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P&DFinanciamento Do Investimento Em P&D, Risco E Seguro: Uma Abordagem Não-Convencional

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Por:   •  4/8/2014  •  7.099 Palavras (29 Páginas)  •  342 Visualizações

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Financiamento do Investimento em P&D, Risco e Seguro:

uma Abordagem Não-Convencional*

João Sicsú**

Eduardo da Motta e Albuquerque***

Sumário: 1. Introduçãoj 2. Investimento, esforço inovador e incertezaj

3. Financiamento do investimento em P&Dj 4. Uma agência de estímulo

ao investimento em P&Dj 5. Conclusões.

Palavras-chave: investimento em P&Dj financiamentoj seguro.

Códigos JEL: G20 e 030.

o objetivo deste artigo é investigar uma forma de ampliação dos gastos

privados em P&D sem o uso direto de recursos públicos. Essa

investigação é iniciada com a discussão das especificidades do investimento

em P&D. Este é um investimento envolvido de incertezas

não-probabilísticas cuja densidade repercutirá sobre a viabilidade de

operações de finance (entre bancos privados e empresas privadas),

o que resultará em subinvestimento de atividades inovativas. Como

decorrência da análise teórica realizada é sugerida a criação de uma

Agência Especial de Seguros dos financiamentos às atividades de

P&D. Sendo bem-sucedida a implementação dessa entidade, ela contribuiria

para a redução da incerteza dos agentes, a ponto de viabilizar

as operações de finance. Assim, seria obtida uma ampliação dos

gastos privados em P&D.

This paper investigates, in three steps, how to increase R&D expenditures

without direct allocation of public money. First, it discusses

the specifications of R&D investment. This investment contains a

high degree of uncertainty, it is embedded in uncertainty. Second,

the implications of this characteristic are analysed. This uncertainty

blocks finance operations (between private banks and business firms) ,

leading to an underinvestment in R&D activities. Third, given the

preceding theoretical analysis and the well-known limitations of traditional

insurance with R&D investment, this paper suggests the

formation of a Special Insurance Agency. This agency must contribute

to reduce the uncertainty in such a leveI that allows finance

operations to R&D investment. This would increase private R&D

expenditures.

* Os autores agradecem as sugestões dos alunos e professores do Instituto de Economia

da UFRJ que participaram dos debates motivados por uma versão original deste artigo. Especialmente,

agradecem ao professor Fernando Carlos Cerqueira Lima e aos dois pareceristas

anônimos desta revista por suas sugestões precisas e extremamente técnicas. Obviamente,

valem as observações de praxe. É reconhecido, também, o apoio da FAPERJ.

** Professor Adjunto do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense

(UFF).

***Instituto de Economia da UFRJ e Cedeplar-UFMG.

RBE Rio de Janeiro 52(4):675-696 OUT./DEZ.1998

1. Introdução

o objetivo deste artigo é propor a criação de uma instituição específica

para o sistema financeiro que contribua para a ampliação das atividades de

P &0 assumidas por empresas privadas. Nos sistemas de inovação existentes,

as atividades de P&O das empresas privadas são realizadas, fundamentalmente,

através da utilização de recursos próprios e/ou por intermédio de

recursos do Estado (na forma de subsídios, por exemplo). Tal arranjo de

financiamento, dentre outras distorções, causa uma limitação do montante de

recursos alocados para a atividade inventiva/inovativa. É por esse motivo que

se justifica a criação de instituições e mecanismos que viabilizem maior participação

de recursos privados de terceiros nas operações de financiamento de

P&O, ampliando assim a possibilidade de invenções e inovações. A proposta

que será apresentada, de uma agência especial de seguros dos financiamentos

do investimento privado em P&O, busca criar tais condições. Essa agência

poderia vir a ampliar a diversidade de iniciativas inovadoras e representaria

importante reformulação dos sistemas nacionais de inovação existentes.

O artigo está estruturado em três seções básicas. Na primeira, analisam-se

as relações entre investimento, inovação e incerteza, utilizando, para tanto, o

modelo de surpresa potencial de Shackle. Na seção seguinte, investiga-se a

especificidade do financiamento do investimento em P&O e discutem-se suas

conseqüências, utilizando o esquema do risco do tomador e do emprestador de

Minsky. Por fim, propõe-se e justifica-se a criação de uma instituição especial

para estimular o financiamento dos investimentos privados em P&O.

2.

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