Visualizações

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO

Segundo Macadar (2007), o Estado do Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de móveis no Brasil e responde por cerca de 26% da produção nacional, ficando atrás somente do Estado de São Paulo. Em 2013 o Rio Grande do Sul, fechou com 2.500 empresas, que geraram 42.517 mil postos de trabalho, que por sua vez, produziram 92 milhões de peças, no valor de R$ 6,3 bilhões. Quanto ao porte das empresas, 67,3% são micro, 28,7%, pequenas; 3,8%, médias; e 0,1%, grandes. A maioria das empresas moveleiras do Estado fabrica móveis com base em madeiras processadas — medium density fiberboard (MDF), aglomerados e compensados —, sendo muito poucas as que produzem móveis de madeira maciça em larga escala (MOVERGS, 2014).

O Rio Grande do Sul representa 14,1% das empresas em atividade no país, 18,6% da produção nacional, 13,5% em volume de pessoal ocupado, 16,3% do faturamento e 29% das exportações brasileiras, ocupando a primeira posição dentre os maiores estados exportadores de móveis. O mercado gaúcho contabilizou US$ 210.7 milhões em produtos exportados em 2013 e um faturamento de R$7,39 bilhões na indústria. Os móveis gaúchos foram enviados para locais como Reino Unido, Peru, Uruguai e Chile (MOVERGS, 2014).

Para Macadar (2007), o Estado conta com três principais regiões produtoras de móveis: Bento Gonçalves e arredores, Lagoa Vermelha e arredores e Região das Hortênsias, sendo que o Município de Bento Gonçalves se destaca como o principal produtor.

2. CADEIA PRODUTIVA

A origem da indústria moveleira do Rio Grande do Sul está relacionada à imigração italiana ocorrida no século XIX e ao estabelecimento desses imigrantes nos municípios da região da Serra gaúcha. Com o conhecimento e a tradição trazidos de seus países de origem, iniciaram a produção de móveis de forma artesanal e voltada para o consumo próprio e, mais tarde, passaram a produzi-los industrialmente.

Atualmente, o Estado do Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de móveis no Brasil. É também um dos maiores estados exportadores de móveis do País. Além disso, o Estado conta com três principais regiões produtoras de móveis: Bento Gonçalves e arredores, Lagoa Vermelha e arredores, e Região das Hortênsias, sendo que o Município de Bento Gonçalves se destaca como o principal produtor. A maioria das empresas moveleiras do Estado fabrica móveis com base em madeiras processadas — medium density fiberboard (MDF), aglomerados e compensados —, sendo muito poucas as que produzem móveis de madeira maciça em larga escala.

Segundo Macadar (2007), a cadeia principal pode ser decomposta em quatro etapas: a de tratamento da matéria-prima (reflorestamento, extração de madeira nativa, exploração florestal, madeireiras e serrarias e indústria de painéis), a de produção do móvel (indústria de móveis), a de distribuição (atacadista ou distribuidor, lojas de móveis e mercado externo) e a de consumo (cliente final).

Os elos mais frágeis da cadeia principal no Rio Grande do Sul são os do reflorestamento, da extração de madeira nativa, da exploração florestal e da indústria de painéis, cujo desenvolvimento incipiente no Esta- do é insuficiente para atender a toda a demanda da indústria moveleira. A cadeia auxiliar proporciona bens e serviços que satisfazem as necessidades indiretas e de suporte da cadeia principal (Macadar, 2014).

Os fornecedores de material auxiliar atendem às demandas das madeireiras, das serrarias e da indústria de móveis. A indústria química fornece produtos para a indústria de painéis e para a própria indústria moveleira. Os serviços de transportes são utilizados intensivamente tanto pelos elos responsáveis pelo tratamento da matéria-prima quanto pelo da indústria de móveis (Macadar, 2007).

A indústria de equipamentos abastece os elos de exploração florestal, madeireiras e serrarias, indústria de painéis e indústria de móveis. Os serviços associados, tais como marketing e atendimento pós-venda, vinculam-se às atividades de produção, de distribuição e de atendimento ao cliente final, enquanto a assessoria em design arquitetônico, os serviços de informática e a indústria de acessórios se concentram na etapa de produção do móvel (Macadar, 2007).

As associações empresariais e os órgãos de apoio, por sua vez, envolvem os fabricantes de móveis, bem como as lojas, enquanto o vínculo predominante das escolas e centros de tecnologia é com a indústria moveleira. No caso da cadeia auxiliar, as maiores carências manifestam-se nas indústrias química, de equipamentos e de acessórios, bem como nos serviços associados (MOVERGS, 2014).

A Figura abaixo apresenta o desenho da cadeia produtiva de madeira e móveis do Rio Grande do Sul, fazendo a distinção entre os elos incipientes ou externos ao Estado e os elos existentes e representativos no Estado.

3. CADEIA DE SUPRIMENTOS

Os principais fornecedores que atendem o APL Moveleiro de Bento Gonçalves são basicamente formados por fabricantes de madeiras processadas — aglomerados (aglomerado é um painel feito com partículas de pinus aglutinadas com adesivo sintético, uma espécie de cola, possui pouca durabilidade e nenhuma resistência à umidade.), compensados (O compensado é feito com lâminas de madeira, em geral de pinus ou de virola, coladas e prensadas para formar chapas com espessura de 4 a 20mm. Tem boa resistência mecânica.) e medium density fiberboard ou MDF (MDF é uma chapa de fibra de madeira com densidade média. É um aglomerado sofisticado, composto de fibras de pinus mais resistentes e compactadas com resina à alta pressão. É um produto mais resistente e com textura mais uniforme que os compensados e aglomerados.) (MOVERGS, 2014).

A principal dificuldade enfrentada pelas empresas moveleiras no relacionamento com os fornecedores é o de ter que lidar com a Associação Brasileira

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