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PLANEJAMENTO URBANO

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Por:   •  26/2/2014  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  224 Visualizações

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PLANEJAMENTO URBANO

Curitiba deu um salto de qualidade, quando ousou aplicar, na prática, os conceitos e parâmetros urbanísticos enunciados no Plano Diretor de 1.966 para orientar o seu crescimento, contemplando o transporte, a circulação, o uso do solo, o meio ambiente, a habitação, o trabalho e a promoção social de maneira integrada.

A partir da década de 70, a cidade organizou sua estrutura viária; disciplinou a ocupação do solo; montou um sistema de transporte coletivo; implantou grandes programas de proteção ao meio ambiente e de promoção social.

O resultado foi à melhoria da qualidade de vida em toda a cidade. A mudança da conformação radial de crescimento da cidade para um modelo linear de expansão urbana foi o objetivo principal do Plano Diretor. A cidade optou pela integração entre as funções urbanas como estratégia de viabilização desse objetivo e como princípio indutor do crescimento urbano.

Os instrumentos do Uso do Solo, do Sistema Viário e do Transporte Público foram utilizados para organizar a cidade, valorizando o espaço urbano e o homem.

IPPUC (INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO DE CURITIBA)

Em 1965 foi criado o IPPUC - Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - com o objetivo de implementar, gerenciar e monitorar o Plano Diretor, adequando-o às novas necessidades.

CARACTERISTICAS

O desenvolvimento linear foi feito com a implantação de eixos viários, formando um Sistema Trinário, cujas vias têm funções específicas.

A Via Central é composta de canaleta exclusiva para o transporte público, ladeada por duas vias locais para acesso às atividades lindeiras. As vias laterais do sistema são destinadas prioritariamente ao veículo privado, promovendo as ligações centro-bairro e bairro-centro. A implantação dos eixos teve como objetivo a indução do adensamento habitacional, comercial e de serviços.

Os eixos concentraram os investimentos em infraestrutura, inclusive com a implantação de terminais de integração do transporte coletivo, concentrando as demandas.

TRANSFORMAÇÕES

ECONÔMICA:

Situada a oeste da cidade, a CIC – Cidade Industrial de Curitiba, foi planejada para o desenvolvimento de atividades industriais não poluidoras, com espaços para o trabalho, moradia e lazer.

SOCIAL:

Desde a década de 70, Curitiba passou a implantar equipamentos sociais - escolas, unidades de saúde, unidades de abastecimento, áreas de esporte e lazer, programas de atenção à criança e ao adolescente - principalmente nas áreas periféricas, criando uma rede de atenção social.

AMBIENTAL:

A ação de preservação das áreas verdes e fundos de vale vem inspirando a criação de parques urbanos - 31, hoje - com funções de saneamento, lazer e recreação.

CULTURAL:

O Plano Diretor de Curitiba, de 1966, estabelece diretrizes para uma política municipal de preservação do patrimônio histórico e cultural que tem início em 1971 com a criação do Setor Histórico de Curitiba e a reciclagem de uso dos imóveis.

HISTÓRIA DO PLANEJAMENTO

1966 - Plano Diretor de Urbanismo - Integração do sistema viário, zoneamento e uso do solo e transporte público para renovação urbana. Oferta de serviços públicos e equipamentos comunitários em toda a cidade.

Como toda utopia e todo desejam de realização, a proposta da cidade linear vem impregnada pela necessidade de impor uma solução global rígida orientada por uma ideologia tecnocrática que toma para si toda e qualquer decisão em termos de desenvolvimento urbano.

Entretanto as proposições sejam elas radiais ou lineares, não são incompatíveis e excludentes. O Plano de Agache para Curitiba, apesar de sua estrutura radial concêntrica previa eixos diametrais associados a um plano de edificações que definia uma tipologia obrigatória de galerias contínuas ao longo dos mesmos. Esta proposta de galerias que se concretizou em apenas algumas quadras foi retomada na implementação das Vias Estruturais de Curitiba do Plano SERETE/IPPUC a partir da década de 70.

A sua implantação foi possível principalmente porque os eixos estruturais na maioria dos casos foram acomodados utilizando a malha urbana pré-existente. O estrutural Sul implantou-se sobre o eixo das avenidas Sete de Setembro e República mais duas vias paralelas de tráfego rápido em mão única foram associadas

(uma em direção ao bairro e a outra em direção do centro) formando o conjunto

conhecido como “sistema trinário”. A via central é formada por uma canaleta exclusiva para o ônibus expresso e duas vias marginais de tráfego local com estacionamento.

Estabeleceu-se um zoneamento de uso do solo que privilegiava a faixa definida como zona “Estrutural” concedendo-lhe exclusividade para construção de edifícios altos. Como resultado houve uma concentração de construções em altura ao longo das vias estruturais determinando a formação de um novo perfil urbano bastante peculiar.

O Plano massa definiu a tipologia dos embasamentos na via central de forma a disciplinar a construção paulatina de uma galeria pública coberta ampliando o passeio.

O processo de substituição das antigas construções está, hoje, bem mais

consolidado nas regiões centrais e se desenvolve com maior lentidão nas regiões mais afastadas. Em todo caso os efeitos sobre a antiga configuração da cidade são irreversíveis e a transformação da paisagem urbana foi radical em quase todas as faixas de influência das vias estruturais afetando mesmo os marcos mais tradicionais.

Os referenciais urbanos estão vinculados às ideologias e paradigmas de cada

época. Toda mudança em suas bases provoca a sua redefinição seja pela superação e destruição ou pela readaptação às novas realidades mudando seu uso e o seu conteúdo.

No caso de implementação das Estruturais em Curitiba essas repercussões são facilmente constatáveis. Observando os antigos marcos urbanos como as igrejas, por exemplo, constata-se que foram preservadas as matrizes tradicionais como a do Portão e a do Cabral na região norte.

Este processo também contribui para uma tendência de homogeneização da

paisagem provocando a perda de identidades locais. A padronização

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